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Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Noticiário Lowndes – Nº 3

1 de maio de 1944
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
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Fé, Símbolo de Vitória!

J. PENALVA SANTOS

As sangrentas batalhas que se travam no cenário universal, são páginas sombrias que transmitimos à posteridade, não como exemplo do direito da força, mas o quanto se agiganta a força quando o direito é ferido nos princípios elementares da razão e do bom senso, que regem e regerão sempre o equilíbrio social e econômico dos povos. Quiz o destino que essa prelenda coubesse mais uma vez à nossa geração! 

É um quadro sombrio onde vemos estampadas fisionomias torturadas de dor, de luto e de surpresas amargas, vítimas da ambição desenfreada de um punhado de indivíduos que, na calada da noite, traiçoeiramente e premeditadamente, à custa de ardis os mais engenhosos, lançaram-se a uma aventura que jamais lhes poderia favorecer. 

Prognosticar o fim dessa façanha não é fácil, pela forma organizativa como foi engendrada em todos os recantos, colhendo nas suas malhas gente desprevenida e de boa fé. Um prognóstico, porém, é certo: surgirá a derrocada, brusca e impiedosa como aquela arrancada inicial! É uma questão de tempo, o suficiente para desbaratar os alicerces que, por anos, foram sólida e sorrateiramente fincados e cuja demolição, portanto, exige paciência e cuidado. 

O poder destrutivo já está compensado; não há segredos, pois todas as fórmulas, fatos e conhecimentos da arte com a qual pretendiam os invasores impor sua supremacia, esgotou-se rapidamente e permitiu que os adversários, refeitos da refrega, também utilizassem sua capacidade instrutiva e disciplinar, com recursos materiais inesgotáveis e lutando pelas pátrias, traiçoeiramente feridas de morte, estejam aptos a castigar impiedosamente os responsáveis por tamanha hecatombe. É essa a fé inabalável das Nações Unidas, das Américas, do Brasil, de todos aqueles que estão com seus lares enlutados e de todos os homens de bom senso. 

Que estes não indaguem nem comentem quando chegará o fim, pois este só dependerá do congraçamento de todos em torno de uma só flâmula “VITÓRIA”!

A luta prossegue; confiamos cegamente no futuro, lembrando-nos que há um Supremo Legislador de cujo poder dependemos: “Deus”! Repetirei então com um mestre de sábias interpretações de cultos: Interrogo os brahmas sob os arcos dos templos e dos antigos pagodes; eles respondem: viver é pensar em Deus, que é tudo e está em tudo. Dirijo-me aos filósofos: que livro tendes sobre os joelhos? Eles sorrindo dizem: aprendemos a Eterna Sabedoria. Vejo os fakires a sorrir, à dor, no leito de espinhos e brasas… a dor fala-lhes de Deus. Remontar às fontes do Ganges onde milhares de hindus ajoelham-se ao sol levante sobre as margens do rio sagrado. A brisa assim lhes fala: o arroz verdejante das planícies e os coqueiros vergados ao peso dos frutos, agradecem ao Ser Supremo tudo o que lhes deu.

Quod Deus conjunxit, homo non separet (o homem não separará aquilo que Deus uniu). 


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Curso de Extensão do Instituto de Resseguros do Brasil

O grande desenvolvimento da indústria de seguros no Brasil e o aparecimento de novas Cias de Seguro criaram um sério problema para as Cias. Seguradoras do país, em virtude da grande carência de funcionários conhecedores do assunto. 

A dificuldade cada vez mais se agravava, devido à incorporação às forças armadas, de muitos funcionários, alguns dos quais exerciam funções técnicas de responsabilidade.
Por outro lado, o início de operações do I.R.B. em novos ramos de seguro, obrigava as Cias., embora com sacrifício, a lançar mão de muitos de seus antigos funcionários para novos postos, com o fim especial de atender da melhor forma possível às necessidades do I.R.B. 

A crise de funcionários tornava-se pior, pois as instituições paraestatais, pelo primeiro dos motivos expostos, fizeram com que se abrissem inscrições para concursos diversos, com remuneração compensadora para os iniciantes. 

Assim, os candidatos mais capazes eram atraídos para aquelas instituições, ficando o alto comércio com grande dificuldade para preencher as vagas existentes.
Nesse momento, a esclarecida visão do Dr. João Carlos Vital se fez sentir e em boa hora criou o CURSO DE EXTENSÃO DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL, a fim de, melhorando a cultura do securitário, conseguir melhorar o trabalho das Cias., colocando os funcionários em condições de poder aspirar a melhor remuneração. 

Para isso, não mediu esforços o digno presidente do I.R.B. e foi procurar entre os mais capazes os professores que necessitava.
Não podia ter sido mais feliz a escolha feita para diretor e organizador do Curso na pessoa do distinto educador Dr. Djalma Cavalcanti, que usando do prestígio que possui junto aos seus competentes colegas conseguiu a colaboração dos Professores ARCILIO PAPINI para a cadeira de Português, THALES MELLO CARVALHO para a de Matemática e FABIO DE MACEDO SOARES GUIMARÃES para a de Geografia do Brasil. 

Os nomes acima mencionados, pela alta projeção que ostentam no cenário educacional brasileiro, falam muito bem do esforço e carinho que o Dr. João Carlos Vital dedicou ao C.E.I.R.B.
Compreendendo e aplaudindo tão feliz iniciativa, a Diretoria das Companhias de Seguros da ORGANIZAÇÃO LOWNDES dirigiu ao Dr. João Carlos Vital a seguinte carta: 

Rio de Janeiro, 16 de Março de 1944.

Ilmo. Sr. Dr. João Carlos Vital D.D. Presidente do Instituto de Resseguros do Brasil

Prezado senhor,
É com grande satisfação que vimos trazer ao conhecimento de V.S., que tendo sido estudada, em reunião de Diretoria, a proposta feita por esse Instituto para inscrição de funcionários de seguro no curso de aperfeiçoamento, tão sabiamente criado pelo I.R.B., foi a mesma unanimemente aprovada, ficando deliberado que fossem transmitidos à V.S. os nossos aplausos, pela iniciativa que vai merecer por parte de nossa organização o mais completo apoio.
Cientificamo-lhe ainda que foi desde logo instituído um prêmio aos funcionários que mais se distinguirem no referido curso, que constará de um aumento de vencimentos na proporção de 10%, para aqueles que alcançarem na ocasião certificados de aproveitamento total, e 5% para os demais que forem aprovados no referido curso.
Certos de que com essa colaboração estamos vindo ao encontro dos interesses daqueles que vêm se dedicando à indústria do seguro, aqui permanecemos ao inteiro dispor de V. S., subscrevendo-nos com elevado apreço e consideração. 

De V. S.
Amos. Atos. Obrigado.


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O Instituto de Resseguros do Brasil é Uma Esplêndida Afirmativa dos Objetivos Traçados Pelas Constituições de 37 e 34

Razões de ordem econômica e técnica em relação às sociedades seguradoras, visando vitais interesses nacionais, regular os resseguros no país e desenvolver as operações do seguro em geral, foram os objetivos que determinaram a criação do INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL, verificado a 3 de Abril de 1939, por Decreto-Lei do Governo Federal. 

Foi sua condição essencial não permitir que as sociedades seguradoras retenham por conta própria a importância total de todos os riscos ou responsabilidades que assumem, bem como evitar a evasão de receita e lucros para o estrangeiro, e, mais ainda, estabelecer o primeiro passo para efetivar a nacionalização do seguro, já prevista por princípio constitucional. O seu capital em ações está distribuído, de acordo com a sua lei orgânica, entre os Institutos de Previdência Social e as sociedades seguradoras, nacionais e estrangeiras, na proporção dos capitais realizados.

Sala padrão de todas as secções do Instituto

As operações do IRB tiveram início somente em 3 de Abril de 1940, isto é, um ano após sua criação, após acurados estudos, seleção de pessoal por meio de concursos, condições estatutárias, inquéritos estatísticos, cadastros de plantas de todas as capitais e cidades principais do país, blocos de riscos, publicação do livro “Noções elementares de seguros” e finalmente fixação das normas de trabalho que deveriam traçar os rumos do Instituto. 

De sua estrutura básica consta a concessão às sociedades seguradoras de aceitarem as coberturas de seguros, sem necessidade de prévia comunicação, o que permite às mesmas segurança e estabilidade que talvez não encontrarão similares no mundo inteiro. As suas operações, além do ramo incêndio, estendem-se aos ramos de transportes e riscos de guerra, acidentes pessoais, riscos aeronáuticos e vida, que, por si só, falam da grandiosidade do seu programa. Na sua lei organizativa estabelece a obrigatoriedade do Instituto ser ouvido em todas as liquidações de sinistros, medida moralizadora nas liquidações pelo combate aos sinistros dolosos, prevalecendo-se de sua autoridade de órgão público. 

A sua ação nesse setor difícil tem sido a mais decidida, através das Comissões de Sinistros, integradas para cada ramo por representantes dos órgãos jurídicos e técnicos que do mesmo fazem parte. Para que os segurados e seguradoras possam examinar se tiveram ou não o tratamento previamente fixado, o Instituto publicou o “Manual de liquidações de sinistros”. 

Tão poderoso órgão público, não poderia deixar de exigir uma organização modelar, pela multiplicidade de problemas que encerra, mas já está conseguida e fixada através da prodigiosa inspiração e orientação do DR. JOÃO CARLOS VITAL, cujo dinamismo é digno das mais elogiáveis referências. O seu espírito clarividente, antes de tudo, altamente patriótico, soube traduzir com perfeita fidelidade o alcance do preceito constitucional, construindo essa obra que é uma afirmativa, sem vacilações, por todos os seus aspectos, da nossa mais modelar instituição nacional. 

Desde a majestosa sede, aos mínimos detalhes de banais serviços, constata-se logo a eficiência dessa estrutura organizativa. Do mais elevado funcionário aos simples mensageiros (boys), verifica-se a cuidadosa seleção de valores, onde imperou rigorosa pesquisa de temperamento, caráter e habilitação, indicada para cada função. Metódica assistência e cursos permanentes traduzem largos benefícios no futuro da vida funcional dos funcionários.

Terraço e lindo jardim situado no último pavimento do edifício do Instituto.

A estes são prestados serviços médicos gratuitos, abono de família, auxílio à maternidade e natalidade, lanches nutritivos e econômicos, ambiente salutar de conforto no trabalho, recreação e, em breve, a Colônia de Férias. As instalações foram meticulosamente estudadas, tornando-se um local de trabalho alegre e aprazível, como complemento de uma ação consciente e eficiente. 

Assim, no edifício há um pavimento aparelhado para atividades extra-funcionais, tais como, auditório, biblioteca, sala de música, creche, sala de estar com vários jogos, gabinete médico, restaurante e lindo jardim, cuidadosamente tratado no terraço do edifício. As despesas administrativas têm se mantido numa percentagem inferior a 4% da receita total. 

É pois envaidecido que publicamos estas notas sobre o INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL, prestando um pleito de profundo reconhecimento aos serviços prestados à classe seguradora do país, para a qual contribuímos com quatro companhias, ao DR. JOÃO CARLOS VITAL, um orgulho que também deve enaltecer a todos os bons brasileiros, como compositor que foi dessa majestosa obra que tanto honra o nosso Brasil.


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Concursos de Agentes da Cruzeiro do Sul – Resultado de 1943

Logo da Companhia de Seguros Cruzeiro do Sul

Ao encerrarmos os concursos instituídos para as agências da “Cia. Cruzeiro do Sul” para o ano de 1943, constatamos que no “Concurso Cruzeiro do Sul”, que abrange as carteiras de incêndio, transportes e acidentes pessoais, coube o 1º lugar à agência de São Paulo, representada pela firma Wood & Cia. Ltda. O segundo lugar à agência de Pernambuco, sob os cuidados de Othon Bezerra de Mello & Cia. Ltda. Em terceiro lugar, a agência de Porto Alegre, representada por Carlos Ebner. 

No “Concurso Lownsons”, instituído somente para a carteira de Acidentes Pessoais, coube o 1º lugar à agência do Amazonas, representada pela firma Ferreira da Silva & Cia. e o segundo lugar à agência de Fortaleza, representada pelos Srs. Irmãos Gentil Ltda.
Aos colaboradores acima, as felicitações e agradecimentos da Cia. Cruzeiro do Sul.

A Organização Lowndes e o Seguro de Vida

O sentido de bem amparar aqueles que dedicam suas atividades à Organização Lowndes, sua Diretoria; em Janeiro de 1943, conseguiu com a Cia. de Seguros Sul América um seguro de vida (grupo) para todos os seus auxiliares, com indenizações de Cr$ 5.000,00, Cr$ 10.000,00, Cr$ 15.000,00 e Cr$ 20.000,00, de acordo com os honorários de cada um. 

Tal previdência acaba de ter sua repercussão no falecimento do nosso auxiliar, Othoniel Fernandes Prado, que, embora modesto, legou à sua família o respectivo pecúlio. 

A Queima de Café no Brasil

Segundo dados do Departamento Nacional do Café, o café eliminado no Brasil atingiu, desde o seu início até 31 de Março último, o elevado total de 78.119.213.

Dando-se, no mínimo, o valor de Cr$100,00 por saca, essa queima representa a cifra formidável de mais de SETE BILIÕES DE CRUZEIROS, ou ainda a cifra de Cr$7.811.921.300,00. 


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Aspectos de um Grande Sinistro

(ELEMENTOS COMPENDIADOS DA PUBLICAÇÃO N. 16 DO INSTITUTO DE  RESSEGUROS DO BRASIL)

A noite de 9 de Julho de 1943 foi tragicamente marcada por um dos maiores incêndios que a crônica do Rio de Janeiro registra. Começava apenas a declinar o bulício da faina comercial, quando o centro da cidade foi agitado pela notícia de que o “Parc Royal” estava em chamas. A enorme multidão que logo se formou assistiu, horrorizada e comovida, aos esforços ingentes dos soldados do Corpo de Bombeiros para debelar o fogo. Todos, porém, foram inúteis no que se referiu ao prédio incendiado: três horas depois de se manifestarem as chamas, haviam reduzido a ruínas um dos mais antigos estabelecimentos de vendas do Rio de Janeiro. 

O incêndio do Parc Royal em sua maior violência

Nunca será por demais encarecida a ação do Corpo de Bombeiros, corporação cuja fama desde muito tempo transpôs as nossas fronteiras. O espectador comum vê e admira apenas a coragem e o sangue frio com que os soldados enfrentam o fogo e arriscam a própria vida. Mas não imagina, sequer, tudo quanto um incêndio exige de esforço e de presença de espírito da parte dos encarregados de dirigir os trabalhos. Em ocasiões tais, quando os segundos têm importância decisiva, é preciso resolver rapidamente todos os problemas, vencer todas as dificuldades. 

Progredindo sempre, o fogo só se aplacou depois de haver totalmente destruído o enorme edifício. Submetida à temperatura elevadíssima, a estrutura metálica dilatou-se. O brusco resfriamento ocasionado pela água, junto ao peso excessivo dos escombros, fez com que ela cedesse, determinando o desabamento do edifício.
Dificilmente um local sinistrado apresenta aspecto tão desolador como o que se observa naquele, devastado pelo incêndio da noite de 9 de julho.

Vista parcial do incêndio


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A Eterna Imprevidência

O incêndio do “Parc Royal” veio ilustrar uma grande lição: a de que a importância segurada deve, na medida do possível, corresponder ao valor real dos bens segurados.
Não é, ainda, esse o critério dos comerciantes e proprietários do Rio de Janeiro, que refletem, aliás, a mentalidade dos de todo o Brasil. 

Muitos dos ocupantes dos prédios sinistrados não tinham seguros sobre seus bens e tudo perderam no incêndio. A grande maioria tinha efetuado seguros deficientes, sendo, por isso, obrigada a arcar com uma parte mais ou menos considerável dos danos, pela aplicação da Cláusula de Rateio. Encarada com verdadeira aversão pelos segurados imprudentes na ocasião do sinistro, essa cláusula se estriba no mais elementar princípio de justiça. E, embora só se torne patente por ocasião do evento danoso, começa de fato a operar, por decisão espontânea do segurado, no momento em que ele contrata um seguro deficiente.
Só o seguro bem feito, ou seja, o seguro da coisa pelo seu justo valor, pode realmente garantir a estabilidade econômica dos segurados e da coletividade em geral. 

Carlos Guisard Aguiar

Sr. Carlos Guisard Aguiar

TRANSCORREU no dia 23 de Fevereiro último, o aniversário natalício do Sr. Carlos Guisard Aguiar, estimado diretor da Cia. Taubaté Industrial, de Taubaté.
A par de sua larga projeção em nossos meios industriais, é elemento de grande destaque da nossa Sociedade, onde mantém vasto círculo de relações, sempre admirado por todos quantos com ele convivem. 

Nesta capital, é acionista de elevado número de estabelecimentos bancários, comerciais e industriais, ocupando mesmo, em diversos cargos administrativos.
Pela sua já tradicional amizade e relações com a Organização “LOWNDES”, como o Banco Lowndes, Cia. de Seguros “Sagres” e Cia. de Seguros “Cruzeiro do Sul”, das quais é acionista, é com viva satisfação que aqui registramos o seu aniversário, assegurando-lhe todas as felicidades.

Impressionante instantâneo de um Crocodilo atacando um dos componentes de uma expedição, na África do Sul


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“Cláusula de Rateio” no Seguro-incêndio

(Colaboração extraída da “Clausula de Rateio” de D. Emilia Gitahy de Alen- castro, chefe do Serviço de Sinistro do IRB- Revista do IRB de fevereiro de 1943)

A cláusula de rateio é condição integrante do contrato de seguro-incêndio, e, como tal, deve ser conhecida e compreendida pelo Segurado. É aplicada quando os bens segurados têm valor superior ao da verba que lhes é atribuída na apólice; o Segurado é, então, considerado segurador da diferença e está, portanto, sujeito ao mesmo risco que a Sociedade, proporcionalmente à responsabilidade que lhe couber em rateio; essa responsabilidade é, justamente, a diferença entre o valor dos bens e aquele pelo qual estão segurados. 

Exemplo: A) uma apólice declara a Sociedade responsável até à soma de Cr$ 300.000,00 pelos danos que venham a sofrer os bens existentes em determinado local; b) verifica-se, porém, a existência de bens no valor de Cr$ 400.000,00; c) a diferença de Cr$ 100.000,00 corresponde aos bens não segurados, isto é, aqueles pelos quais é segurado o único responsável. A cláusula de rateio nada mais é do que uma proporção na qual devem ser conhecidos três termos: importância segurada, valor de existência e prejuízo, para que se possa calcular o quarto termo, a indenização. 

A cláusula de rateio é praticamente aplicada em caso de Sinistro parcial e sempre que os bens segurados têm valor superior ao da verba que lhes é atribuída na apólice.

Para apuração de indenização em caso de aplicação da cláusula de rateio, é o seguinte o critério:

importância seguradaCr$ 300.000,00
valor da existênciaCr$ 400.000,00
prejuízoCr$ 100.000,00
indenização(Cr$ 300.000,00 / Cr$ 400.000,00 ) x Cr$ 100.000,00 = Cr$ 75.000,00

Visto o caso superficialmente, pode parecer injusto que o segurado, tendo feito um seguro no valor de Cr$300.000,00, só receba uma indenização de Cr$75.000,00 quando o prejuízo do incêndio atingiu a Cr$100.000,00. Contudo, de acordo com o que foi dito anteriormente, verifica-se que o segurado recebe uma indenização igual ao prejuízo sofrido pelos bens segurados e que a diferença entre o prejuízo e a indenização corresponde aos danos causados aos bens não segurados, danos esses portanto não indenizáveis. 


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O Uso do Cheque Bancário

A origem do cheque é tão antiga que dificilmente podemos localizá-la. Sabemos, entretanto, que na Idade Média o seu uso já estava em prática, demonstrando assim há quanto tempo a sua utilização é considerada garantida, sólida e útil. 

De fato, abrange inúmeras vantagens, como sejam dispensar grandes quantias no bolso, o que é sempre perigoso, facilidade de dispor a qualquer momento, a quantia que se desejar, proporcionar conforto pela fácil manipulação, possibilidades de economia, renda e, por que não dizer mesmo, um gesto elegante a emissão de um cheque. 


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“O Organismo Humano é Uma Fábrica de Produtos Químicos”

No organismo humano, as trocas materiais se realizam principalmente pelos sistemas respiratório e digestivo, por intermédio dos quais são retiradas do meio externo, sob a forma de alimentos, as substâncias necessárias à manutenção da vida. Esta se caracteriza por uma renovação contínua dos tecidos do organismo e pela produção das energias necessárias para a realização de todos os atos vitais e, sobretudo, para o trabalho mecânico dos músculos do corpo. Porém, em última análise, esta troca energética não é senão um aspecto da troca material que pode ser representada como um balanço da entrada de alimentos e da saída de energias e de produtos de eliminação.

Nem todos os alimentos são energéticos, isto é, produtores de energia. Entre estes contam-se a proteína (albumina da carne, caseína do leite, glúten dos cereais, etc.), as gorduras, o açúcar, o amido e finalmente o álcool. Os processos químicos necessários para a transformação dessas substâncias não se desenvolvem sem um fornecimento contínuo de oxigênio do ar, de água e de numerosos sais (além do sal de cozinha, importantes também são os sais de ferro, indispensáveis para a formação da hemoglobina do sangue, os sais de potássio, de cálcio e outros).

Outra categoria de alimentos é constituída finalmente pelas vitaminas, substâncias estimulantes, que agem em quantidade mínima e são necessárias para regular o desenvolvimento das funções de crescimento, nutrição e reprodução. 

O ar inspirado entra pelas narinas (1) e as fossas nasais (2), penetra pelo laringe (3), a traquéia e os brônquios (4) até que, chegando aos alvéolos pulmonares (5) cede seu oxigênio ao sangue que, oxigenado, transforma-se de sangue venoso em sangue arterial e, sob essa forma, é transportado à metade esquerda do coração (7), através das veias pulmonares (6). Do coração, o sangue arterial é impelido para o interior das artérias que o transportam por todo o corpo: à cabeça (8), às vísceras abdominais (9 e 10), ao baço e aos gânglios linfáticos que o suprem de glóbulos brancos (11), aos músculos (12), à medula dos ossos, onde são formados os glóbulos vermelhos (14) e aos rins, onde ele é filtrado e depurado (15). O sangue arterial cede seu oxigênio a todos estes órgãos e recebe o anidrido carbônico resultante do funcionamento dos mesmos, transformando-se em sangue venoso, que, por intermédio das veias (16, 17 e 18), atinge a metade direita do coração que o impele para os pulmões, onde abandona o anidrido carbônico para novamente saturar-se de oxigênio (19 e 20). 

O dióxido de carbono mistura-se ao ar residual dos pulmões e é eliminado através das vias aéreas, fazendo, de retorno, o caminho já percorrido (21, 22 e 23).
Os alimentos sólidos, prendidos pelos lábios (A), cortados pelos dentes incisivos (B), umedecidos de saliva, triturados pelos dentes molares (C), são lançados através do faringe, no esôfago (D), atravessam o cárdia (E) e penetram no estômago, onde são submetidos à ação de poderosos reagentes químicos: ácido clorídrico e fermentos gástricos produzidos pelas glândulas da mucosa do estômago (F, G, H). Deste, através do piloro (I), passam ao duodeno, onde são derramadas a bile (J) produzida no fígado e o suco pancreático (K) com os seus fermentos, que completam, com o suco entérico (L), a digestão iniciada na boca. 

Começa depois o processo de absorção das substâncias digeridas: das vilosidades intestinais (M, Q, P) as substâncias gordas passam aos vasos e ao canal linfático (N, O) que se comunica com o sistema venoso, ao passo que as proteínas e os açúcares, através dessas mesmas vilosidades, são absorvidos pelas ramificações da veia porta (R) que vai ter ao fígado. Esta volumosa glândula poder-se-ia chamar muito bem o laboratório químico central do corpo humano, tantas as suas funções nas trocas materiais do organismo.

Os açúcares (S) são transformados em uma espécie de amido (T) e mantidos em reserva para uma eventual re-transformação em açúcar (U) e nova penetração no sangue, quando isso se faz necessário. 

As substâncias derivadas da digestão das proteínas também são elaboradas no fígado, que separa as substâncias tóxicas, as quais, principalmente sob a forma de ureia, são eliminadas pela urina produzida pelos rins. Mediante pigmentos de origem alimentar e subprodutos resultantes da desintegração do sangue, o fígado produz a bile que é derramada no duodeno, ao passo que os alimentos elaborados no fígado são lançados na corrente venosa por intermédio da veia hepática. 

Os mesmos fenômenos do processo nutritivo se desenvolvem também em todos os tecidos e células do organismo, porém com intensidade e modalidade diversa, conforme o tipo de trabalho e nutrição de cada um deles.


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As festividades do aniversário do IRB e a Organização Lowndes

Associando-se à magna data de 3 de abril, em que foi jubilosamente comemorado mais um aniversário do I.R.B., a Organização LOWNDES, na palavra dos seus funcionários, senhorita Enid de Barros e Sr. Walter Niemayer, saudou o Dr. João Carlos Vital, digno Presidente do Instituto, abordando a sua feliz iniciativa da criação do Curso de Extensão para Aperfeiçoamento dos funcionários que trabalham nas Cias. Seguradoras.

Senhorita Enid de Barros

Foi o seguinte o discurso da senhorita Enid de Barros:

Exmo. Sr. Presidente,

A Gratidão é talvez o mais nobre dos sentimentos; ela consegue vencer o egoísmo dos Homens, é portanto o reconhecimento do mérito alheio. E’ necessário, pois, que saibamos cultivá-la, para que ela sempre viceja em nossos corações.

Eis porque, Sr. Presidente, não encontro dificuldade em lhe falar, pois que não venho com uma preocupação de forma nem estilo, mas trago tão somente, a serena espontaneidade que o reconhecimento nos empresta. Dirigindo-me a V. Excia., não procuro frases buriladas, mas palavras que possam exprimir com clareza o pensam os meus ilustres mestres, o que sentem os meus caros colegas e o que exalta o meu patriotismo.

Sou funcionária da firma Lowndes & Sons, Ltda. Estou ainda em período de adaptação, de forma que, de Seguros só sei que existe esta atividade de negócios, que compreende uma Apólice dada pela Companhia a uma pessoa, garantindo-lhe alguma coisa.

Como vê, não podem ser mais simples os meus conhecimentos. Pois bem, quando me perguntaram se queria frequentar o Curso do I.R.B., aceitei a oferta meio descrente de que pudesse existir um curso grátis para fins tão proveitosos, numa época onde imperam o interesse e a ambição.

E confesso que vim para ver, ou melhor, para espiar. Vim ao curso e vi logo. nas primeiras, aulas, (aulas excelentes, de professores ótimos) que ainda há criaturas desinteressadas que amam o Brasil com tal ardor, que tudo fazem pelo seu desenvolvimento e progresso, sem segundas intenções, sem outro motivo que não seja a grandeza cultural dos filhos desta grande Pátria !

E esse desprendimento, e essa abnegação, e essa fibra patriótica, tudo encontrei reunido no longo gesto do Dr. Carlos Vital.

E senti-me envergonhada da minha falta de confiança nos dirigentes da minha Terra. Quis desistir, mas o meu chefe aconselhou-me a continuar e nunca pensei que aqui iria aliar aos conhecimentos que venho adquirindo, uma elevação moral e espiritual pela impressão profunda que me causou o empreendimento nobilíssimo de V. Excia.

O Brasil se orgulha de possuir filhos da têmpera do Dr. Carlos Vital.

De vocês, meus caros colegas, espero a máxima boa vontade para a maneira pela qual me desobriguei da agradável tarefa que me coube de representá-los nesta solenidade e expressar os nossos sentimentos.

Queriam me desculpar se não soube interpretá-los devidamente.

Mas, a V. Excia. posso afirmar que minha saudação foi mais do que qualquer outra coisa – SINCERA.

Que o Brasil tenha muitos “CARLOS VITAL”.

Sr. Walter Niemayer

O Snr. Walter Niemayer pronunciou a seguinte saudação:

Exmo. Sr. Dr. JOÃO CARLOS VITAL

M.D. Presidente do Instituto de Resseguros do Brasil:

Uma imerecida escolha de meus colegas faz com que V. Excia. ouça neste momento um dos mais humildes “Ceirbanos”.

Procurarei, entretanto, Sr. Dr. JOÃO CARLOS VITAL, não desmerecer a confiança de meus companheiros, reunindo nestas poucas palavras o sincero e grande agradecimento que lhe devemos pela criação do C.E.I.R.B.

O passado de V. Excia. nos diversos e altos encargos que tem ocupado e o desvelo com que se tem dedicado à indústria de seguros no Brasil, davam aos securitários uma firme esperança de que não seriam esquecidos no seu meritório empreendimento.

Não estavam enganados os que assim pensavam e a 3 de Abril de 1943 neste mesmo recinto, tínhamos a satisfação de ouvir, pela palavra simpática do Conselheiro Dr. Frederico Rangel, a aula inaugural do Curso de Extensão do Instituto de Resseguros do Brasil.

Infelizmente, motivos de difícil solução impediram a imediata sequência das aulas, porém, sempre tivemos inteira confiança na continuação do Curso, pois todos sabíamos que a vontade de V. Excia, não teme empecilhos.

Nenhum de nós desconhece o zelo de V. Excia na escolha de nossos professores e não podia ser mais feliz a designação do Dr. Djalma Cavalcanti para diretor do Curso e dos professores Papini, Thales e Macedo Soares, cujos sábios ensinamentos procuramos assimilar.

Confiamos em nós mesmos e cremos que graças a essa oportunidade ímpar de melhor ilustração para os securitários, muito terá V. Excia. feito pelo seguro no Brasil.

Pessoalmente, orgulho-me de pertencer a um grupo segurador que muito bem compreende a finalidade do objetivo de V. Excia, criando facilidades à frequência do curso, e até premiando os esforços de seus funcionários inscritos no C.E.I.R.B. Acredito que nenhuma Sociedade tenha procedimento diferente, uma vez que, mercê de Deus, os responsáveis pelas Cias. de Seguros são homens progressistas e compreenderão o grande benefício que V. Excia. está prestando às suas Cias.

A alta visão de nosso homenageado de hoje, na rigorosa seleção dessa plêiade de brilhantes jovens que constituem os funcionários do I.R.B., vem demonstrar que auxiliares capazes e dedicados fazem grande uma organização.

DR. JOÃO CARLOS VITAL, temos tanto que lhe agradecer!

Agradecemos-lhe o Dr. Djalma Cavalcanti, o professor Papini, o Prof. Thales, o prof. Macedo Soares e as atenciosas e tão pacientes funcionárias do I.R.B. que todas as manhãs nos atendem. Muito obrigado, DR. JOÃO CARLOS VITAL.


Nestor Ribas Carneiro

Sr. Nestor Ribas Carneiro

O dia 1º de Abril comemorou o 23º ano de atividades na Organização Lowndes, o Sr. Nestor Ribas Carneiro, do nosso meio Segurador.

Além de Diretor das Cias de Seguros “Sagres” e “Cruzeiro do Sul” e da Cia. Geral de Administrações e Incorporações, a sua atividade estende-se também à Gerência Geral de LOWNDES & SONS Ltda., de cuja firma é bastante procurador. Faz parte da Comissão Central e Regional de Transportes, onde vem prestando sua colaboração. 

Muito estimado por todos os que com ele privam, pelas suas qualidades raras de amigo e chefe, recebeu nesse dia sinceras demonstrações de apreço de quantos souberam da significação de tão auspiciosa data. Registramos com grande satisfação esse acontecimento, augurando ao Sr. Nestor Ribas Carneiro todas as felicidades de que é merecedor.


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Conselhos Úteis

  • Reaja contra tudo que possa perturbar a sua paz de espírito.
  • Nos encontros quotidianos com amigos, procure iniciar a conversação falando em saúde, felicidade e prosperidade.
  • Procure ser sempre otimista, dando o máximo para que as coisas se realizem. –
  • Esqueça os erros passados, aproveitando a lição para realizações mais perfeitas.
  • Tenha sempre interesse no sucesso alheio como se fosse seu.
  • Seja forte nas decepções, contenha-se na cólera e reaja com temor. 
  • Faça um bom juízo de si mesmo, proclamando-o ao mundo, não com palavras, mas com grandes feitos.
  • Não perca tempo em criticar os outros, aplique a crítica no aperfeiçoamento dos seus conhecimentos. 


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Prosseguem as Iniciativas da Organização Lowndes

Filial do Banco LOWNDES S. A. e LOWNDES & SONS LTDA. no edifício ARALI

No sentido de proporcionar a uma parte de sua clientela melhor comodidade aos seus interesses, acaba de ser inaugurada em Copacabana, à Av. N. S. de Copacabana, 777-loja, Edifício Aralí, mais uma Agência do Banco Lowndes e de Lowndes & Sons Ltda. (Administração de Bens).
Essa orientação, exigida pela crescente expansão de negócios da organização, teve larga repercussão na clientela daquele aristocrático bairro, que assim poderá manter um contato mais assíduo e cômodo aos seus interesses. 

Edifício ARALI em cujo pavimento térreo encontram-se instalados a filial do BANCO LOWNDES S. A. e a administração de bens LOWNDES & SONS LTDA.

As instalações são primorosas e confortáveis, com funcionários selecionados e especializados para atender a todos os assuntos da Organização, assumindo a Gerência do Banco o Sr. IVO REZENDE e da Lowndes & Sons Ltda. o Sr. JOÃO PERES DOS SANTOS. 


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As Abelhas

A vida das abelhas fornece um fascinante exemplo de associação, com aspectos semelhantes à sociedade humana.
A colmeia é como um Estado, em que o Matriarcado é a forma de Governo; a abelha rainha, é soberana pelo tempo que viver; os machos só se dedicam à reprodução e pagam com a vida o destino que tiveram. 

No voo nupcial da Rainha, selam-se o destino da colmeia, pela perpetuação da espécie e desaparecimento do reprodutor; os machos são expulsos para morrerem à míngua. As operárias formam a grande classe dos trabalhadores com vida apenas de 7 a 8 semanas.

––

Othoniel Fernandes Prado

Com grande pesar registramos o seu súbito falecimento.
Ainda jovem e recém-casado, muito alegre e expansivo, dedicava o extinto suas atividades à seção de Administração de bens de LOWNDES & SONS LTDA.
A triste notícia abalou profundamente a todos que o conheciam.


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Piadas do Z.K.

PARADOXO…

CONTA-SE que um turista visitando uma das grandes minas de carvão na  Inglaterra, penetrou na habitação de um mineiro, encontrando seus filhos tiritando de frio. 

Perguntou então a um deles:
– Porque não se aquecem na lareira?
– Porque não temos carvão.
– Mas como… com tanto carvão aqui?
– É que o papai está sem emprego.
– Mas… porque está sem emprego?
– É que o serviço parou…
– Mas… porque parou o serviço ? indagou o turista.
– Porque… há excesso de carvão, respondeu-lhe a menina.

A escada do sucesso

0% Eu não quero fazer
10% Eu não posso fazer
20% Eu não sei fazer
30% Se eu pudesse, faria
40% Como é o negócio?
50% Eu deveria fazer
60% Eu vou tentar
70% Penso que posso fazer
80% Posso fazer
90% Eu farei
100% Eu fiz.

Significação da letra “V” em diversos países

Itália:
Antes da guerra “Velhacaria”.
Durante a guerra “Velocidade”.
Depois da guerra “Vergonha”.

Alemanha:
Antes da guerra “Visão expansionista”.
Durante a guerra “Violencia”.
Depois da guerra “Vencida”.

Países Baixos:
Antes da guerra “Vulneravel”.
Durante a guerra “Violados”.
Depois da guerra “Vingados”.

Inglaterra:
Antes da guerra “Verdade”.
Durante a guerra “Vontade”.
Depois da guerra “Vitória “.

Rússia:
Antes da guerra “Vermelha “.
Durante a guerra “Valente”.
Depois da guerra “Vigiada”.

A mulher e os continentes

Dos 12 aos 15 é como a África: inculta e selvagem
Dos 16 aos 20 é como a Oceania: distante e cobiçada
Das 21 aos 30 é como a Ásia: ardente e misteriosa
Dos 31 aos 40 é como a América: técnica e experiente
Dos 41 em diante é como a Europa: bombardeada e sem esperanças

Conta-se que, em certa família, residente em Berlim, um menino de 10 anos, conseguiu arranjar, com surpresa geral, um “sandwich” de pão e carne. Entrou em casa aos pulos, exibindo a sua preciosidade.

– Papai, veja, graças a Deus, consegui isto.
– Não diga assim, meu filho; obtiveste isto graças ao nosso Fuehrer.

Dias depois o menino repetiu a cena, trazendo outra dádiva.

– Vejam, graças a Deus, consegui isto.
– Meu filho, já te disse, não é graças à Deus, e sim graças ao nosso Fuehrer.
– Mas, papai… quando morrer Fuehrer, como dizer então?
– Quando ele morrer…? ah… Meu filho… diremos todos… GRAÇAS A DEUS…

Confusão de ordens

(Anedota espanhola)

O Capitão ao 1. Sargento: Amanhã haverá eclipse do sol. Não acontece todos os dias. Mande formar às 5, em uniforme de passeio. Darei explicações do fenómeno. Se chover nada se poderá ver e o exercício será na caserna.

O 1o Sargento ao 2º Sargento: Por ordem do Capitão, eclipse do sol amanhã, às 5, em uniforme de passeio. O Capitão dará explicações o que não acontece todos os dias. Se chover não haverá nada lá fora e o exercício do eclipse é na caserna.

O 2º Sargento ao Cabo: Amanhã, às 5, vem ao quartel um eclipse. Uniforme de passeio. O Capitão dará na caserna explicações se não chover, o que não acontece todos os dias.

O Cabo aos Soldados: Juízo, amanhã, às 5, o Capitão vai fazer eclipse do sol, com uniforme de passeio. Vocês têm de estar a postos na caserna para o caso de chover, o que não acontece todos os dias.

Os Soldados, uns aos outros: – Dizem que amanhã vem o sol em uniforme de passeio e faz eclipses ao Capitão que lhe pede explicações. A coisa é capaz de dar encrenca, destas que acontecem todos os dias. Deus queira que chova.

Filosofia do “Jeca”

Chovia. O “Jeca” impávido, com a viola debaixo do braço, abrigava-se sob um couro de boi, à beira da estrada.

– Onde moras? pergunta um viajante, oferecendo condução.
– Aqui mêmo, quando parar de chover, dóbro o barraco e vou pescá.
– Porque não fazes uma casa?
– Pra quê… tá chovendo…
– Mas quando parar a chuva!
– Ora moço… quando pará de chovê pra que quero casa…


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Felicitações a…

Pelo seu aniversário no mês de Março:

D. Clarice Gonçalves; D.” Olga Penalva Costa Junior; Sr. Nathan Malamud; D.” Alice Carvalho Mendonça; Dr. Heitor Beltrão; Comendador Henrique F. Palm; D. Ercilia Leitão Laport; Sr. Lopes Fortuna; Sr. José Madureira; Sr. Paulo Magalhães; Sr. Illydio Macedo da Costa Cabral; Sr. José Bueno; Sr. José Henrique da Silveira; Sr. Norman Lowndes Hargreaves; Sr. James Faro Bailey; Sr. Roberto de Castro; Sr. José Mario Valente; D. Hilda Fleischauer; Sr. João Medeiros; Sr. Roberto João Taves; Sra. Lowndes Freire Gomes; Sr. Newton Saraiva Graça; Paulo Ribas Carneiro.

No mês de Abril:

Sr. Mario José Carvalho; Sra. Onaldo Machado; D.a Helena Palm; Sr. Paula Affonso; Sr. Antonio Vaz Monteiro; Dr. Manoel Mendes Campos; Dr. Joaquim Penalva Santos, Sr. Alvaro da Silva Lopes; Sr. Bernardo Herzog; Sr. Bernardo P. Tar- butt; Sr. Isidro Conde; Sr. Mario  Ferreira Guimarães; Sr. Adriano O. Zander; D. Renée W. Martinelli; Sr. Fernando Serpa Mercê; Sr. Joel Correia de Souza Pinto; Sr. Darcy Furtado Marignier; Sr. Mario Peixoto Esberard; Sr. Ernesto A. da Silva; Senhorita Maria João Salles Gomes; Sr. José Gentil Neto, Senho- rita Heny Manhães.

No mês corrente:

Sr. Tancredo Ribas Carneiro; Sr. Fernando Hees; Sr. Alcides Modesto Leal; Sr. Frederico Vierling; Dr. Luiz Brito Bezerra de Mello; Sr. Jayme Feijó de Mello; Sr. Alcides B. Cotia; Sr. Gumercindo Nobre Fernandes; Sr. Antonio Celestino da Costa.”

Pelo seu casamento:

Sr. João Fernandes de Souza com a Srta. Elza de Souza.

Pelo seu noivado:

Senhorita Celeste Figueira com o Sr. Valdir Leite. Senhorita Amasilis Mesquita Armando com o Sr. Noel Filstein.


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Cortes e Fricotes

O sentimento feminino é tão oculto como o movimento dos peixes nas profundezas do mar. Tão oculto é que lembra mais esfinges humanas que, na frase de poetas da mulher, o espelho mágico que converte esse ente em eterno ídolo da criação. Como interpretar essas esfinges? 

Vai o homem ao seu laboratório da psicologia, abre o volume da simbólica das cores, conjuga-o com a audição colorida, mistura os elementos encontrados nas emoções recebidas, nas emanações fluídicas peculiares ao feminismo e aplica o fenômeno da supervisão; o mistério das esfinges, desvenda-se e elas falam pela audição colorida! 

A sua preferência pelo branco exprime tendências puras, bondosas, e ternas; o verde inocência, credulidade, esperanças e espírito suscetível de ser conduzido; o azul, idealismo, fidelidade, domínio em si e discrição; o vermelho tendências violentas, paixões momentâneas, sedução, crueldade e inclinações à independência; o rosa exprime altivez, inteligência, amor sincero; o cinza sugere respeito, delicadeza e pouca comunicabilidade; o preto distinção, austeridade, respeito, altivez e orgulho; o roxo espírito volúvel, exagerado e amoldável; o marrom tendência para ideais, bom caráter mas pouco sucesso nas iniciativas. 

As cores combinadas são perigosas, ou elevam os predicados ou traduzem decepções; os estampados grandes e vivos exprimem tendências malévolas, ambição e espírito de conquista; os estampados pequenos indicam modéstia, equilíbrio e sinceridade.

E ainda bem que a fertilidade colorida é imensa, porque se assim não fosse… adeus amor… adeus poetas…

Imagem de Assinatura


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Lá Vai

12 horas. Aproximavam-se os grupos alegres. O Souza, porém, já estava lá, contemplando a “rinha” que se construía ali perto; sonhava talvez… com o sucesso dos seus pupilos. Surge, pouco depois, um equívoco com o gerente da Churrascaria: a mesa fora encomendada por voz feminina. O Álvaro e o Peres já se iam ofendendo, como promotores do churrasco, mas tudo ficou esclarecido: é que outro pedido havia sido feito ao mesmo tempo. 

O Roberto, contra os seus hábitos, pouco falou; é que resolverá provar todas as qualidades de vinhos nacionais. O Peres não deixou ninguém em paz, com as tais assinaturas na fotografia do churrasco. O Cerne explodia e fazia todos explodirem com as suas magníficas e ardentes piadas… Às tantas, o Walter pediu a palavra, deixando pálido o Rabello: estava quebrada a velha tradição de orador oficial… mas, o Walter falou: “Meus senhores, faço votos para que daqui a cem anos estejamos todos reunidos…” Foi um abafa: “Viva o ‘Matusalém’, disseram logo. O Walter não se impressionou e com a sua inabalável fé centenária, arrematou brilhantemente a oração. 

Durante todo o churrasco, havia, entretanto, um participante que se manteve sempre sisudo, talvez mais do que o Rabello depois do discurso do Walter. Quando o discurso terminou, o Schuback levantou-se bruscamente empunhando a taça; todos se levantaram, brindaram-se e a mesa foi dissolvida. Só depois ficou apurado que aquele gesto do Schuback era para fazer um discurso em nome do L.A.C. O Santos Lima ficou penalizado e, bancando a “Mamãe carinhosa”, abraçou-o exclamando: – Oh, Schuback, não se aborreça, o seu dia chegará… 

O interessante, porém, é que ao chegarem todos à porta do Banco Lowndes, o Schuback disse: “Vamos ao lunch?”
Todos se entreolharam… mas compreenderam, é que ele… coitado… estava com fome… passara todo o churrasco a pensar no… malfadado e malgrado discurso que ficou “entupigaitado”… 


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Lowndes Atlético Clube

Para maior incremento das suas atividades esportivas no decorrer de 1944, está o Lowndes Atlético Clube, elaborando um programa que deverá corresponder todas as expectativas no meio comercial admirador do esporte britânico.

Assim sendo, aguardamos com grande interesse o prosseguimento das atividades esportivas do nosso L.A.C., que sempre demonstrou grande animação por parte de todos os Laquianos. 

Ainda não entraram em atividade, em virtude da falta de elementos do 1.° time, que estão nas fileiras do nosso glorioso exército, servindo à coletividade democrática e muito particularmente ao nosso querido Brasil.

Destarte, aguardamos com calma o ingresso do L.A.C. nas fileiras esportivas, com o seu harmonioso e animado esquadrão, que sempre soube honrar o nome que representa.

Deixamos aqui os nossos mais sinceros cumprimentos aos nossos irmãos de esporte, pertencentes aos diversos esquadrões dos gloriosos times das entidades esportivas da nossa Capital, que com o nosso têm travado embates esportivos.

Interessante e feliz instantâneo da indocilidade de um animal e perícia do seu Jockey, no “Starting gate” de uma pista de corridas, em Baltimore

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Lowndes

Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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