A 39ª Convenção Anual Do Rotary Internacional No Rio De Janeiro
Reuniram-se no Rio de Janeiro, no mês de Maio findo, rotarianos de todo o mundo. Qual o espírito que animou homens de cinco partes do universo a confluir para a nossa capital para promover uma série de trabalhos sob a égide ROTARY?
O Ideal De Servir
Dentro deste levantado objetivo, o Rotary promove e apoia o companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidade de servir, o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas da ética profissional, a melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na vida pública e privada, e a aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações.
MATÉRIA
As Tarifas De Seguros No Brasil
A. O. Zander
(Transcrito da Revista SOTEC)
De vez em quando há nos meios seguradores discussões sobre a necessidade da revisão das tarifas existentes, em relação às várias modalidades de seguro praticadas no País.
Antes do Decreto 5.470 de 6-6-28, as tarifas usadas pelas empresas vigoravam por acordo entre as mesmas, cingindo-se, porém, ao ramo incêndio.
Após aquele decreto, foram aprovadas oficialmente a tarifa do ramo transportes (marítimos e fluviais cabotagem) e a de incêndio do Distrito Federal, Niterói e Petrópolis. Para o ramo de acidentes do trabalho, também existe uma tarifa legal instituída pelo Decreto 18-809 de 5-6-1945. Quanto aos transportes ferroviários e rodoviários, existe uniformidade em virtude de tabelas introduzidas pelo Instituto de Resseguros do Brasil, que também dá apoio às tarifas particulares de incêndio vigorentes há mais de 20 anos para os diversos Estados do Brasil.
Temos, portanto, que as tarifas são, na maioria, antiquadas, redigidas antes de 1940 e calcadas em base ou experiência anterior à completa transformação da economia do país, havida com a inflação decorrente da guerra.
Ora, é sabido e incontestável que essa inflação provocou um grave desequilíbrio em todos os dispêndios, não só de gastos administrativos e gerais, mas também de sinistros e custo de aquisição de negócios.
As Companhias tiveram suas despesas gerais agravadas em todos os itens, desde impostos e salários até às taxas postais, telegráficas e custo do material de expediente. Os sinistros que durante a guerra se mantiveram num nível razoável sofreram um acréscimo tremendo, tanto no valor intrínseco das indenizações pelo aumento dos valores dos bens sinistrados, como também na sua incidência geral, atribuído isto à crise provocada pela paralização de negócios e tentativas de sustar a inflação por meio da restrição geral do crédito.
Não houve a compensação esperada do aumento da massa de prêmios, aplicada a percentagem de taxas sobre valores segurados aumentados.
De tudo isto é uma prova mais que provada a situação exposta nos relatórios das empresas de seguros e do próprio I.R.B., referente ao ano de 1947.
As notícias sobre o decurso do ano de 1948 são as piores possíveis. No ramo incêndio continua a série interminável de sinistros quase diários, em todo país, sendo voz corrente que o coeficiente geral de sinistros-prêmio vai além de 60%, quando durante os últimos anos girava em torno de 32,5%.
No ramo automóveis, a percentagem subiu a mais de 50% contra uma média de 24.6%.
O ramo transportes continua péssimo, com um rateio de cerca de 60% contra 46% nos anos de 40/44.
As demais carteiras seguem o mesmo ritmo, não escapando o próprio risco de acidentes do trabalho, em que as indenizações de morte e incapacidade foram recentemente aumentadas por decisões interpretativas do judiciário.
As estatísticas publicadas no número 47 da Revista I.R.B. e que não abrangem o ano de 1947, em que mais se acentuou a agravação dos riscos, induzem à conclusão da necessidade premente e imediata de uma revisão das tarifas, sob pena de não poderem as sociedades manter-se em equilíbrio, com grave risco para os próprios segurados.
Essa revisão terá por escopo a elevação das taxas, na generalidade, havendo contudo casos de redução, como por exemplo determinadas rubricas no ramo incêndio passíveis de diminuição.
Há riscos de incêndio tarifados manifestamente com insuficiência, por exemplo o algodão e a indústria transformadora de madeira, responsáveis principais pelo desequilíbrio estatístico dos sinistros.
No ramo automóveis, os modernos carros de passeio e veículos coletivos de passageiros são merecedores de uma nova tarifação mais adequada, sem falarmos da cobertura de responsabilidade civil perante terceiros.
Esta última garantia, antes, poucas vezes era chamada a funcionar, mas cada vez mais se acentuam as exigências dos terceiros com pretensões sempre crescentes, de tal forma que já se pode dizer que existe uma “mentalidade de reclamações” não só por parte dos passageiros, mas também de outros prejudicados por danos corporais e materiais.
O ramo transporte não acusa um déficit maior, devido à manutenção da cláusula de carregamento em tempo de guerra, cuja extinção ou substituição já tarda, pois vamos para o 4º ano do término das hostilidades. É bem verdade que os efeitos deletérios da guerra sobre o risco material e moral ainda perduram, principalmente este último, como prova a continuidade espantosa dos delitos de extravio e roubo, a despeito de todos os esforços no sentido da sua neutralização.
MATÉRIA
Reservas Técnicas
Mario Pacheco
No momento em que um novo regulamento para as empresas de seguros está sendo estudado para ser convertido em lei, seria de toda a conveniência que os estudiosos e colaboradores do novo estatuto legal se detivessem um pouco nos tópicos pertinentes às denominadas reservas técnicas.
Não desejo deter-me em analisar os processos científicos da matéria. Apenas desejo pedir a atenção para o que realmente se processa na prática com relação ao assunto. Tais reservas, como todos sabem, visam dar aos segurados uma garantia mais segura para liquidação dos sinistros. Até aqui nada mais louvável, pois o dever do estado é fixar as condições a que deve estar subordinada a vida de uma empresa cujo destino é garantir e proteger a economia privada.
A lei não se limita apenas à criação obrigatória dessas reservas no patrimônio das empresas seguradoras, mas também determina e qualifica os valores ativos das mesmas, cujo rigor de forma alguma é contestável.
Dentre as reservas técnicas a que estão sujeitas as empresas seguradoras, destaca-se a de Sinistros a Liquidar, para a qual é que solicito a atenção dos estudiosos e colaboradores do regulamento que virá substituir o atual, Dec. 2.063, de Setembro de 1940.
De fato, esta reserva não se identifica tecnicamente nos mesmos objetivos que as demais, pois se a Reserva de Riscos não Expirados tem a função de dar aos segurados maior segurança na liquidação dos possíveis prejuízos decorrentes com sinistros; se a Reserva de Contingência visa fortalecer as Reservas de Riscos não Expirados, a de Sinistros a Liquidar é criada em função de fatos econômicos já consumados, ou seja, os sinistros já conhecidos, estimados e em curso de liquidação.
Lógico seria que funcionasse não como uma reserva criada ante a eventualidade de fatos mais ou menos esperados, mas como uma provisão, que de fato é, para a liquidação de obrigações já existentes, com objetivos imediatos, portanto.
A lei obriga, ainda, como se sabe, colocar sob custódia os bens ativos que garantem os valores dessas reservas, o que na prática, com relação à provisão feita para os sinistros pendentes, equivale a condenar as empresas seguradoras a liquidarem esses sinistros, com outros valores que não os vinculados. Se a empresa não dispuser de outros recursos terá de, por sua vez, condenar os segurados a mais uma contingência entre as que estão sujeitos em caso de sinistro: a de aguardar a liberação por parte do órgão fiscalizador dos bens dados em garantia do sinistro, na ocasião do encerramento do exercício em que o mesmo ocorreu.
Penso que seria mais razoável a exigência legal da abertura de crédito em conta bancária especial, sujeita à fiscalização governamental mas não vinculada, para os sinistros ocorridos e estimados. A fiscalização seria fácil pois tal conta funcionaria vis-a-vis os sinistros, correspondendo cada depósito ao valor estimado de cada sinistro e cada levantamento de valores ao encerramento de um sinistro até então pendente.
Quanto aos lançamentos na escrita da empresa seriam feitos pela provisão, fazendo-se o ajustamento, para mais ou para menos, em conta especial.
Quanto às reservas de sinistros a liquidar determinadas pelo Instituto de Resseguros do Brasil, estas sim, poderiam ter aplicação idêntica às das Reservas de Riscos não Expirados, uma vez que estão sujeitas a lançamentos determinados pelo referido Instituto e objeto de encontro de contas nas operações entre as seguradoras e o mesmo.
Na atualidade as seguradoras, como já se disse, estão praticamente obrigadas a dispor em dobro dos valores dados para a liquidação dos sinistros ocorridos: os valores exigidos pela lei e que são gravados ao D.N.S.P.C. e das disponibilidades de que lançam mão para não sujeitarem os seus clientes à espera das formalidades burocráticas na liberação da provisão, pois mister há-de-se considerar o requerimento, o despacho do senhor diretor, os pareceres das seções competentes, tudo sem contar o processo de informação ao Banco sobre a cessação da gravação.
As empresas que não possuírem essas disponibilidades não terão o mesmo procedimento das outras, o que vem criar uma tendência para a especulação e propaganda entre as sociedades.
Ainda há a ponderar o fato bem curioso, que os Balanços embora encerrados com data de 31 de Dezembro, somente em Fevereiro são fechados e conhecidos seus resultados. A obrigação da aplicação das reservas técnicas termina em fins de Março e no período que medeia entre 1 de Janeiro a 31 de Março a maioria dos sinistros pendentes em 31 de Dezembro já se acha liquidada. Como vincular a aplicação da reserva pelo seu total, se parte dessa reserva já foi devidamente aplicada no sinistro que lhe deu origem?
São fatos que merecerão por certo a atenção dos legisladores afim de que haja na lei que se estuda a sua perfeita finalidade, equilibrando as obrigações de uns em face dos direitos de outros, atendendo desta forma os objetivos recíprocos das partes contratantes do seguro.
MATÉRIA
Inaugurada Em Belo Horizonte a Sucursal Da Cruzeiro Do Sul Capitalização S.A.
“Mais Um Marco De Responsabilidade E Trabalhos”
Grupo tomado à chegada da delegação da Cruzeiro do Sul Capitalização a Belo Horizonte na véspera da inauguração da Sucursal naquela capital
No dia 11 de junho, ocorreu a inauguração da sucursal da Capitalização Cruzeiro do Sul S. A., em Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena, 772, 7º andar. O evento contou com a presença das personalidades mais proeminentes do mundo oficial, econômico e financeiro da capital mineira, destacando-se, entre outros, o senhor capitão Lauro Pires de Carvalho, representando o senhor governador do Estado, o representante do prefeito, o senhor vice-prefeito, banqueiros, industriais e muitas pessoas importantes.
Monsenhor José Augusto Dias Bicalho deu início à solenidade, oficiando a bênção das instalações.
Especialmente para assistir à cerimônia inaugural, vieram a Belo Horizonte as figuras da alta administração da Capitalização Cruzeiro do Sul, incluindo o senhor Donald de Azambuja Lowndes, vice-presidente, cujo brilhante discurso foi muito aplaudido e no qual expôs todo o plano e programa da sociedade, cuja execução está sendo firmemente cumprida.
Também discursaram o senhor José Alberto Resende Santos, superintendente da Produção, e o doutor Neige Acario, inspetor geral para Minas Gerais.
O Sr. José Alberto Rezende Santos, Superintendente da Produção, proferindo a sua oração.
Monsenhor José Augusto Dias Bicalho, d.d. representante de Sua Excla. of Senhor Arcebispo Metropolitano, vendo-se à sua direita o Sr. Donald A. Lowndes, vice-presidente da Sociedade, e à esquerda o Sr. cap. Lauro Pires de Carvalho, representante do Sr. governador e o Dr. Juvenal Santos, ilustre médico da Capital mineira.
Aspecto do almoço oferecido pelos colaboradores da produção do Estado de Minas ao Sr. René Brosar, gerente geral, que se vê à cabeceira da mesa.
MATÉRIA
Ganhe Um Carro Novo Com Uma Apólice De Seguro Automóvel
Bater Ou “Ser Batido” — E Isto Acontece Não Só Aos Maus Como Cos Bons Volantes
Há pessoas que reconhecem os momentos felizes da sua vida e entre elas estará, sem dúvida, o proprietário do carro cuja fotografia se vê ao lado ao relembrar o dia em que assinou a apólice de seguro n.° 00606 da Cia. de Seguros Sagres.
Muitas pessoas seguram espontaneamente os seus carros por espírito de previdência. Outras chegam à mesma conclusão por insistência de um corretor de seguros.
E que lhes diz este último? Dá-lhes o conselho que seguramente lhes daria um bom amigo chamado a opinar sobre o caso.
Um automóvel é nos dias de hoje um objeto de grande valor. Aqueles que tiveram ou têm a sorte de os tirar em lista e pagar o seu preço de tabela podem dizer que na mesma hora subscrevem um capital com um aumento de 50 a 60%. Este capital automóvel está sob um risco constante, mais ainda nas circunstâncias atuais de tráfego intenso, demasiado para as vias de comunicação existentes, não só urbanas como interurbanas.
Poucas pessoas encaram a possibilidade de bater, a não ser de uma forma muito remota. Isto, no entanto, dá-se bem frequentemente. O verbo bater, neste caso, tem ação, digamos, ativa e passiva. Bater ou “ser batido”. E isto acontece não só aos maus como aos bons volantes. Quantas vezes as pessoas, ao voltarem à vaga para apanhar o carro, encontram uma pequena lembrança de um paralama amassado, uma grade metida dentro, um lado todo aleijado!
E sabem quanto custa o conserto de uma pequena lembrança destas?
Os preços dos consertos estão em proporção com os valores reais da praça e não os de tabela dos automóveis. Isto quer dizer que muitas vezes um acidente causado por uma pequena distração, um azar ou até “barbeiragem” custa quase o valor de tabela do carro. O proprietário de um carro nestas condições, se não está coberto pelo seguro, não acha o caso nada divertido.
Veja a fotografia ao lado e medite. O proprietário desse carro ficou com um carro novo mediante a apólice de seguro. Se não tivesse… bom, se não tivesse talvez fosse melhor negócio para ele vender o que sobrou para um ferro velho do que mandar consertá-lo.
O leitor duvida? Experimente conseguir o mesmo resultado e depois nos diga a conclusão a que chegou. Isto, claro está, se tiver a sorte de sair com vida de um acidente nessas condições.
E a propósito de sair com vida… O leitor já pensou nas vantagens que lhe oferecem as modalidades diversas que temos de apólices de… Bem, isto é outro assunto.
“O que é puramente humano é também de natureza divina, também é Deus.”
– Oscar Wilde
“A ruptura com um preconceito implica na criação de outro preconceito.”
– Mário de Andrade
MATÉRIA
Plano Simpático
René Brosar
Voz do povo, voz de Deus!
O público já batizou o plano da Cruzeiro do Sul Capitalização de “plano simpático”.
Não me tinha atravessado a cabeça a ideia de analisar o porquê dessa interessante e lisonjeira expressão, fruto, como toda a locução popular, do bom senso e da sinceridade que constituem, felizmente ainda, qualidades fundamentais da mentalidade do público, clientela de tudo e em particular da capitalização.
Mas, ocorreu que alguém, em palestra, despertou-me a curiosidade de sindicar acerca dos motivos de tal sucesso.
Eis o resultado da investigação:
– O público conhece os planos de capitalização e sabe que os títulos podem ser sorteados. Todo portador aspira a ser contemplado. Todo o possuidor de títulos aguarda o seu dia… Isto é uma parte do estado de espírito do portador de títulos de capitalização; a outra consiste numa aspiração… a do reembolso dos seus depósitos, acrescidos com juros. – Essa aspiração se apoia, muito logicamente, na constatação de que o interesse ou vantagem do sorteio diminui à medida que o título envelhece.
Ir ao encontro de uma aspiração, satisfazê-la é evidentemente uma manifestação simpática.
A Cruzeiro do Sul Capitalização, quando estudou o seu plano, tratou de adaptar as cláusulas dos seus títulos às condições realmente simpáticas ao público; por isso, ela recebe agora o prêmio do seu merecimento, nesta qualificação popular:
PLANO SIMPÁTICO… O DA CRUZEIRO.
MATÉRIA
Expande-se a Induco
Há cerca de um ano iniciava-se a demolição dos velhos barracões existentes no magnífico e bem localizado terreno da rua Fonseca Teles, n.° 114, onde, em breve, surgiria a “Fábrica Induco”, um dos maiores e mais grandiosos e patrióticos empreendimentos de Donald A. Lowndes no sentido da expansão industrial e emancipação econômica do nosso país.
No local em que outrora existiam barracões de madeira servindo para depósito de materiais, hoje podemos admirar um majestoso edifício de concreto armado, com quatro andares, obedecendo a todas as normas técnicas relativas ao trabalho em oficinas no que se refere ao conforto dos operários e ao rendimento da produção. O edifício encontra-se já quase concluído, restando apenas arremates externos e a instalação da maquinária.
A ideia da construção da Fábrica Induco surgiu da premente necessidade da expansão industrial da Induco, cujas representações de maquinismos, refrigeradores, e, principalmente, dos afamados elevadores norte-americanos “Shepard”, só se tornariam viáveis mediante a construção de uma oficina mecânica bem aparelhada, devidamente equipada com maquinários modernos e pessoal habilitado, a qual pudesse atender a todos os problemas referentes à montagem, conservação e reparos de todas as máquinas vendidas pela companhia.
Esta ideia, como todas as boas sementes plantadas em terreno propício, germinou e se desenvolveu com tão grande impulso que dentro de mais alguns meses poderemos esperar a colheita dos primeiros frutos.
Primitivamente pensava-se utilizar a fábrica somente como base para montagens e reparos de máquinas; logo esta ideia foi ampliada, pois, com o aparelhamento moderno e numeroso de que dispõe a fábrica, impunha-se a sua utilização econômica para a produção em série de inúmeras e variadas peças de máquinas.
O projeto do edifício é de autoria do senhor L. A. Bukowitz, diretor-técnico da Companhia, e a construção foi em boa hora confiada à firma Construtora Rebecchi Ltda.
A localização da fábrica, no coração da zona industrial da cidade, apresenta todas as vantagens da proximidade dos centros de consumo, de embarque de mercadorias e de habitação da classe operária: dista quatro quilômetros e meio da Praça Mauá, ficando, pois, muito próxima da cidade e, portanto, em lugar de fácil acesso para a classe operária moradora na zona norte. O Cais do Porto está apenas a um quilômetro, a estação da Central do Brasil a quatro quilômetros, a estação da E. F. Leopoldina Railway a 1,5 quilômetros e a estação da E. F. Rio Douro a 700 metros.
É amplamente servida pelos bondes São Januário, que passam na porta, e pelos bondes Penha e Ramos, que passam nas adjacências.
O edifício da fábrica assenta seus alicerces diretamente sobre a rocha. Cobre uma área de terreno de 575 metros quadrados, com quatro pavimentos, apresentando uma área útil total de 1.400 metros quadrados. A sua localização no terreno obedece às diretrizes da melhor iluminação e perfeita insolação de todas as suas dependências. Nos seus quatro pavimentos serão instaladas as seguintes seções:
1º) Pavimento:
a) Oficina Mecânica com as seções de máquinas, serralheria, elétrica, armação e montagem, pintura, solda, galvanoplastia e ferramentas. A distribuição das várias seções e localização das máquinas operatrizes obedece a um plano de produção contínua, tendo sido prevista fácil e conveniente entrada de materiais em bruto, assim como fácil acesso aos Almoxarifados Geral e de Subprodutos e Acessórios. A Oficina Mecânica abrange uma superfície de 260 m², com pé direito de 6 metros, com ampla iluminação natural e será servida por um guindaste elétrico em ambos os sentidos.
b) Oficina completa de Carpintaria, Marcenaria, Lustragem e prensas para folheamento de madeiras compensadas.
c) Amplas dependências privadas compreendendo lavatórios, chuveiros e instalações sanitárias.
d) Vestiário com armário para 100 empregados.
e) Neste pavimento se encontram também localizados os reservatórios inferiores de água, sendo dois com capacidade de 35.000 litros cada um.
2º) Pavimento:
a) Ambulatório de Socorro Urgente e Exame Médico.
b) Refeitório com capacidade para 100 empregados.
c) Sala de bombas de água e do painel principal de distribuição da instalação elétrica.
3º e 4º) Pavimentos:
Nestes pavimentos encontram-se localizados os departamentos técnico e comercial e os escritórios da Diretoria e Gerência da Fábrica.
A conclusão desta obra de vulto, iniciada há apenas um ano, mostra-nos a força de expansão de que está animada a INDUCO e revela-nos o espírito de progresso que reveste os empreendimentos das empresas da Organização Lowndes.
MATÉRIA
Veja Se Sabe…
….Veja se pode responder corretamente às 20 perguntas abaixo experimentando assim sua cultura e sua memória. Cada pergunta certa vale 5 pontos. De 80 a 100 pontos, é um resultado ótimo; de 60 a 80, bom; 50 a 60, regular. Confira os resultados com as respostas certas no fim da revista.
1) Milcíades foi: um geómetra romano, general da batalha de Maratona ou o príncipe cartaginês que conquistou Roma?
2) O ozono é uma variedade de noz-moscada, um animal do Polo ou um elemento químico?
3) A expressão “Lana caprina” diz-se de: uma exigência absurda, um problema sem importância ou uma pergunta inoportuna?
4) Diástase significa: dissolução, fermento ou perda dos sentidos?
5) Uma pessoa com o crânio alongado para trás é: braquicéfala, dolicocéfala ou mesaticéfala?
6) A catalépsia é: uma forma de inconsciência, uma desculpa delicada ou uma dança persa?
7) O estesiômetro é um aparelho que serve para medir: sensações táteis, o açúcar no sangue ou a radioatividade?
8) Qual destes lugares tem maior número de obras do Aleijadinho: Ouro Preto, São João del Rei ou Congonhas do Campo?
9) “Capricho Espanhol” foi composto por Manuel de Falla, Rimsky-Korsakov ou Borodin?
10) A Morgadinha dos Canaviais foi escrita por Bocage, Júlio Diniz ou Guerra Junqueiro?
11) Compilar quer dizer: socar com um pilão, arrumar em pilhas ou reunir?
12) Picoá é uma ave brasileira, um tempero de cozinha ou uma bolsa de garimpeiro?
13) Qual o autor do Urupês? Erico Veríssimo, Monteiro Lobato ou Machado de Assis?
14) A data 13 de maio de 1888 lembra-lhe: a batalha do Riachuelo, a libertação dos escravos ou a inconfidência mineira?
15) O que entende por clan: uma notação musical, um grupo de famílias ou um instrumento musical japonês?
16) O Guarisankar é na Índia: um rio, um pico montanhoso ou um santuário budista?
17) Cronos na mitologia grega simbolizava: o clima, o medo ou o tempo?
18) O amido é uma substância: gordurosa, negra ou coloidal?
19) O que é o Gulf Stream: uma enseada do Pacífico, uma praia famosa ou uma corrente marítima?
20) “Barataria” é a ilha imaginária que figura em: D. Quixote, Viagens de Gulliver ou Pantagruel?
RESPOSTAS
1) General da batalha de Maratona.
2) Um elemento químico.
3) Um problema sem importância.
4) Fermento.
5) Dolicocéfala.
6) Uma forma de inconsciência.
7) Sensações tácteis.
8) Congonhas do Campo.
9) Rimsky Korsakov.
10) Júlio Diniz.
11) Reunir.
12) Uma bolsa de garimpeiro.
13) Monteiro Lobato.
14) A libertação dos escravos.
15) Um grupo de famílias.
16) O pico mais alto do Himalaia.
17) O tempo.
18) Coloidal.
19) Uma corrente marítima.
20) D. Quixote.
“Uma curiosidade frívola pelas coisas pequenas e uma atenção laboriosa dada a bagatelas fazem com que se considere um homem desprezível e incapaz de grandes empresas.”
– Lord Chesterfield
MATÉRIA
A Morte Ronda As Estradas
J. O. S.
O Automóvel É De Todos Os Brinquedos O Único Que O Homem Conserva
Ele adorava conversar com os amigos; nada o divertia mais do que uma boa anedota. Pena que se esqueceu que estava na direção!
E todos os dias dão entrada nas oficinas ou nos ferros-velhos automóveis e caminhões desmantelados. Pior ainda são as vidas que desaparecem bruscamente, causando sofrimentos de toda a ordem. E tudo isto porque?
A maioria dos acidentes de estrada são causados por imprevidentes ou distraídos, que são um caso benigno de imprevidentes. A seguir vem a classe dos desvairados. Desses que tomam conta da estrada e quem quiser que se afaste. Estes, na grande maioria, são casos perdidos. Incuráveis, a não ser quando sobem num poste ou numa árvore e ficam vai não vai, mas escapam. Outras vezes curam-se no necrotério.
Deveria haver uma campanha de educação do automobilista, quando me refiro ao automobilista incluo o motorista de caminhão, e uma maior fiscalização por parte da polícia de estrada. Já existe, claro está, prejuízo quando um desses imprudentes se espatifa e morre. E os que morrem ou são feridos em consequência do acidente do primeiro?
O leitor já assistiu, por certo, a cenas idênticas a esta: dois carros passaram em disparada. Um Lincoln 47 e um Ford 40. A uns duzentos metros na frente havia uma ponte estreita e o tráfego escoava-se mais lentamente em virtude do movimento contrário. Distraídos um com o outro, só conseguiram frear os carros entrando pela contramão e armando um “bolo” daqueles. Seguiram outra vez os dois. O Lincoln emparelhou com o Ford e tentou passar antes da curva que se aproximava, sem visibilidade. A arrancada do Ford não lhe permitiu. Senti um frio na espinha e, na impossibilidade de evitar semelhante loucura a 90 km/hora, preparei-me para assistir a um desastre em grandes condições. Azar meu. O caminhão que eu esperava, por sinal um desses que parecem um trem de carga da Central, vinha atrasado uns cem metros.
Um dia conversando com um rapaz que tinha um caminhão com o qual viajava continuamente para São Paulo e Belo Horizonte, a trabalho, ele contou-me o seguinte:
“Eu tinha chegado ao Rio. Era uma quinta-feira à tarde. Precisava seguir viagem para Belo Horizonte a tempo de descarregar e carregar para a volta e não perder o domingo. O senhor sabe, eu preciso ganhar a minha vida e pagar o caminhão. Na noite de sexta-feira subia a serra de Itabirito. Lá fora fazia um frio miserável e encolhido ao meu lado na cabine o ajudante “pregara”. O caminhão, pesado, arrastava-se monotonamente pela encosta em segunda e eu ia cá pensando na minha vida, embalado pelo ronco do motor e hipnotizado pelo facho de luz que me marcava o caminho. O motor esquentara, mas continuava funcionando normalmente. Quando acordei, bruscamente sobressaltado, o caminhão estava com as rodas da frente fora da estrada, debruçado para o abismo. Não sei quanto tempo dormi, tranquilamente, enquanto a morte me bafejava. O motor já esfriara. O ajudante, feliz, continuava enrolado no seu canto”.
Cuidado motorista! O acidente em estrada assume aspectos os mais inverossímeis. Até grotescos! Não queira morrer de acidente. Pelo menos por uma questão de estética!
MATÉRIA
O Museu Imperial
J. O. S.
“Dom Pedro honrou ao governo dos homens… ora isso é passado… Está nas páginas da história… Engano. Está vivo, presente na ressurreição do Museu Imperial de Petrópolis… Que lição e que saudade!”
(Palavras de Afrânio Peixoto no Livro de Honra do Museu Imperial)
Carruagem que pertenceu a D. Pedro II
De cor rósea, recortada pelo branco das colunas gregas da sua fachada principal, num contraste suave e alegre com o verde exuberante da natureza, repousa o Palácio Imperial, erguendo ao alto da frontaria as armas imperiais, os dragões dos Braganças, o cetro e a Mão da Justiça.
Solidamente erguido sobre largas paredes de pedra, de soalhos, portais e janelas feitos com as madeiras mais preciosas e variadas do país, tetos artisticamente trabalhados, formando, porém, um todo gracioso e acolhedor, faz lembrar as mansões nobres portuguesas do século passado.
O parque, no meio do qual se ergue a residência de Dom Pedro II, foi reconstruído de acordo com o traçado paisagístico de João Batista Binot, famoso botânico francês da época. Percorrido por pitorescas aléias, contém, dispersas por canteiros e gramados cuidadosamente tratados, 102 variedades vegetais mandadas vir pelo próprio Dom Pedro II. Junto às árvores e plantas, vimos umas placas indicando seu nome vulgar e científico e sua procedência, trabalho de classificação feito pelo diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, senhor João Geraldo Kuhlmann.
Por entre estatuetas da mitologia grega, repuxos e fontes, acham-se dispostas essas plantas exóticas: ciprestes do México, palmeiras da Austrália, árvores do incenso e jaqueiras, cedros, cambucás, de mistura com o perfume do jasmim, da flor do imperador, etc., etc.
Aí, na quietude confortável e sóbria da sua residência e a placidez bucólica dos jardins, residiu D. Pedro por mais de quarenta anos, nos seus longos veraneios de quase seis meses, dedicando-se aos seus estudos prediletos e aos passeios a pé na visitação cotidiana aos educandários.
O Museu Imperial foi instalado no Palácio Imperial de Petrópolis e não no Rio de Janeiro, sede da Corte, por ter sido mandado editar pelo próprio D. Pedro II, às suas expensas, na sua propriedade particular Fazenda do Córrego Seco, o que determinou o decreto da fundação da cidade de Petrópolis sendo, assim, a única residência especialmente edificada para esse fim para um Chefe de Estado no Brasil, e, por ser na Catedral de Petrópolis que repousam os seus restos mortais.
Há anos atrás o primeiro e atual diretor do Museu Imperial, Dr. Alcindo de Azevedo Sodré havia formado um pequeno Museu Histórico Municipal no Palácio de Cristal, em Petrópolis. Este era o primeiro passo na realização do seu plano do qual fazia parte necessária o Palácio Imperial e seu majestoso parque, aquela data servindo de sede do colégio São Vicente de Paulo, dos padres Premonstratenses.
Mobília de Jacarandá da Sala do trono
Os acontecimentos, no entanto, precipitaram-se, quando o Dr. Alcindo Sodré, nessa época vereador da Câmara Municipal, teve conhecimento de que um dos administradores da então Fazenda Imperial tencionava lotear o parque, destruindo dessa maneira um belíssimo e tradicional monumento da cidade.
No verão de 1939, indo o dr. Getúlio Vargas, então presidente da República, visitar o Museu Municipal, teve o dr. Alcindo Sodré oportunidade de sugerir-lhe o interesse de se criar o Museu Imperial aproveitando-se o imóvel existente. Levando em conta o interesse cultural da preservação das nossas tradições e dos elementos materiais ainda existentes, julgou o presidente Vargas oportuna a ideia, e, assim, a 29 de março de 1940 assinou o decreto-lei n.o 2.096 criando o Museu Imperial com sede na antiga residência de D. Pedro II, na cidade de Petrópolis.
Iniciadas as negociações para a aquisição do referido imóvel por parte do Estado do Rio, foram estas coroadas de êxito, ficando a transação muito aquém de Cr$ 2.000.000,00, o que hoje em dia, dada a enorme valorização dos terrenos e imóveis em Petrópolis, representa no mínimo cinco vezes mais. O imóvel foi posteriormente doado pelo Estado do Rio à União.
Naturalmente, depois de ter sido ocupado durante 48 anos por dois estabelecimentos de ensino, Colégio Sion e São Vicente, foi necessário submetê-lo a obras, adaptando-o às exigências do M. I.
Em 16 de março de 1943, data do 1.o Centenário de Petrópolis, foi finalmente inaugurado.
O edifício é composto de um corpo central com andar térreo e sobrado, tendo duas longas alas laterais de um só andar. Imediatamente ao pórtico, em arcada, todo de granito, com três arcos sobre a escadaria externa e dois laterais sobre a rampa dos veículos, surge-nos o vestíbulo com três largas portas de entrada em vinhático, a que se opõe, separado por duas colunas dóricas o corredor central que dá acesso às alas. Na mesma direção depara-se-nos uma larga porta em cancela com balaústres e xadrez dando para o corredor interno que conduz pela direita ao gabinete do diretor e pela esquerda à biblioteca e ao arquivo. O piso de mármore branco e preto reflete-nos as imagens no seu brilho luzidio.
Para todo o visitante se apresenta uma experiência curiosa e divertida. Ao entrar no Museu logo se lhe depara um funcionário amável e solícito, que lhe estende uma coisa que lembra, e verificamos em seguida que é mesmo, um par de pantufas de sola de feltro cobertas com um pano xadrez escuro que lhe enfia nos sapatos. Ao entrar no Museu tem que calçar as tais pantufas. Não há alternativa. É, aliás, um esplêndido expediente para conservar a casa limpa e o soalho polido, assim como preservá-lo de ser arruinado com os anos de uso intenso devido à grande visitação.
À esquerda e à direita do vestíbulo temos, respectivamente, a Sala da Imperatriz, o Vestiário e a Sala dos Embaixadores. O lustre do vestíbulo, de 10 luzes, dourado, com mangas de cristal lavrado, pertenceu ao Paço. Aqui nos recebe o dono da casa – Dom Pedro II em trajes majestáticos, numa estátua de bronze. Para este vestíbulo dão ainda duas peças sem janela que são a Portaria e uma das Salas da Biblioteca. Abrindo para o corredor da Ala esquerda temos a Sala das Coroas. Aqui se vê a Coroa Imperial de D. Pedro II, em ouro cinzelado, com 640 brilhantes e 100 pérolas, forrada de veludo verde, ultimamente avaliada em 10 milhões de cruzeiros; a Coroa Imperial de D. Pedro I a que faltam algumas pedras que foram retiradas na época para completar a ornamentação da Coroa de D. Pedro II. Está avaliada em Cr$ 500.000,00. Aí vimos também o Cetro de D. Pedro I que depois serviu a D. Pedro II e o pequeno Cetro deste último em marfim e bronze cinzelado. Numa vitrina à direita, as Jóias da Família Imperial, de Titulares e outras típicas do Império. Entre estas, o adereço de filigrana de ouro que pertenceu à Imperatriz Dona Leopoldina, composto de colar e brincos, em cujo conjunto existem 18 esferas armilares com o nome das províncias do Império.
Entramos depois na Ala esquerda. De um lado, a Sala dos Cristais Imperiais, Sala de Jantar do Imperador, Sala de Porcelanas Imperiais, Sala de Cristais Brazonados. Do outro, a Sala do Manto, da Prataria Brasileira do 1º Reinado, Gabinete de Trabalho do Príncipe Pedro Augusto, Sala Dom João VI, e ao fundo do corredor, em toda a largura do edifício, o Salão de Música e Baile. Ao entrarmos na Sala do Manto, invade-nos uma sensação de respeito. Numa ampla vitrina está o Manto Imperial de veludo verde, todo bordado a fio de ouro – dragões, estrelas, esferas armilares, sigla P. II e toda a borda trabalhada em ramos de carvalho. Na murça, vêem-se as famosas penas de tucano.
Não nos é possível descrever peça por peça tudo o que vimos com a precisão histórica e técnica dos funcionários do M. I. Quadros, móveis, tapetes, cristais, porcelanas, tudo arrumado e conservado com um cuidado e esmero que nos causaram esplêndida impressão. Internamente, pensávamos encontrar um depósito de objetos velhos, empoeirados, cheios de cupim e com gigantescas e antipáticas tabuletas “É PROIBIDO TOCAR”, enquanto funcionários integrados ao ambiente nos espiassem com olhares policiais. A impressão foi exatamente oposta. Tudo limpo, artisticamente disposto, um ambiente de afabilidade e tudo na máxima ordem e respeito. Estávamos, de fato, visitando a casa de D. Pedro II.
Na Ala direita do edifício percorremos as seguintes salas: De Miniaturas e Condecorações, (2.) Sala de Porcelanas dos Titulares e o Salão de Conferências do Museu. Visto o andar térreo, dirigimo-nos para a escada nobre, de pequiá, com frisos de jacarandá, que conduz ao primeiro andar onde se achavam os aposentos particulares da família imperial, bem como a sala de recepção superior, sala principal ou Sala do Trono. Aí está armado o trono do Paço de São Cristóvão.
Através da Galeria com balaustradas de pau-cetim e jacarandá, pilastras e colunas da ordem jónica, entrámos na Sala do Berço. Neste pavimento estão ainda o Quarto de Dormir da Princesa Isabel, a Ante-Sala, a Capela, o Quarto de Dormir de Suas Majestades, a Sala do Trono e o Gabinete de Estudo do Imperador e a Sala dos Leques e Indumentos. Na Sala do Trono, à direita de quem entra, sob um dossel restaurado, imponente, majestática, a cadeira do trono em madeira dourada entalhada, encimada pelo dragão e com estofamento de veludo verde, vendo-se no espaldar a sigla P. II. I. (Pedro II Imperador). À sua direita fica a credenza com almofada de veludo verde sobre a qual descansaria a coroa. O teto desta sala apresenta o mais rico trabalho de estuque de todo o palácio. Chamou-nos a atenção um grande tapete Aubusson legítimo e um belíssimo lustre de cristal. A mobília é toda de jacarandá com ricos apliques de bronze dourado e estofamento de Aubusson.
Levados pela nossa curiosidade, soubemos ainda da existência da Biblioteca e Arquivo do Museu, que se dedica com especialidade aos assuntos mais intimamente ligados à época imperial, não descuidando, todavia, a bibliografia brasileira em geral. Aí se encontram os preciosos oitenta e um volumes dos Livros da Mordomia, encerrando a vida da Casa de Bragança no Brasil, de 1808 a 1889, transferidos do Arquivo Nacional. Tem ainda uma riquíssima Mapoteca, coleções de cartas, documentos, fotografias e estampas.
Valiosíssima é a coleção de cartas e documentos que constituem o Arquivo da Casa Imperial do Brasil, doados pelo príncipe D. Pedro e recentemente chegados ao Brasil. Cuidadosamente inventariado e classificado, contém mais de 40.000 documentos, tendo todos o carimbo com a sigla do príncipe do Grão Pará, encimada pela coroa Imperial. Constitui a doação dos descendentes do príncipe do Grão Pará, além do Arquivo, uma rica carruagem de D. Pedro II e dois berços que serviram às princesas filhas do nosso primeiro imperador.
A viatura é um dos mais importantes coches que rodaram no Brasil no tempo do Império. Trata-se de uma carruagem mandada fabricar em Londres no governo da Regência, em 1836, e que serviu a D. Pedro II pela primeira vez no dia 2 de dezembro de 1837. O carro é todo ricamente decorado, ostentando em seus painéis as armas do Império e os grifos da Casa Imperial. O estofamento tanto interno como externo é de veludo verde, bordado a ouro, tendo aplicadas as armas da Monarquia. Na decoração externa foi empregada a prata, metal de que foram confeccionadas as maçanetas maciças e as 4 lanternas. O seu custo elevou-se naquela época a 75.000$000, importância que hoje pode perfeitamente ser avaliada em dois milhões de cruzeiros.
Tem ainda o Museu várias salas em preparação para serem inauguradas, assim como as dependências externas, remodeladas sob a orientação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde, além de um salão destinado às viaturas da época imperial, haverá a seção de Petrópolis e a Sala do Soldado do Império.
Deixamos o Museu pela alameda de entrada para veículos que vai dar à avenida 7 de setembro, logo depois do portão de entrada para pedestres. Ao passarmos na praça central da cidade, vimos a estátua daquela figura magnânima que foi D. Pedro II, e lembramo-nos da cópia fotográfica que havíamos lido e cujo original se encontra na Casa Rui Barbosa – o manuscrito do Imperador na sua despedida quando banido do Brasil: – “A vista da representação que me foi entregue hoje às três horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir com toda a minha família para a Europa amanhã, deixando esta Pátria de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase meio século, em que desempenhei o cargo de Chefe de Estado. Ausentando-me, pois, eu com todas as pessoas de minha família conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade! Rio, 16-XI-1889”.
D. Pedro de Alcântara
Sala do trono, vendo-se a cadeira do trono
MATÉRIA
“Cede-Se Casa a Quem Ficar Com Canário De Estimação”
JOS
Era o que se pode chamar de um tipo perfeitamente comum; desses que ainda limpam os pés quando entram em casa. Tinha a personalidade de um guarda-chuva usado, vivia abandonado pelos cantos. A mulher habituara-se a tudo. Até ao fato de estar casada com ele. Fazia o café pela manhã, lavava a roupa, cozinhava, ouvia novelas pelo rádio e tinha um amante. Não podia, porém, perder uma liquidação na cidade. Era a sua única fraqueza.
Ele vivia atrelado ao horário do trem, o jornal da manhã, o cafezinho, um orçamento esquálido, a cirrose do chefe da repartição e a infidelidade da esposa.
Um dia, envolvido em arrastadas e recorrentes reivindicações de classe, recebeu um aumento de setenta por cento. No dia do pagamento, tomou o seu habitual cafezinho, esperou o bonde das cinco e meia, a multidão fez com que ele pegasse o trem errado e ele chegou em casa três horas atrasado. A mulher fez-lhe uma cena convencional. Ele despiu-se e enfiou um pijama listado. Jantou o que tinha sobrado no forno, fumou um cigarro e matou a mulher porque não tinha dado alpiste ao canário.
No dia seguinte, levantou-se, fez a barba em dez minutos, tomou banho em cinco, vestiu-se em quinze, tomou café em três e saiu. Comprou o jornal na banca da esquina. Quando chegou na Central, afastou-se momentaneamente da multidão e, minuciosamente, acertou o relógio. Mentalmente, regozijou-se porque não estava atrasado nem trinta segundos.
A caminho da repartição, entrou na delegacia, cumprimentou amavelmente o comissário que já conhecia de vista e fez a declaração. A autoridade prendeu-o numa sala de espera enquanto ia verificar o fato. Cuidadosamente, começou a ler a seção de “Compram-se móveis, objetos e roupas usadas”. Absorto na leitura, deixou cair o guarda-chuva, cujo cabo quebrou com o ruído que fazem todos os cabos de guarda-chuva quando quebram.
Ele olhou para as duas peças e pensou em voz alta: “Mas que coisa aborrecida”! E ficou preocupado.
Pois Não, Sô Doutô
Numa tipografia do centro da cidade, pertencente à conhecida organização, todos os dias um dos diretores mandava ali na esquina o rapaz comprar as últimas edições dos jornais da tarde. Para lhos entregar, o rapaz subia as escadas do patamar do escritório, sobre a oficina.
O diretor querendo evitar esse trabalho ao garoto disse-lhe um dia: “Quando você trouxer os jornais não precisa subir as escadas. Basta pendurá-los no gancho do barbante”.
Pois não, seu doutor. Amanhã eu penduro”.
Este barbante serve para fazer subir ao patamar as provas, originais, etc. No dia seguinte, chegou a hora habitual dos jornais e o diretor já tinha até esquecido o conselho da véspera quando lhe chega ao lado o garoto e lhe diz com uma cara sorridente: “Pois é, seu doutor. Os jornais já estão lá em baixo pendurados no gancho”.
O Espírito Das Ruas
Meio dia. Sol a pino. O chão escalda. Gente em mangas de camisa. Rios de chopp. Na calçada um operário derrete-se agarrado a uma picareta.
Passa o carioca: – “Essa vida ao ar livre vai acabar!”
MATÉRIA
Agentes Em Desfile…
Carlos B. Rabello
Visitando todos os anos, as cento e oito agências que as Companhias Seguradoras da Organização Lowndes têm espalhadas por todo o Brasil, tenho oportunidade para observar certos hábitos e costumes de nossos agentes e isso inspirou-me a ideia de criar uma secção humorística no “Noticiário Lowndes”. Sei muito bem que as irreverências naturais de tal secção vão expor-me a ser desafiado para muitos duelos. Por esse motivo, aviso desde já que não sou de briga e, assim, ficam automaticamente sem resposta todos os desafios que sejam lançados.
Em cada número de nossa revista, escolherei quatro ou cinco vítimas entre nossos amigos das agências, para o pelourinho das nossas blagues. Iniciando as minhas flechas no presente número, escolhi os prezados amigos que se seguem.
JOEL C. DE SOUZA PINTO – Agência Sagres – Curitiba.
Esse nosso bondoso amigo, mais conhecido por Adolfo Menjou da Organização Lowdes, orgulha-se de possuir um guarda-roupa com apenas… 365 ternos com outros tantos sapatos e chapéus. Ao aproximarem-se os anos bissextos, o nosso amigo fica numa dúvida terrível, pois não sabe se deva mandar fazer mais outro terno ou repetir um dos ares nesse dia intruso de Fevereiro. As grossas de roupas íntimas, como gravatas, camisas, meias, lenços, etc., são primorosamente catalogadas e merecem de sua parte uma atenção toda especial. Somente duas coisas têm maior valor que o seu guarda-roupa. Essas são: A sua família, a quem venera, e a Sagres, a quem adora.
ALBINO BELZ – Agências Cruzeiro do Sul e London Assurance – Curitiba.
O Dr. Albino Von Belz (como faz questão de ser chamado) é o campeão vitalício de boliche do Club Duque de Caxias e há alguns anos vem estudando, com toda a atenção, as regras de futebol, pois o seu maior desejo é tornar-se um emulador de Mario Viana e Mr. Reader. Apesar de seu “corpinho de espanhola”, com 106 quilos de peso (em balança camarada), orgulha-se de poder correr alguns quilômetros sem que o seu coração reclame qualquer coisa. Embora pareça ser essa a sua maior mania, quero informar-lhes que ainda possui várias outras. Entre essas destaco a de não poder olhar uma “casadinha” (Não façam mau juízo; casadinha é uma mistura de cervejas Porser e Brahma Extra), sem que seus olhos rebrilhem de alegria e ao sorvê-la emprega toda a métrica de um autêntico germânico.
Amigo cem por cento de seus amigos, destaco entre esses o Joel de Souza Pinto, com quem costuma passear algumas tardes pela rua 15. Muita gente há que diga ser isso uma das atrações turísticas da Cidade Sorriso, pois é um verdadeiro espetáculo o conjunto dos cento e seis quilos do Albino com os quarenta e dois do Joel.
JOSE JUCA DE ALBUQUERQUE – Fortaleza – Ceará.
O Jucá, gerente da firma Irmãos Genti Ltda. que representa no Ceará as Cias. Sagres, Cruzeiro e Londlanc, quando criança teve um sonho que alimentou por toda a existência: Possuir um automóvel e ter tantos filhos que pudesse organizar um time de futebol. Assim, estudou, trabalhou e já está realizando esse sonho. Já possui um automóvel e a cegonha pela nona vez está para visitar o seu lar feliz. A todos diz, porém, que não ficará satisfeito quando completar o time, pois precisa de alguns reservas e possivelmente de um juiz para as grandes partidas.
Quando adquiriu o seu Packard, viu, desde logo, que seria necessário saber dirigi-lo e, assim, tratou de arranjar um professor e iniciou as suas “barberadas”. Terminado o curso, submeteu-se ao exame pericial. No início, tudo correu muito bem: boa direção, bom golpe de vista, velocidade moderada, perfeito conhecimento das ruas, etc. Quando, porém, chegou a parte de estacionamento, com a colocação do carro no meio-fio, deu-se a “melodia”. Carro para a frente, carro para trás e nada… nem mesmo a camaradagem do inspetor examinador o salvou. Nosso compadre e amigo Jucá submeteu-se já a quatro exames e em todos foi reprovado. Não desanimou, porém, e assim comprou um sítio em Guaramiranga, construiu uma pista, idealizou um sistema de meios-fios e passa todos os fins de semana treinando para se submeter a novos exames. Ainda espero passear em Fortaleza num automóvel que seja guiado pelo Jucá com uma carta de chauffeur amador.
CARLOS EBNER – Agência Cruzeiro do Sul – Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
No dia em que nosso prezado amigo pisou, pela primeira vez, em terras do Brasil, vindo de sua risonha Suíça, deparou-se com o mais louco e animado Carnaval do Rio de Janeiro. Ao primeiro contato com os foliões, ficou desesperado por não ter vindo mais cedo para uma terra onde a vida era tão alegre e feliz.
Em uma ocasião, o Sr. Ebner me disse que sempre se lembrará de ter chegado ao Rio em um sábado e só ter voltado a refletir na quarta-feira de cinzas, ao meio-dia, quando procurava uns níqueis para almoçar e não encontrou nenhum franco suíço em todos os bolsos.
Não tendo vindo ao Brasil para ser um “João Ninguém” qualquer, ele se envolveu na luta, trabalhou, venceu e hoje é um dos maiores representantes comerciais de Porto Alegre.
No entanto, aquele endiabrado primeiro dia de existência no Brasil jamais foi esquecido. Hoje, respeitável pai de família e já avô, ele continua sendo o mesmo alegre folião dos felizes dias do passado. Quem tiver a ventura de passar um Carnaval em Porto Alegre certamente encontrará um balisa gorducho, de saias curtas e fita vermelha na careca, e dificilmente reconhecerá o austero Sr. Carlos Ebner, tão majestoso quando sentado em seu escritório.
Bem amigos, por hoje chega de falar da vida dos outros. Chegam essas quatro vítimas; porém, no próximo número, voltarei e outros tantos amigos serão mencionados por mim.
MATÉRIA
Notas Sociais
Registrou-se a 16 e 15 de Maio a passagem dos aniversários natalícios dos senhores Luís Serpa Coelho e René Brosar, respectivamente, Diretor e Gerente Geral da Cruzeiro do Sul Capitalização S.A.
As homenagens prestadas por seus inúmeros amigos, colegas e colaboradores nos associamos desejando-lhes toda a felicidade pessoal e que continuem emprestando à Cruzeiro do Sul Capitalização os seus dons de inteligência e saber aliados à lhaneza e afabilidade do seu trato com todos os que os procuram.
“Evitemos gritar palavras inúteis; a estrada do silêncio é sempre a mais segura.”
— Píndaro
MATÉRIA
Garotas Da Organização Lowndes
Qualquer “coincidência” com as garotas da nossa “Secção de Agências” é mera semelhança
– Leão da Metro
Estão na berlinda hoje aquelas “pequenas” do 2.o pavimento hiper-dinâmicas, que descem correndo as escadas, atropelando clientes e colegas quando soa a campainha anunciadora do fim de trabalho.
Houve um observador que, há dias, assistindo a uma dessas “arrancadas” disse: “Até parece um açude cuja comporta cedeu… o caudal é violento” e, quando vimos, lá se ia ele, pobre observador anônimo, de roldão escadas abaixo…
Aliás, seja dito de passagem, há razões fortes para tais “expansões”, pois as nossas garotas passam o dia todo sentadinhas, muito quietinhas escrevendo cartas e memorandos para os nossos agentes distantes e, assim, a não ser os seus dedinhos que se movimentam um pouco, o resto do corpo jaz imobilizado grande parte do dia. O que abaixo transcrevemos são fragmentos de “conversa fiada” e de trechos de cartas aos nossos agentes, das garotas do time do Dr. Esberard.
Marieta – Esta garota, há dias, ao escrever um questionário para um dos nossos agentes, esqueceu-se que estava tratando de seguro e, sem querer, a sua alma de mulher, o seu subconsciente fê-la mandar as linhas que se seguem, que deixariam o nosso agente atrapalhado se o correio não tivesse devolvido por não ter sido encontrado o destinatário:
Dulce – Sabes Hermogena que a Maria Estela anda dizendo ao noivo que foram suspensas na firma as folgas de domingo… e sabes porquê? Aproveita o seu tempinho para “cismar” solitá- ria recostada na “Pedra da Moreni- lha” lá em Paquetá…
Hermogena – Será que só cisma?
Alice – (dirigindo-se ao Dr. Esberard) – É fato, doutor, que no edifício novo vão instalar “ar condicionado” na nossa sala?
Isa – (aparteando Alice, com aquela carinha de choro) Não, minha filha, não sentiremos lá tanto calor assim pois já nos prometeram instalar a secção dentro de uma câmara frigorífica à prova de “resmungos”.
Alice – E sabes quem vai ser o “geleiro”? Aquele rapaz da Praça Saens Peña….
Regina – (suspirando) – Que pena ter sido tão curta a duração do curso do IRB…
Aida – (para Regina) – Parla meno e lavora più.
Regina – (replicando) – É, mas eu não chego tarde nas terças-feiras para ir ao Convento de Santo Antonio – pelo menos é esta a desculpa…
Para encerrarmos, diremos que o nosso amigo, o funcionário saltimbanco (porque não para no Rio, vive viajando, é claro, pois que se saiba não lê a sorte nem bate carteiras…) o inconfundível Carlos Rabelo assim se expressa ao falar da Gilda: “Deliciosamente vermelha, vive resmungando do serviço dos agentes do Sul, naturalmente, desejando sentir os efeitos de um “minuano” ou mesmo um “pamperito”.
E, finalmente, a última; um simples comunicado: Tendo em vista o fracasso do “serviço de lanche”, a Hermogênea resolveu oferecer aos sábados às 14 horas um almoço, cujo menu será invariavelmente o mesmo: Pato ao tucupi; tacacá com tucupi; casquinhas de sururu com farofa; doce de bacuri e Assaí gelado.
Note-se – Só terão assento à mesa as funcionárias que tinham direito à merenda grátis e que assumirem o compromisso de espalhar aos quatro ventos que a Avenida Nazareth é maior do que a Avenida Presidente Vargas e não fizeram referência ao clássico “até depois da chuva”.
Garotas: Não adianta rogar praga em mim pois estou segurado contra mau olhado e outras macumbas.
– Siri-gaita
MATÉRIA
Receitas do Trimestre
Fricadelles De Carne
Passe na máquina 1 kg de carne crua com pão umedecido em caldo de carne ou água. A carne deve ser sem nervos. Junte meia colher de manteiga com cebola picada, 3 ovos inteiros, sal e uma pitada de noz-moscada ou pimenta.
Junte 1 colher de cebolas picadinhas e fritas na manteiga.
Misture bem toda essa massa, enrole e faça uns retângulos como bifes e leve a fritar em gordura quente. Os retângulos devem ser todos de igual tamanho. Sirva com o seguinte molho:
Molho Hussard
Toste na manteiga 1 colher de cebolas picadinhas; depois molhe com 1 colher das de sopa de vinho branco, outra de caldo e reduza à metade. Fica no fogo até ficar reduzido. Junte 1 colher de massa de tomates, 1 ramo de cheiro, 1 fatia de presunto ou linguiça e deixe cozinhar um pouco. Retire o presunto com um garfo e passe tudo na peneira. Leve novamente ao fogo juntando uma boa colher de queijo parmesão ralado. Cubra com este molho os bifes frikadeller e adicione queijo parmesão e presunto.
Bananas Cobertas
Com 200 gr de farinha, 30 gr de açúcar, 30 gr de manteiga, 2 gemas, 1 pitada de sal e 5 colheres de sopa de vinho branco ou outro a gosto. Faça uma massa e deixe descansar por 30 minutos. (As gemas devem ser desmanchadas na manteiga e depois é que se junta a farinha.) Cubra a massa com um pano úmido. Depois estenda-a bem fina e corte-a em retângulos. As bananas, que já devem estar cortadas em tiras, devem ser passadas em açúcar. Coloque-as então dentro dos retângulos, faça como se fosse um embrulhinho e frite em banha bem quente. Sirva com açúcar e canela.