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Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Lowndes Report – A Revista do Condomínio Nº 127

1 de março de 2016
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
Capa Lowndes Report 127

Editorial

Ano de comemorações, 2016 promete. Obras sendo entregues, cidade colorida de tantos turistas, agenda de eventos cheíssima, inclusive, o aniversário da Lowndes. Oitenta anos de atuação em um mercado como o brasileiro não é para qualquer um. Fruto de um trabalho árduo e corajoso de quem não cansa de acreditar e investir. Características próprias da alma brasileira.

Nesta edição, vamos saber o que a Prefeitura prepara para o período dos Jogos Olímpicos. Ordenamento de ruas, funcionamento de serviços, restrição de acessos e de atividades que são regulares e até essenciais. Todo cidadão carioca terá de dar a sua colaboração para que tudo transcorra com tranquilidade. Afinal, somos os anfitriões e precisaremos fazer bonito, ainda que a custo de mudanças em nossa rotina. Mas, como diz o presidente da Empresa Olímpica, Leonardo Maciel, será por pouco tempo. Depois, teremos uma cidade mais bonita e com algum legado para aproveitar. Ele nos fala sobre o que ficará de legado para o Rio.

Já atentos às demandas correntes, pois o tempo não pára e não está lá muito interessado em jogos, trazemos informações para lá de balizadas, todas elas detalhadas por especialistas de peso do mercado. Eles orientam para iniciativas cada dia mais fundamentais à gestão de condomínio: economia e funcionalidade. Saiba como reduzir a conta de luz e como tornar mais eficiente e ágil a administração condominial com as ferramentas de informatização e automação. 

Falando em atualidades, outra atitude cada dia mais valorizada é fazer o bem. Veja que já há condôminos unidos por uma causa na nossa matéria de Ações Positivas. 

São muitas as informações valiosas. 

Aproveite! 

Boa leitura!


Espaço Lowndes

Novo Site da Lowndes

Design novo e arrojado, moderno, com melhor visualização dos serviços que a empresa oferece. Uma melhor organização, com destaque nos serviços. Assim é o novo site da Lowndes que está disponível. 

A modernização marca o início das comemorações pelos 80 anos da empresa, completos no próximo mês de junho. Mais bonito e funcional, o site traz os selos de qualidade conquistados recentemente e as informações mais balizadas de interesse de clientes e de todos sobre o universo da habitação, condomínios, imóveis para venda e locação, notícias, legislação, material de consulta. E, para quem é cliente Lowndes, uma série de serviços online e uma página exclusiva para utilizar, facilitando a gestão do condomínio. 

Para quem busca imóveis, a área destinada à pesquisa ganhou dinamismo, imagens maiores e informações mais completas. 

A tradicional marca, que representa solidez, confiabilidade e qualidade de atendimento, aparece com o selo comemorativo dos 80 anos e todo o design da página, mais leve, amplo e ágil, traduz o princípio que sempre regeu a empresa, de bem servir.

Acesso fácil a vídeos, veículos informativos produzidos pela empresa, dirigidos a síndicos e proprietários e inquilinos, também estão lá, assim como o link para a página da Lowndes no Facebook.

Tela com novo site da Lowndes

Site atualizado: informações mais acessíveis, serviços e conteúdo de qualidade para clientes e público em geral

Em tempos de conexão total, a Lowndes disponibiliza os melhores serviços através dos meios mais atuais, sempre atenta à comodidade de seus clientes. Lowndes, 80 anos, mas sempre atual.


Atualidade

Eficiência energética: acenda esta ideia!

Eficiência Energética em Condomínios

O País acordou para a questão energética, sacudido pelas questões climáticas que afetaram o custo, já alto, de produção de energia. Com isto crescem as possibilidades, inclusive a de fomenta para a adoção de soluções que ajudem a reduzir o consumo. A conta de luz, que pesa nas despesas condominiais, agora tem a seu favor algumas soluções.

Fernando Freitas é consultor de eficiência energética, atuando com projetos de redução de custos e reenquadramento tarifário e diz que não faltam soluções possíveis. “O tema tornou-se tão importante que já há financiamento para isto. E, com ele, não é preciso sequer meter a mão no bolso. A redução da conta garante recursos para pagar as parcelas e ainda sobra dinheiro. E, além da economia, o condomínio ganha em facilidade de manutenção, conforta Visual e segurança”, afirma.

Fernando Freitas, consultor de Eficiência Energética

O tema tornou-se tão importante que já há financiamento para isto. E, com ele, não é preciso sequer meter a mão no bolso

Fernando Freitas, consultor de eficiência energética

O especialista dá como exemplo um condomínio resort, de 600 unidades, na Barra da Tijuca, cujo projeto resultou em uma economia de 50% do custo da energia elétrica gasta com iluminação na área comum. Dos 193 mil reais pagos mensalmente com energia elétrica, 40%, ou seja, R$77.200,00 eram gastos com iluminação. Após atualização do sistema de iluminação para led, onde foram substituídas 4.155 lâmpadas, o condomínio obteve uma economia de 50% na quantidade de KW gastos mensalmente, representando uma redução de R$38.000,00 mês. “O custo deste projeto foi de 540 mil, contratado por 36 meses, ao custo de 23 mil por parcela. A primeira parcela já foi paga com a economia, uma vez que a cobrança só é iniciada após o término da implantação, e o condomínio ficou com 15 mil a mais, por mês, em caixa”, detalha.

Quem conhece bem o resultado da adoção de um projeto de eficiência energética é o síndico Iberê César da Silva, do Edifício Golfo do México, também na Barra da Tijuca. Em 2015, ele conquistou uma economia de 30% na conta de luz. “Para se ter uma ideia, o consumo anterior às ações foi de 19.964 kw, no mês seguinte já foi de 12.240 Kw. E isto sem precisar mexer no caixa do condomínio, pois o investimento se paga sozinho. E mais, com o projeto de eficiência energética, as lâmpadas não trazem apenas economia, há um estudo para o local e para as lâmpadas mais adequadas, garantindo melhor iluminação, com menos equipamentos’’, comemora.

Foto de Iberê Cesar, síndico

Mesmo com o custo da bandeira vermelha, posterior ao investimento, ainda ficamos com um bom recurso para investir em outras áreas

Iberê César da Silva, síndico

Só na área da garagem, que é para 360 carros, onde havia 320 lâmpadas comuns, passou-se a 160 de led, e com maior luminosidade. O condomínio financiou em 36 vezes e, mesmo pagando as prestações, ainda fica com 2 mil em caixa. “Tivemos uma economia real de 5 mil. Com uma conta em R$1.800,00, e mesmo com o custo da bandeira vermelha posterior ao investimento, de R$1.200,00, ainda ficamos com um bom recurso para investir em outras áreas. Sem contar que, se neste período alguma lâmpada queimar, eles fazem a troca. Por três anos não precisaremos nos preocupar com isto”, completa.

Estudo Permite Solução Mais Adequada

A satisfação do síndico é melhor detalhada pelo consultor. “É uma solução baseada em estudo minucioso. São contados todos os pontos de luz, tempo que cada um fica aceso, horários de pico, número de moradores e mensurado o custo referente a apenas o item iluminação no consumo geral de energia. A partir daí, é feito um pré-diagnóstico que apontará a sua viabilidade e ganhos reais”, explica, acrescentando que nenhum contrato é feito no escuro e o condomínio sabe, de antemão, o percentual de economia que alcançará, antes de contratar o projeto.

O especialista cita outro exemplo, de um condomínio que tinha 183 postes e estes puderam ser reduzidos para 12 de outro formato, com uma queda do número de lâmpadas de 400 para 60. “A melhor iluminação no local ofereceu maior segurança e os moradores passaram a aproveitar mais a área de lazer, mesmo à noite”, conta.

O projeto, que pode envolver todos os itens que compõem as despesas com energia, também inclui um estudo da conta propriamente dita. “Muitas vezes, há, ao longo do tempo, cobranças indevidas que podem ser corrigidas e resgatadas. Acabamos de receber de nosso parceiro jurídico a notícia de mais um condomínio que foi chamado pela Light para um acordo. Ele receberá 500 mil, valor muito significativo para qualquer condomínio”, conta. Freitas acredita que algo em torno de 50% dos usuários deve ter direito a ressarcimentos, seja por enquadramentos ou classificações, entre outros erros cometidos em suas contas.

Os Maiores Vilões da Conta de Luz

Em condomínios, o maior vilão da conta de luz é a iluminação, representando entre 40% e 50% da despesa total com o item. Depois vêm as bombas, com 30% em média, e o terceiro são os elevadores. Para o primeiro, a solução mais eficaz é a substituição das lâmpadas comuns pela led, que garante uma economia de até 60%. Para as bombas, é necessário um estudo para uma adequação e automação eficazes dos equipamentos. Freitas conta que em um condomínio verificou-se que a bomba era acionada, em média, 180 vezes por dia. “Eram 180 picos de energia, fora os desgastes que isto causa às bombas”, destaca.

Foto do Hall do Condomínio Golfo do México

Detalhe do hall do Condomínio Golfo do México área interna e externa com led

Ele explica que os edifícios são entregues com uma ligação simples: quando a boia abaixa, ela é acionada, e que para corrigir o problema é preciso avaliar se está sub ou superdimensionada e adequar as bombas para a dinâmica de consumo do prédio, ajustando o nível das bóias e automatizando com medidores de quantidade de água e tempo de acionamento.

Para o terceiro item, elevadores, já não é tão simples, pois envolve, muitas vezes, a necessidade da substituição dos equipamentos, já que só os mais modernos garantem economia real de energia.

Uma sugestão que sempre propõe é para a inclusão de um sistema de automação que destine somente um elevador, o que estiver mais próximo, ainda que os moradores acionem todos os equipamentos. “Além de reduzir o consumo de energia, isto contribui muito para aumentar a vida útil do elevador e diminuir os problemas de manutenção”, explica Freitas. O síndico do Condomínio Golfo do México fez isto e ficou satisfeito com o resultado. “Foi mais uma ação pela economia, contribuindo também para conscientizar as pessoas da importância de colaborar na redução das despesas. Falta educação para um consumo mais consciente”, afirma o síndico.

Freitas concorda e diz que o Estado do Rio está atrasado. “Em São Paulo, a Eletropaulo tem uma preocupação imensa em orientar o síndico para a redução do consumo. Dão cursos e há toda uma estrutura para auxiliar o consumidor a diminuir a sua conta. Nosso pessoal vive fazendo cursos lá, mas não vemos isto aqui. Há muito que pode ser feito. Em indústria e comércio mais, mas também em condomínio e a maioria dos síndicos sequer sabe disso”, comenta.

Sobre os aparelhos de ar condicionado, Freitas diz que são os maiores vilões dos condomínios comerciais, sendo outro item cuja solução envolve investimentos mais altos, pois, geralmente, só com a troca do sistema é possível reduzir, de forma significativa, o consumo de energia. “Mas, este é outro investimento de retorno garantido. Os novos equipamentos são mais eficientes e econômicos que os antigos”, afirma.

Quando se é uma subestação

O síndico Rhuy Gonçalves da Silva, do Edifício Avenida Central, no Centro do Rio, conhece de perto o problema. Quem reclama, não sabe o tamanho da conta de luz que ele tem que administrar. Com seus 34 andares, 1.061 salas e 194 lojas, o edifício possui 65 subestações de energia elétrica, mantém seis torres de resfriamento de água para o sistema de refrigeração, com seis centrífugas, e sua conta chega a 900 mil reais por mês.

“Sabemos que o consumo poderia ser menor se o sistema de refrigeração fosse trocado. Os modelos mais recentes oferecem economia de um terço, a um quarto da energia, mas dependemos de condições financeiras para fazer a troca. Também existe a expectativa de climatizar a galeria, mas não podemos fazer às pressas, pois precisamos compatibilizar com a nossa receita”, lamenta o síndico, que também precisará fazer, em algum momento, a compra de transformadores.

No passado, o edifício foi um dos pioneiros na adoção de equipamentos de eficiência energética, mas hoje precisa focar na manutenção para conseguir reduzir o consumo de energia elétrica e aumentar a vida útil dos equipamentos. “O consultor contratado pelo condomínio tem grande experiência e temos todo o controle da energia do prédio, que é cativa. Um tipo diferente do utilizado pela maioria, para o fornecimento de energia a um valor fixo mais baixo”, comenta.

O consultor é Heraldo Borges Teixeira, responsável pela manutenção da parte elétrica do Edifício Avenida Central. “Recebemos a energia de alta tensão, que transformamos em baixa e distribuímos para todo o edifício. No passado, muitos dos grandes consumidores trabalhavam assim e só recentemente tornou-se possível migrar para o mercado livre. Há estudos que demonstram que, com isso, a redução da conta pode superar os 20%. E é por isto que já está em nossos planos mudar”, conta. “É preciso fazer a comunicação com o fornecedor atual com seis meses de antecedência, e é isso que está nos impedindo de agir de imediato”, acrescenta Rhuy.

Heraldo Borges Teixeira, consultor elétrico

Heraldo Borges Teixeira é O consultor responsável pela manutenção da pane elétrica do Edifício Avenida Central

O síndico afirma que o trabalho do consultor é essencial. “Até com cobranças indevidas, pois ele avalia cada kw, cada centavo, fora do estabelecido. Contar com profissionais experientes é um trunfo, pois a alternativa de aumentar a cota pode aumentar a inadimplência e isto não nos ajudaria em nada’’, afirma Rhuy, que é o síndico-administrador do prédio há 14 anos e condômino desde 1985. “Conhecemos bem o problema e fazemos muita economia, o que tem evitado uma conta ainda maior. Estamos substituindo as lâmpadas e já temos quase todo o edifício com led. Isto é essencial, pois o impacto da conta de luz representa 20% de nossa receita. Fizemos grandes esforços e tivemos bons resultados. Mas fomos pegos pelo aumento da tarifa”, reclama.

Condomínios poderão gerar a sua própria energia

Produzir energia continua muito caro e o sistema de bandeiras, que fez cair por terra muito dos esforços para reduzir a conta de luz, foi criado como um mecanismo para cobrir o elevado do custo com o acionamento de usinas termo-elétricas. Desde que foi criado, segue com a bandeira vermelha, a mais alta. Mantê-las em patamar menor depende do aumento do nível dos reservatórios. É por isso que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) segue orientando para que os consumidores combatam desperdícios e, no final do ano passado, aprovou mudanças permitindo que o consumidor, inclusive condomínios, instale pequenos geradores (tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outros) e troque energia com a distribuidora local com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica.

As novas regras começaram a valer em 1° de março e são válidas para usinas de até 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica), conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. O sistema funciona da seguinte forma: quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes.

O prazo de validade desses créditos é de 60 meses, sendo que eles podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora.

Na configuração condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras), a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.

De acordo com a Aneel, o Brasil possui somente 33 empreendimentos de geração de energia solar em operação, responsáveis por 21.336 kW, o que corresponde a 0,02% do total do País. Com uma taxa de radiação solar das mais altas do mundo, é muito pouco. Mas já temos a primeira cooperativa de energia renovável. A experiência teve início no Morro da Babilônia e o financiamento para a instalação dos painéis veio por meio da Agência Estadual de Fomento (AgeRio), que oferece até RS 15 mil em microcrédito para os moradores e empreendedores das comunidades, com juros de 0,25% por mês. Em um dos imóveis, com um bar, um restaurante e uma pousada, cujo consumo é de R$1 mil, foram colocados 12 painéis, que custaram R$21 mil e produzem 150 kW por mês. A estimativa é que, no máximo em seis anos, os proprietários tenham o retorno do investimento, tendo ainda 19 anos de energia, dentro da expectativa de duração de 25 anos de uma instalação solar.

A Light incentiva as iniciativas por maior eficiência energética, explicando que a cada 1 kWh consumido, 3 kWh são perdidos no trânsito do local de geração até o local de consumo, conforme informações de sua assessoria. No ano passado, a concessionária destinou R$12 milhões a projetos deste tipo, selecionados a partir de oito critérios, com peso maior para a relação custo-benefício, seguida pela qualidade do projeto e contrapartida, por exemplo. As chamadas públicas permitem, a critério da concessionária, a inscrição de projetos dos segmentos, industrial, comércio e serviços, iluminação pública, rural e residencial, incluindo condomínios, sendo que 50% dos recursos devem ser disponibilizados para as classes residencial, incluindo condomínios, e comércio e serviços. Para saber mais, acesse; http://www.light.com.br/eficienciaenergetica.


Capa

Um Novo Rio

O legado das Olimpíadas Rio 2016 e a participação dos condomínios

Foto do Museu do Amanhã

Área do Porto, antes degradada e esquecida pelo poder público, ganhou vitalidade com obras
como o Museu do Amanhã

Não existe esforço maior de logística em tempo de paz do que aquele exigido para uma olimpiada”. O comentário de Leonardo Maciel, diretor de Operações da Cidade, deixa claro o envolvimento necessário de todo carioca para que os Jogos Olímpicos Rio 2016 sejam um sucesso. Todas as cidades que sediaram as Olimpíadas passaram por transformações e tiveram forte impacto em sua rotina. E o fato desta ser a primeira cidade da América Latina a recebê-lo dá uma pista do quanto é mais difícil para nós. Então, não. Não será como aconteceu em Atlanta, nos EUA, nem em Sidney, na Austrália, ou em Barcelona, na Espanha. Superando dificuldades estruturais e de administração pública, será realizado no Rio com o que pudermos fazer de melhor. A exemplo do que o mundo já pode ver, do Carnaval Carioca, do Réveillon ou da Jornada da Juventude, este evento também será tanto melhor quanto maior for a participação da população.

Este é um projeto de cidade, se o cidadão não participar, fracassaremos e isto é o que não queremos

Leonardo Maciel, diretor de Operações da Cidade

Se os maiores transtornos começam a ficar para trás conforme as obras estão sendo entregues, já a partir de julho, os cariocas verão a diminuição do volume de caminhões e equipamentos circulando, obras e serviços de reparo em vias públicas e obras emergenciais e de manutenção nas edificações em geral, sendo proibidas. Com um mês, pelo menos, de antecedência, haverá a redução do número de vagas e a proibição de estacionamento em vários pontos, além da restrição de carga e descarga. E isto mesmo para os serviços básicos, como os de coleta de lixo domiciliar. “Os Jogos acontecerão em áreas densamente habitadas e nada disso poderá ser evitado. É por isso que, por exemplo, os caminhões da Comlurb terão um esquema especial para toda a cidade e mais restrito ainda para o entorno das arenas. Será preciso replanejar uma série de operações para reduzir o impacto, e nos adaptar”, adianta Leonardo Maciel.

Para toda a população, a orientação é para a redução de 40% dos deslocamentos na cidade. As férias escolares foram replanejadas, assim como as empresas receberam a recomendação de escalonar horários, colocar seus funcionários em férias coletivas ou trabalhando em casa. A organização do evento também pede que incentivem o uso de bicicletas, de caronas e do transporte público para se locomoverem. “Este é um projeto de cidade, se o cidadão não participar, fracassaremos e isto é o que não queremos”, afirma.

E tudo está sendo feito para minimizar os impactos. Serão criadas faixas olímpicas e o Cartâo de Transporte Olímpico. Uma medida que se repete em todas as cidades que sediam os Jogos desde as Olimpíadas de Atlanta, quando a inexistência de vias dedicadas fez com que vários atletas, árbitros e técnicos chegassem atrasados às competições. Serão implantadas três modalidades – faixas olímpicas dedicadas, prioritárias e compartilhadas. Algumas experiências, já começam em abril, para dar tempo de avaliar e promover ajustes.

Síndicos Experientes Estão Otimistas

“Grandes eventos são, no final, benéficos. Antes do Rock in Rio, isto aqui era um pântano. E olha o que temos hoje”, estima Xisto Mattos, Presidente da Conselho Comunitário do Condomínio Rio 2 – AMORIO2, onde 18 mil pessoas já adquiriram experiência com grandes eventos. É por isso que ele diz não estar nem um pouco preocupado com o Rio 2016, apesar de estar localizado em um dos principais centros nervosos dos Jogos. “Estamos em contato constante com o subprefeito da região, temos buscado orientações junto à secretaria de transportes, mas estamos tranquilos. Os obstáculos são criados para quem não é morador”, afirma, destacando ainda o aumento da segurança do entorno no período. “São épocas que temos toda a atenção e tratamento vip”, brinca Mattos.

Foto de Xisto Mattos, présidente do Conselho Comunitârio AM0RI02

Grandes eventos são, no final, benéficos. Antes do Rock in Rio, isto aqui era um pântano. E olha o que temos hoje

Xisto Mattos, presidente do Conselho Comunitário AMORIO2

Mas a administração está fazendo a sua parte e já programou campanhas de orientação aos moradores. “A nossa função social é a de contribuir com o poder público. Somos 41 prédios, uma frota de veículos expressiva e temos consciência de nosso papel. Durante os Jogos Panamericanos, por exemplo, fizemos até rodízio de carros, como é feito em São Paulo, mas isto não implicou em qualquer problema. O trabalho maior ficou por conta de conscientizar os moradores para que não utilizem as credenciais para terceiros, para nossa própria segurança. E isto já estamos fazendo também para as Olimpíadas”, adianta.

Outro que também tem grande experiência com grandes eventos no entorno é o síndico José Carvalho, do Condomínio do Edifício Ribeiro Moreira, na esquina da Praça do Lido com Avenida Atlântica, em Copacabana. “Pela projeção que a cidade terá, temos que somar. Cria certos transtornos? Cria. Mas os benefícios são maiores”, afirma. Para Carvalho, o Rio foi muito beneficiado ao ser eleita a cidade sede, a despeito do que muitos pensam. “Em 2010 eram 19 mil quartos, para os Jogos teremos quase 43 mil. É um fator impulsionador”, diz.

Foto da porta do RB1

Praça, museus e VLT: maior circulação de pessoas na porta do RB1

O síndico cobra ações do dia a dia, destacando a área do Porto, antes muito degradada porque esquecida pelo poder público. “Se as manutenções necessárias forem feitas, já faremos bonito”, afirma. Ele lembra o caso de uma tampa de bueiro que levou meses para ser trocada em plano calçadão da Avenida Atlântica, bem perto do Copacabana Palace. Ou ainda uma instalação de água pluvial entupida, vazando água com cheiro ruim também nas imediações. “O maior benefício será se conseguirmos encantar o mundo, pois de nada adianta ter uma casa bonita, cobiçada para visitação, se o dono tratar mal os visitantes. E, é claro, tudo tem que funcionar o tempo todo e não só para os turistas. Este sim é o impacto que esperamos ver”, completa.

Esta é a mesma expectativa de Angela Roda, Diretora Presidente da Associação dos Condôminos do Centro Empresarial Internacional Rio – RB1, na Avenida Rio Branco, número 1, que viu surgir, “de camarote”, o Porto Maravilha, que engloba a nova Praça Mauá, o próprio Porto, o MAR e o Museu do Amanhã, além da abertura de vias e túneis e o VLT. “O grande volume de obras realizadas tanto no entorno como em toda a região central da Cidade, tem dificultado o acesso dos usuários, exigindo da administração manter contato permanente com a Concessionária para obter informações sobre eventuais mudanças e interrupções no trânsito, para divulgarmos previamente nos diversos canais de comunicação que dispomos”, detalha Angela.

Foto da Praça Mauá

Detalhe da nova Praça Mauá, vista do Condomínio do Edifício RB1

A área receberá uma circulação ainda maior de pessoas ao longo dos Jogos por conta do Polo do Amanhã, que será montado no local para a realização de shows, transmissão das competições e queima de fogos. Mas o condomínio está preparado. “Desde a abertura do MAR, ainda com a Praça bloqueada, a frequência de pessoas vem aumentando em quantidade e qualidade. Há mais estudantes e jovens, além de turistas nacionais e estrangeiros. Como a inauguração da Nova Praça Mauá e do Museu do Amanhã coincidiram com as férias escolares, observamos um fluxo sem precedentes de pessoas, o que alterou a rotina do prédio, especialmente quanto à segurança e ao estacionamento. Então, estamos nos adaptando aos poucos”, conta, acrescentando que o Edifício foi criado por investidores que acreditaram na revitalização do local. “Temos as melhores expectativas. O maior legado será, finalmente, estar inseridos no contexto para o qual o RB1 foi idealizado”, comemora, ensejando apenas que os cidadãos se “apoderem” das novas áreas, usando devidamente e zelando por elas. “Isso será determinante para que, de fato, fiquem como legado para a população”, completa.

Legado de Peso

Para se tornar a primeira cidade olímpica da América do Sul e fazer bonito entre os dias 5 agosto e 18 de setembro – quando começam as Olimpíadas e terminam as Paralimpíadas, passa por uma renovação urbana, como há décadas não se via. Pesados investimentos para além da construção de centros esportivos foram feitos também em mobilidade, meio ambiente, reformas e desenvolvimento social. Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana, receberão competições que ocuparão 32 arenas. Muitas das áreas de entorno destes locais, e acessos, passaram por alguma intervenção.

Há desde a construção de lima via que atravessa a principal avenida do centro da cidade e vai até o Santos Dumont, a projetos de transporte que incluem rotas expressas de ônibus e uma nova linha de metrô, as obras de drenagem para o controle de enchentes, pavimentação de calçadas, ampliação da acessibilidade e iluminação pública com eficiência energética. Uma reforma urbana de grandes proporções que, sem as Olimpíadas, não veríamos.

O item mobilidade, que é o que mais afeta o carioca, teve mudanças estruturais como implantação de sistema integrado de transporte, ampliação de avenidas, construção de viadutos e modernização do controle de tráfego. Ganhou um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que será integrado a outros meios de transporte, como metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais e o teleférico da Providência.

Foto da reunião dos agentes olímpicos

Reunião dos agentes olímpicos. pensando estratégias para a mobilidade na cidade durante os Jogos Rio 2016

O BRT Transolímpica, entre a Barra e Deodoro, reduzirá o percurso entre os dois pontos em 54%, beneficiando 70 mil passageiros por dia. Com 26 km de extensão (sendo 13 km somente de Via Expressa) e 17 estações. Terá ligação com a Transcarioca, em Curicica, e com a Transoeste, no Recreio dos Bandeirantes, além de ser integrado aos trens da SuperVia, em Deodoro, ainda com conexão Magalhães Bastos – Deodoro.

A prefeitura também inclui na lista o BRT Transoeste, inaugurado em junho de 2012, hoje já saturado, mas com promessa de melhorias como a sua integração com a linha 4 do metrô.

Outro legado importante é a duplicação do Elevado do Joá, com 5 km de extensão, o que aumentou em 35% a sua capacidade viária. O Elevado também ganhou uma ciclovia, cujo cenário por si só faz dela uma das mais bonitas do mundo.

A subprefeitura da Barra relaciona a reabilitação ambiental da Bacia de Jacarepaguá, o que inclui a recuperação do Rio Papagaio, no Anil, que tornou possível a criação de uma área de lazer pública, beneficiando cerca de 350 mil moradores ao possibilitar reduzir as enchentes na região. Em Deodoro, o saneamento da Bacia do Rio Marangá, que deverá ter sua primeira fase concluída em agosto, beneficiará com serviços de coleta e tratamento de esgoto, uma área que corresponde a 11 sub-bacias de esgotamento e inclui os bairros de Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos, Realengo, Padre Miguel, Bangu e Senador Camará, com 232 mil moradores nos diversos bairros da região.

Para a Região da grande Tijuca, o maior legado é o controle de enchentes que contempla a construção de cinco reservatórios subterrâneos para acúmulo de água, visando o amortecimento de vazões e o desvio do curso do Rio Joana, com o objetivo de fazer com que parte das águas tenha deságue independente, diretamente na Baía de Guanabara, sem sobrecarregar o Canal do Mangue.

Há ainda os cuidados com o entorno do Estádio Olímpico João Havelange, com a criação da Praça do Trem, uma área de lazer com 35 mil metros quadrados, e a reurbanização das ruas próximas ao Estádio Olímpico e a execução do Programa Bairro Maravilha em 34 ruas da região. Estas melhorias garantiram às calçadas acessibilidade para pessoas com deficiência. A área ganhou também uma ciclovia com 2 km de extensão.

A prefeitura destaca ainda que, após os Jogos Rio 2016, as estruturas esportivas, as criadas e as revitalizadas, passarão a compor a Rede Nacional de Treinamento que o Ministério do Esporte está estruturando em todo o país e constitui o maior programa de requalificação da infraestrutura esportiva do Brasil em mais de 50 anos. A Arena do Futuro será desmontada e transformada em quatro escolas municipais, cada uma com capacidade para 500 alunos. Três ficarão na região da Barra e Jacarepaguá e uma, em São Cristóvão.

O Parque Aquático será dividido em dois centros de natação e o Parque Olímpico de Deodoro ficará aberto ao público. Um espaço de lazer para 1,5 milhão de pessoas. Há a ciclovia que se estende por toda a orla e ainda a transformação da região portuária, que ganhou vida nova com o Museu do Amanhã, uma praça ampla, avenidas largas e quatro túneis, incluindo o maior túnel urbano rodoviário da cidade, o Túnel da Via Expressa, com 3 km de extensão, dentro da Via Expressa, que terá 6,8 km.

Foto da construção do Parque Olímpico de Deodoro

Parque Olímpico de Deodoro ficará aberto ao público, com um espaço de lazer para 1.5 milhão de pessoas

Segundo a prefeitura, os investimentos do orçamento olímpico em obras de legado superaram os 64% do valor total de cerca de 40 milhões. E mais de 60% do custo, tanto dos Jogos Olímpicos quanto dos Paralímpicos Rio 2016, estão sendo pagos por Parcerias Público-Privadas.

Sem esquecer as críticas à construção de um campo de golfe público em uma reserva ecológica ou ao não cumprimento da limpeza da Baía de Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas, muito foi feito e valorizar e preparar-se para usufruir dos ganhos parece mais sensato que ocupar-se lamentando a perda da oportunidade de fazer mais.

A LISTA É LONGA
…………………………………………………………………………………………..
» Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro
» Porto Maravilha, incluindo o Museu do Amanhã e o AquaRio
» VLT Carioca, Linha 4 do Metrô e Transolímpica
» 120 novos trens, 93% com ar condicionado
» Piscinões da Praça da Bandeira e Parque Madureira
» Obras do entorno do Cebolão e ampliação do Terminal Alvorada
» Ampliação e ciclovia da Avenida Niemeyer
» 331 novas escolas e 160 unidades de saúde
» Academias da Terceira idade em 182 unidades entre Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde.
Para ver a lista completa, acesse: http://www.rio2016.com/tags/legado.


Destaque

Tudo Conectado

Condomínios ganham com processo crescente de informatização

Foto da tela do CONDOnet

O CONDOnet pode ser acessado no site da Lowndes, todas as contas em formato digital

Foi o tempo em que novidades tecnológicas ficavam restritas apenas a condomínios comerciais de grande porte. É cada dia maior o número de administrações que investem em ferramentas do universo digital para garantir eficiência, agilidade e segurança. Há soluções em automação predial para todos os tipos de demandas, desde as mais simples até as mais completas e modernas. Apesar de o termo ser de difícil aplicação, já que as inovações se sucedem rapidamente.

O que Pode ser Feito

Com um projeto de automação, o condomínio pode ter o controle centralizado da iluminação das áreas comuns, do monitoramento de bombas de água, elevadores, irrigação de jardins, detectores de vazamento de água e gás, de fumaça, alagamentos nas áreas comuns e nas unidades, dentre outros. Os benefícios são muitos. Além da eficiência maior, há os ganhos efetivos com a redução de custos operacionais, tanto com o controle e otimização dos consumos, quanto pelo menor desgaste dos equipamentos, o que diminui despesas com manutenção e aumenta a sua vida útil.

Deise Mury, especialista em tecnologia de segurança e automação, diz que tem trabalhado para condomínios, especialmente, com controle de acesso de pessoas e veículos com registro de visitantes, CFTV, principalmente da linha HD, alarme intrusão monitorado, alarme para prevenção de incêndio e software para gestão administrativa de equipamentos diversos. O que há de mais moderno e funcional mais se parece com coisas de filme de ficção. São sistemas de controle de acesso, com leitura de veias e face, software de monitoramento de imagem inteligentes com localizador facial e de objetos, e centrais de alarme para prevenção de incêndio e pânico Wi-Fi.

Foto de Deise Mury. especialista em tecnologia de segurança e automaçâo

A questão custo-benefício das câmeras HD superou as câmeras IP, em muito. O formato das câmeras melhorou e houve acréscimo no número de linhas de resolução

Deise Mury, especialista em tecnologia de segurança e automação

O que já é de uso corrente, mas que, recentemente, passou a contar com ferramentas melhores, em qualidade, economia e resultados, são as câmeras HDCVI. “A questão custo-benefício das câmeras HD superou as câmeras IP, em muito. O formato das câmeras melhorou e houve avanço na tecnologia com acréscimo no número de linhas de resolução. Este equipamento não necessita de cabeamento refinado e de alto custo, e ainda consegue uma quantidade de armazenamento de imagens melhor por conta da tecnologia de compressão H264. E já estão circulando equipamentos H265 no mercado nacional, tomando possível maior armazenamento no mesmo disco rígido tradicional”, adianta Deise.

Soluções Para Diferentes Condomínios

A especialista sugere uma lista de soluções já viáveis que garantem um upgrade nos condomínios mais atuais e uma lista de soluções modernas, porém básicas, para condomínios de menor porte. Para os de médio e grande porte, ela elege o SCA (sistema de controle de acesso) pessoas e carros, com gerenciamento de vagas, o software de gerenciamento administrativo para bombas d’água, luz, gás, ar-condicionado entre outros, conectados a todos os equipamentos, o softwares de CFTV com reconhecimento facial e busca de objetos abandonados, o alarme para prevenção de incêndio e ou gás, tanto em áreas comuns, como nas unidades principalmente e os botões de pânico nas unidades, principalmente Wi-Fi.

Já para os de pequeno porte, seleciona o receptor inteligente para automatização de portões (anti-clonagem), o alarme perimetral, o alarme para prevenção de incêndio e ou gás em áreas comuns, a CFTV nos acessos principais e pontos estratégicos e os botões de pânico nas unidades, principalmente Wi-Fi. “Este último, especialmente, recomendo para todos, pois a segurança é um dos itens mais importante para as pessoas e é um sistema simples, funcional, muito eficiente”, afirma.

Condomínios Aprovam Adoção

Práticos e úteis, os recursos da vida digital imprimem dinamismo e transparência nas relações entre administração, moradores e proprietários de imóveis, que não utilizam regularmente suas unidades. De qualquer lugar é possível receber informações, responder a consultas, esclarecer dúvidas e ter acesso às atas, boletos de pagamento, entre outros. São soluções que trazem comodidade e, por isso, têm ótima aceitação.

Foi assim com os moradores do Condomínio Botafogo Easy Way, em Botafogo. O prédio que foi entregue sem sequer um interfone, hoje tem até acesso digital, e a entrada e saída de veículos é controlada por chip. “Era uma coisa que incomodava, o momento da entrada de visitantes e prestadores de serviço, junto com o morador. Mas não tínhamos espaço para fazer a divisão. Fizemos então uma servidão na lateral e cadastramos todo mundo, até familiares e empregadas das unidades e colocamos um identificador de digital”, conta Célia Regina Gomes, que há seis anos é síndica do edifício.

A iniciativa foi aprovada em assembleia e foi feito um caixa somente para isso. “Foi um processo tranquilo, pois ganhamos mais segurança e praticidade, com um acesso mais rápido. Antes era preciso tirar um cartão da bolsa, e sabe como é coisa de mulher?”, brinca, dizendo que com o acesso digital, a entrada ficou até mais convidativa, mais elegante. “Antes, tínhamos apenas a grade. Com o envidraçamento e a máquina para digital ficou mais bonito”, afirma.

Os investimentos da administração se concentraram em acesso digital e em acesso por TAG com controle de quantidade de vagas. A economia ficou por conta da redução da folha. Com os equipamentos, foi possível ficar sem dois porteiros noturnos. “E ficamos com uma segurança melhor. De madrugada, a pessoa não precisa parar, buzinar, baixar o vidro. O TAG funciona por proximidade e logo que o carro se aproxima o portão abre. Criamos ainda um porta estepe que só funciona se o outro quebrar”, detalha.

Síndica Célia Regina

A síndica Célia Regina Gomes e os portões. automação via TAG e sistema auxiliar no acesso de veículos, exemplo de informatização para maior eficácia da gestão condominial

Um gasto total de 50 a 60 mil, mas a síndica diz que só com a redução da folha, que representou 10 mil por mês, ele se pagará. “Sem contar com o ganho em segurança, que não é mensurável”, acrescenta Célia, que é adepta do uso da tecnologia para garantir mais praticidade, com contas mais enxutas. Na administração, ela adotou o uso de smartphones e wi-fi para a gerência e a supervisão. Assim, a comunicação entre eles é instantânea e de baixo custo. “Utilizamos imagens, nos falamos, trocamos informação, discutimos tudo, mesmo que esteja em viagem, e as decisões ficaram mais rápidas e fáceis”, acrescenta.
Com os condôminos, o contato é via e-mail, para garantir o registro das trocas que, dependendo da demanda, ainda são arquivadas na pasta do morador. “A comunicação também é feita através de nossa página no site da administradora, onde estão disponíveis muitos serviços como comunicação de obra e agendamento de salão de festa, por exemplo”, diz. O próximo passo da administração será garantir que os condôminos tenham, através do celular, imagens do prédio. “A tecnologia das imagens está aí para nos ajudar”, completou, acrescentando que o sistema de câmeras já permitiu resolver casos de furto e até fazer com que a empresa de conservação arcasse com os danos causados por um incêndio em um dos elevadores. “Com as imagens, ficou claro que foi uma falha do pessoal técnico da empresa”. No momento, o condomínio está trocando os equipamentos para adotar as câmeras com infravermelho. “Com elas, ganhamos ainda mais qualidade e segurança”, completa.

Quem também já se valeu do uso da tecnologia para resolver questões de segurança foi o especialista David Gurevitz, que é sócio do Edifício Aquitânia, no Centro. Ele instalou câmeras em lugares pouco comuns, como na parte de baixo da porta, com a intenção de registrar e permitir a identificação de quem entra escondendo o rosto. Devido a estes posicionamentos e a alta qualidade das imagens registradas, o caso de um pedestre que teve um ferimento na cabeça, causado por uma pedra lançada pelo pneu do ônibus que passava, foi esclarecido. O transeunte alegava que a pedra tinha vindo do alto, atirada do edifício. “Pegamos o horário, transformando o vídeo em fotos e pudemos entender o que aconteceu e comprovar que não tivemos culpa”, conta.

Foto do Síndico David Gurevnz

Especialista do setor e síndico David Gurevitz assegura que a automação predial traz ganhos para além da segurança e da redução de custos

Para Gurevitz, a automação predial traz ganhos para além da segurança e da redução de custos. “São ofertas de serviço com mais qualidade. Isto é o que todo mundo espera hoje em dia. Desde o acesso biométrico aos softwares de controle de consumo de água e luminosidade, aos acionamentos automatizados. O síndico consegue imprimir mais confiabilidade, com menor trabalho, à sua gestão e ao cotidiano do condomínio”, afirma.

Ele destaca uma interface com o celular que recebe a ligação, joga para o computador, e comanda a abertura de porta, por exemplo, e os sensores interligados que cortam a energia automaticamente em caso de incêndio, incluindo o acionamento de um alarme para alertar quem está no prédio. “A tecnologia está aí para dar inteligência. As possibilidades já estão disponíveis e podem ser adotadas parcialmente. É só uma questão de especificação. Exige uma empresa especializada em automação para integrar os sistemas e, assim, ter um condomínio do futuro hoje mesmo”, completa.

Tudo de Maneira Rápida e Confiável

Quem é cliente Lowndes conhece o CONDOnet e os serviços que disponibiliza tanto para o síndico, quanto para o condômino. Acessando a página do condomínio no site da empresa e logando-se com uma senha individual, tem-se acesso à vida condominial, otimizando tempo, gerando controles, fluxo e acesso remoto a informações, promovendo segurança e confiabilidade à administração. O síndico tem ainda todas as contas em formato digital, com acesso a qualquer momento. O novo sistema é como ter a pasta de prestação de contas sendo feita dia a dia com suas mãos. Isto com a segurança de que cada uma delas passou pelo crivo de um departamento de contas a pagar e a receber profissional e experiente. É a administradora colaborando para que os condomínios tenham cada dia mais agilidade, com comodidade e segurança nas suas gestões.


Entrevista

Para Minimizar Impactos

Leonardo Maciel
Diretor de Operações da Cidade (Empresa Olímpica Municipal)

O impacto poderá ser maior ou menor, mas será por um curto período. É desta forma que o diretor de Operações da Cidade, Leonardo Maciel, responsável por fazer com que tudo funcione da melhor forma possível durante as Olimpíadas Rio 2016, está chamando à participação todos os cariocas e, em especial, os síndicos. “Ninguém entende mais de crise que os síndicos e estamos cientes de que são parceiros fundamentais nos esforços necessários para que não fracassemos na organização dos Jogos”. Ele transmite as informações anunciadas até o fechamento desta edição da revista, mas pede que todos fiquem atentos a alterações e novidades que serão comunicadas mais próximo aos Jogos ou até durante o evento.

LOWNDES REPORT – Como os condomínios que ficam no entorno dos locais das competições devem se preparar para o período dos Jogos Olímpicos?

LEONARDO MACIEL – Os Jogos Olímpicos terão impacto em toda a cidade e as rotinas sofrerão alterações em todos os setores. Para os condomínios, em especial, é importante que repensem escala de trabalho e de férias, antecipem ou adiem execução de obras e alterem os horários de algumas atividades, como a de colocação dos latões de lixo para a coleta dos caminhões da Comlurb. Estamos estudando as rotas e horários e comunicaremos à população mais adiante.

LOWNDES REPORT – Mesmo obras emergenciais e de manutenção estão sendo desaconselhadas. É isso mesmo?

LEONARDO MACIEL – Desde o ano passado, vimos alertando até mesmo sobre o lançamento de imóveis e o retrofit em prédios já a partir de julho, quando o movimento para mobiliar a Vila dos Atletas e os novos hotéis da cidade se somará à chegada das primeiras delegações para treino e aclimatação das equipes, impactando sensivelmente o trânsito. Será um período com restrição para o trânsito de caminhões e de serviços de carga e descarga, com ruas sendo fechadas ou tendo acesso somente a quem for credenciado. Haverá restrições no horário das entregas – que serão liberadas apenas das 2h às 6h. E, mesmo assim, dependendo do lugar. Isto dá uma ideia do porque é essencial que evitemos ao máximo qualquer intervenção que venha a tornar ainda mais difícil o ordenamento da cidade e o fluxo de trânsito.

LOWNDES REPORT – Como está sendo feita a divulgação destas informações e como os síndicos poderão se manter informados?

LEONARDO MACIEL – Desde o Encontro de Síndicos, realizado pela ABADI, em agosto de 2015, quando estivemos presentes, apresentando o Plano Operacional do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos 2016, temos destacado que este público é muito importante. Por enquanto, estamos divulgando via grande mídia, mas nos reuniremos, em data a ser acertada mais à frente, com os administradores e síndicos de condomínios, para transmitirmos todas as informações necessárias. É fundamental que estejam atentos às notícias que vêm sendo divulgadas pelos órgãos de imprensa, pois alterações poderão acontecer até mesmo no dia das competições. Através dos meios de comunicação, através do nosso site e ainda através da mídia especializada, como esta publicação ou o site desta administradora.

Leonardo Maciel, diretor de Operaçôes da Cidade

Transmitiremos todas as informações necessárias. mas é preciso que administradores e síndicos de condomínios estejam atentos às notícias que vêm sendo divulgadas pelas órgãos de imprensa, pois alterações poderão acontecer até mesmo no dia das competições

Leonardo Maciel, diretor de Operações da Cidade

Agradecemos todos os que ajudarem a que o evento transcorra com tranquilidade.


Deu Certo

Navegando em mar sereno

Edifício Barcellos

Reuniões rápidas, aprovação por unanimidade, administração de obras tranquila. Isto existe? Quem pode dizer é Fuad Diuana Zacharias, que é síndico do Condomínio do Edifício Barcellos há 15 anos. À frente do edifício dos anos 50, no Centro da Cidade, ele vem realizando suas gestões como quem atravessa um mar sereno. Uma administração que vem garantindo a valorização dos imóveis comerciais, 21 andares corridos e uma loja no térreo.

Experiente administrador, presidente de uma construtora, o síndico diz não ter tido qualquer problema maior ao longo de todos estes anos, mesmo tendo causado uma verdadeira revolução no prédio ao assumir, quando teve aprovação para demitir todos os empregados de uma só vez. “Como condômino recém chegado, entendia aquela situação como insustentável. O prédio tinha sido de uma estatal e mantinha 16 funcionários, muito mais que o necessário, todos com salários altíssimos, muito fora da realidade do mercado”, conta.

Sua decisão de fazer um acordo na justiça, para fazer o pagamento das indenizações ao longo de um ano, permitiu ao condomínio quitar esta despesa extra somente com a economia da redução da folha, tendo ainda outros ganhos. “Desta forma foi possível reestruturar todo o prédio, montar uma equipe do tamanho das necessidades e ainda preparar o pessoal para trabalhar com qualidade’’, afirma. O síndico formou a nova equipe com nove profissionais, entre faxineiros, vigia da noite,segurança e porteiros. A disparidade era tanta que, com a economia, ainda foi possível empreender algumas obras necessárias, como a pintura interna do prédio, a reforma da portaria e a colocação de câmeras.

O Edifício Barcellos é um condomínio de poucos condôminos e as decisões em assembleia são rápidas, algumas acontecem em tempo recorde. A última, realizada em janeiro, quando o síndico foi novamente reeleito, exigiu sete minutas. “Somos todos amigos de longa data e ainda contamos com a ajuda da administradora que nos entrega tudo organizado, pronto para as decisões. A maior parte do prédio é de andar inteiro e formamos uma família tranquila. Ficamos mais tempo conversando do que debatendo ou aprovando os temas”, comemora Zacharias.

Fachada do Edificio Barcellos

Fachada do Edifício Barcellos, na Avenida Presidente Vargas

Economia com Realizações

Com seu sólido conhecimento, o síndico vem empreendendo ações de economia, como a troca das descargas de todos os sanitários de todos os andares e torneiras modernas. A modernização dos três elevadores também teve este objetivo. O resultado tem permitido manter a cota sem aumento desde 2010. Já na reunião da primeira eleição, a questão dos elevadores tinha sido levantada por Zacharias, que assumiu a modernização como o foco de sua primeira gestão. Um ano depois de ser eleito, ainda com os recursos da folha, o condomínio pode reduzir a cota em 20%, aprovando ainda que, caso necessário, a cota retomaria o valor anterior, o que não foi preciso.

Em 2002, a redução foi de 5% com a mesma mecânica de retomada do valor anterior, caso fosse necessário para despesas eventuais e emergenciais.

O ano de 2005 foi o ano de maior número de obras, mas ele ainda realizou com as reservas. Foi feita pintura geral interna, a pintura das portas corta fogo nos andares, do terraço, do portão, dos tetos e dos elevadores. Foram aprovadas as obras de conservação na portaria e das cabines dos elevadores e também a reforma da fachada, e somente esta última exigiu o rateio das despesas.

No ano seguinte, no entanto, a cota mais uma vez não foi aumentada. E na mesma ocasião, a ata registrou voto de louvor pela excelente administração do síndico, com consequente valorização patrimonial beneficiando a todos os condôminos.

Foto de Fuad Diuana Zacharias, sindico

É Preciso adequar o edifício às demandas atuais. Somos muitas empresas funcionando e também temos aqui um patrimônio

Fuad Diuana Zacharias, síndico

O síndico vem assim realizando uma administração com total aprovação, fazendo as reformas e investindo na conservação do prédio e também na renovação dos sistemas, como fez com o de câmeras de circuito interno de gravação. “São melhorias necessárias. É preciso adequar o edifício às demandas atuais. Somos muitas empresas funcionando aqui e temos aqui também um patrimônio. Tudo que fizermos para que ele seja gerido da melhor forma possível, com o menor custo, melhor”, conclui.

Tome Nota



NOVO CPC
Em vigor desde 16 de março, a Lei 13.256/2016 faz alterações pontuais no novo Código de Processo Civil (CPC). As mudanças visam garantir mais agilidade ao trabalho do judiciário. Entre as principais mudanças está a possibilidade dos juízes não obedecerem à ordem cronológica de entrada dos processos para proferir sentenças, o que permite análise rápida de casos menos complexos.


Ações Positivas

TETO e Cidadania

TETO é uma organização social sem fins lucrativos que atua na América Latina e Caribe realizando um trabalho comunitário focado nos assentamentos precários mais excluídos. Seu diferencial é a ação conjunta de moradores e jovens voluntários, buscando gerar soluções concretas para a pobreza. Para TETO, comunidade precária é aquela com um grupo de famílias que vive em um assentamento que carece de, pelo menos, um serviço básico, como eletricidade, água e esgoto. A seleção das famílias se dá pelo nível de vulnerabilidade social a que está exposta.

No Brasil, o TETO atua desde 2006 e, atualmente, está presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Mais de 2 mil moradias de emergência já foram construídas, além de iniciativas em educação, formação de lideranças, saúde, saneamento básico e outras. Há três anos no Rio de Janeiro, o TETO atua em conjunto com moradores de Jardim Gramacho, Parque das Missões e Vila Beira Mar, as três em Duque de Caxias. Em 2015, o trabalho foi expandido para o Canal do Anil, na Zona Oeste, e também para Mesquita, na Baixada. Através do site da ONG (http://www.teto.org.br), é possível visualizar a localização de 100 comunidades em que o TETO já trabalhou ou ainda trabalha no País.

Voluntários do TETO construindo moradia

Mais de 2 mil moradias de emergência já foram construídas desde que 0 TETO atua no Brasil

No Chile, onde a organização iniciou seu trabalho, em 1997, além dos projetos de curto e médio prazo, mais de 6 mil famílias já conquistaram soluções definitivas de moradia e demais serviços básicos.

Ação Profunda e Continuada

A primeira atividade nas comunidades é sempre um levantamento socioeconômico, cujos dados são coletados por moradores e jovens voluntários. É de acordo com as demandas levantadas que são planejados e executados projetos comunitários de curto prazo, como a construção de moradias de emergência.

Voluntários do TeTo ajudando a construir moradia

Jovens voluntários e moradores juntos ajudando a construir um futuro melhor com direitos básicos e moradia definitiva

Durante o período de projetos de curto prazo, a equipe permanente de voluntários do TETO trabalha com os moradores pela mobilização e organização comunitária. Após esse período de fortalecimento, dá-se início às Mesas de Trabalho, que são reuniões nas quais se identificam possíveis soluções de médio e longo prazo para as necessidades prioritárias. São programas voltados para a educação, a capacitação profissional e o fomento produtivo, a formação de lideranças comunitárias, o financiamento parcial de projetos comunitários, entre outros. O TETO articula e promove o vínculo de moradores de comunidades organizadas a instituições do Estado, entre outros atores da sociedade para garantir seus direitos.

O TETO articula e promove o vínculo de moradores de comunidades organizadas a instituições do Estado, entre outros atores da sociedade para garantir seus direitos

A conclusão de todo trabalho é o momento em que a comunidade tem os direitos básicos assegurados e são implementadas soluções definitivas, como a regularização da propriedade, a instalação (ou regularização) de serviços básicos, moradia definitiva e infraestrutura comunitária.

Ações do Teto no Rio de Janeiro em 2016
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» 25 a 27/março – (RJ) Construções de Moradia de Emergència » 9 a 13/julho – (RJ) Trabalhos de Inverno
» 20 e 21/agosto – (RJ) Escutando Comunidades – ECO
» 8e 9/outubro – (RJ) Construção de Moradias de Emergência
» 10 e 11/dezembro – (RJ) Construção de Moradias de Emergência

Para Saber Mais e Participar

Para ser voluntário do TETO é necessário apenas tempo para ir à comunidade e comprometimento. São realizadas campanhas de captação em faculdades e universidades, com jovens entre 18 e 30 anos. Mas a ONG está aberta a outros grupos etários, especialmente para o AMIGOS do TETO, que participam com doações mensais, recurso fundamental para a sustentação dos programas. As doações começam com 30 reais mensais e o doador pode escolher a sede para a qual quer destinar a sua ajuda. Já há condomínios que estão colocando a doação no boleto para os que têm interesse em ajudar, como é o caso do Edifício Portofelice, na Barra da Tijuca.

Para doações através de seu condomínio, envie um e-mail para parcerias. [email protected].

Através do site teto.org.br é possível conseguir informações detalhadas sobre como ajudar, inclusive para aqueles que querem colocar a mão na massa e ver de perto o resultado de sua participação.

Fique atento ao calendário de ações para o Rio de Janeiro neste ano. Estes eventos são precedidos de reuniões com os voluntários para orientação e conhecimento maior sobre o trabalho. Para se tornar um Amigo do TETO, acesse: teto.org.br/amigos.


Porteiros

Trajetória Vitoriosa

William de Oliveira da Silva
Supervisor operacionaI do Condomínio Botafogo Easy Way

De faxineiro a porteiro e supervisor operacional, William de Oliveira da Silva trabalha no Condomínio Botafogo Easy Way, em Botafogo, desde 2008, e hoje é o supervisor operacional do edifício, o que inclui manter sob controle toda a rotina de portaria, manutenção e limpeza do edifício residencial. Sendo seu primeiro emprego de carteira assinada, sem nenhuma experiência em condomínio, teve uma chance e aproveitou. Aprendeu o serviço de limpeza, a rotina de portaria e foi promovido a supervisor, recebendo o reconhecimento da gerente, Cláudia Vieira Gomes, e da sindica, Célia Regina Gomes, tendo todo o apoio e orientação para seguir em frente.

William de Oliveira, supervisor operacional do Edificio Botafogo Easy Way

William de Oliveira da Silva é o supervisor operacional do Edifício Botafogo Easy Way

Dedicado, fez cursos de portaria, de segurança e um intensivo de conversas com a gerente, que é pedagoga. “Com ela tive um verdadeiro curso particular”, conta. Logo que foi promovido, teve o acompanhamento dela por uns 6 meses e, desde então, o trabalho tem sido compartilhado. “Agora é uma via de mão dupla, com muitas trocas, e fico muito feliz com o desempenho dele, com o seu crescimento. É gratificante ver uma pessoa crescer’’, afirma Claudia. A gerente é só elogios. “Ele está sempre disposto, aberto a aprender e crescer. Se destaca pela juventude e alegria, mas também pela responsabilidade e compromisso”, diz.

O primeiro e maior incentivo veio antes ainda de conquistar uma vaga no Condomínio. “Já trabalhava como segurança para algumas lojas, mas sem carteira assinada, e foi o meu sogro que sugeriu que aceitasse a vaga de faxineiro para que tivesse um emprego regular. Ele não queria alguém para filha trabalhando sem estabilidade”, ri, contando que o sogro já não trabalha no prédio e que fez até uma festa quando soube da promoção.

Experiência Como Segurança e Dedicação como Trunfos

William nasceu e cresceu no Rio, no bairro do Leme, e tendo apenas uma irmã, serviços de faxina não fizeram parte de sua experiência e, por isso, chegou a temer não passar do prazo de experiência e frustrar a possibilidade de contratação. “Ajudou muito o suporte e orientação da Cláudia e também o da síndica. Lembro uma vez em que ela pegou a máquina de alta pressão e mostrou como funcionava, colocando as botas e tudo. Foi um aprendizado na prática”, lembra. Já quando passou a porteiro, encontrou alguma semelhança com o trabalho de segurança e sentiu-se mais seguro. “Depois que criaram a cabine blindada senti isto mais ainda e pude utilizar tudo o que já conhecia para o trabalho no condomínio. Me identifiquei logo e gostei, especialmente, da escala de 12 x 36, que me permitia conciliar o trabalho como porteiro com outro, como segurança”, conta.

Mas, pouco depois, veio o convite para ser o supervisor operacional e, com um trabalho em horário comercial, teve que voltar a dedicar-se exclusivamente ao Botafogo Easy Way, mas juntando tudo o que aprendeu para melhor executar a função atual. “Gosto de desafios e foi mesmo um grande desafio. O novo cargo envolve uma responsabilidade muito maior”, afirma. Ele segue contando com a ajuda da chefia e, também, dos colegas. “A maioria está comigo desde o início, me ajudaram enquanto estive na faxina e depois na portaria. Conversamos sobre qual é meu papel, que é o de fazer com que tudo aconteça como a administração precisa, e que conto com eles para isso. Temos o regulamento e temos que cumprir e também fazer com que cumpram as regras. O morador pode não querer ler, mas nós temos que ter este conhecimento e respeitar o que está escrito, buscando fazer com que os demais entendam que são as normas do prédio. Que tê-las e respeitá-las é a melhor forma de viver com tranquilidade e segurança”, explica.

Incentivando a Opção de Trabalho

O supervisor também credita o bom desempenho dele e da equipe à boa administração, que tem como diferencial uma gestão muito próxima ao das empresas, com uso de tecnologias modernas, que instigam e estimulam a estar sempre se aprimorando. “Considero o trabalho em condomínio de uma multiplicidade de conhecimento muito grande, exigindo muito de quem quer ser um bom profissional. É uma escola de vida”, defende.

William, que também gosta de cozinhar e sonha em um dia ser um chef, indica o trabalho em portaria. “Vejam quantos lançamentos imobiliários, quantas vagas, quantas possibilidades?”, instiga, acrescentando que as exigências atuais fazem da profissão algo muito diferente do que já foi no passado. “Hoje, você precisa estudar, estar sempre se atualizando, mas, por outro lado, tem melhores salários, há benefícios é uma atividade em que nunca se cai na rotina”, afirma.

Hoje, você precisa estudar, estar sempre se atualizando, mas, por outro lado, tem melhores salários, benefícios e uma atividade em que nunca se cai na rotina

William de Oliveira da Silva, supervisor operacional

Para quem já pensou na possibilidade, ou ainda não, William aconselha buscar fazer cursos, alguns gratuitos, como os ministrados nos batalhões de polícia, e seguir se atualizando cada vez mais. Destaca ainda o tempo livre como uma vantagem sobre outras profissões. “Especialmente, na escala de 12 x 36, permitindo que tenha outra atividade ou estudo”, completa.

William utiliza suas horas livres para cozinhar e curtir a Giovanna, sua primeira filha, de três anos. “Ela adora churrasco e praia, como eu. Então, a família é o programa quando não estou no trabalho, assim como os amigos, pois moramos todos próximos. É uma vida boa esta que levo”, conclui.

Construa uma gestão de sucesso com a ajuda da Lowndes

Lowndes

Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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