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Este documento é parte do nosso Acervo Histórico

Noticiário Lowndes – Nº 9

1 de dezembro de 1945
É fundamental destacar que as informações contidas em nosso arquivo histórico são uma expressão do contexto da época em que foram produzidas. Elas não necessariamente refletem as opiniões ou valores atuais da nossa empresa. À medida que progredimos e nos ajustamos às mudanças em nosso entorno, nossas visões e princípios também podem evoluir.
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Paz No Mundo, Novas Esperanças

A etapa que o mundo acaba de vencer tem, para nossos trabalhos, particular significação. Vimos, afinal, coroados de êxito os esforços que, por anos a fio, foram concentrados para a consecução da Vitória e a volta do império do Direito sobre a Força, da Razão sobre a Violência, da Liberdade sobre a Opressão.

A luta que se travou e que invadiu todos os campos da atividade humana, mobilizando as forças armadas, econômicas e mesmo as reservas morais dos povos, impôs sacrifícios sem conta cujo prêmio justo é a Paz que havemos de desfrutar para o futuro.

A reconstrução do mundo, que ora se inicia, trará um incremento às iniciativas particulares, um maior desenvolvimento das relações comerciais, a par de melhor entendimento e aproximação entre as nações.

Pelas festas do Natal – verdadeiro símbolo de Concórdia – a Organização Lowndes apresenta a todos os seus amigos e clientes sinceros votos de felicidade pessoal, bem como, pelo Ano Novo, que tão promissor se desenha, augúrios de prosperidade dentro da atmosfera geral de progresso que certamente se afirmará. 


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Caminhos da Roça

EVERARDO BACKHEUSER
(Para o Noticiário LOWNDES)

Quem já tiver estado em regiões de população dispersa, seja no interior do país, seja mesmo às portas do Distrito Federal, sabe, por certo, o que são caminhos da roça. Semelham trilhas de índios dentro da floresta virgem ou através de pântanos e descampados. São indecisos. Quase bamboleiam sobre o terreno, parecendo ter horror à rigidez do princípio geométrico que ensina ser “a linha reta o caminho mais curto entre dois pontos”.

Essa proposição da ciência de Euclides é tão evidente que, como já disse alguém, é conhecida até pelos cachorros. Basta que se lhes acene com sedutor pedaço de carne para que o cão no faro indique ser a linha reta o meio mais rápido de atingi-lo, e o cão não hesita em saltar obstáculos e derrubar cancelas.

O homem, não. O homem não se deixa dominar por esse teorema, nem quando faz estradas de ferro e rodovias, nem quando, em estado primitivo ou semi-primitivo, procura ir de uma taba a outra taba, ou de sua casa a de um vizinho. Neste último caso, contorna, sem as enfrentar, as mais pequenas dificuldades: desvia-se de uma árvore torcendo o caminho, evita as partes alagadas ou um desnível do terreno; para não subir alguns metros de um comoro, desce pelo sopé, embora alongando a viagem; qualquer pedruço maior transforma-se, a seus olhos, em perigoso fantasma do qual cumpre fugir. A seu turno, os engenheiros que rasgam estradas de ferro ou de rodagem raramente obedecem à retilineidade dos traçados; não agem assim por temor ou preguiça, mas porque as despesas com cortes e aterros não compensam a economia de algumas horas de viagem.

Mas entre as trilhas de índios, os caminhos de jecas e as estradas dos técnicos há, sem dúvida, profunda diferença de allure. Um é o zigue-zagueante serpear do caminho da roça; outro, a elegante desenvoltura do colear suave de uma fita que, pela encosta, demanda o alto das serras. 

O caminho da roça nasce da necessidade social de comunicação. Vizinhos que se procuram ou se visitam, trafegando sempre entre pontos afastados, acabam procurando o trajeto que ofereça a rapidez (à que aliás não prestam muita atenção) com a comodidade e a segurança. São, para o caminhante, condições de comodidade: o não despender esforço físico em subidas íngremes; o ter espaço lateral para o transporte de algum embrulho ou mesmo para dar passagem de certo modo folgado a animais com carga ao lombo; o livrar-se do calor solar, donde a procura espontânea de sombras hospitaleiras mais secas, onde evitar o capim para os atoleiros, tomando por desvios cada vez mais longos à proporção que o tremedal dilata sua área de terreno encharcado; as encostas suaves, sem ribanceiras empinadas; o vão nos rios ocorrer em pontos estreitos, ou sem grande profundidade da camada líquida, para serem vencidos a pé ou por pinguelas de fácil construção.

Estas condições, e outras que podem ser adotadas, forçam os caminhos a curvas, a alongamentos, a hesitações de percurso. 

Uma vez era a trilha em terra socada pelos pés dos humanos e dos irracionais, tendendo ela a persistir. A lei da inércia leva os viajantes, que por ali venham a passar, a manter o alinhamento que os predecessores haviam fixado. E, assim, cada vez mais, o caminho da roça se vai perpetuando. Onde antes teve de ser curvo pela existência do charco, do arvoredo, de um penhasco que as enxurradas já levaram, continua a manter-se curvo, malgrado o desaparecimento dos obstáculos: pela força do hábito.

Casas novas que venham a aparecer, são, por comodidade dos moradores, levantadas preferencialmente onde já existam caminhos. A princípio na modesta precariedade da taipa e do sapé. Depois, em adobe. Depois, em pedra e cal. E já então essas vivendas faceiras como que exigem alargamento para os antigos caminhos angustos. São alargados, mas raramente retificados. O alargamento é fácil, porque local e de certo modo individual. A retificação, difícil, senão impossível, por exigir estudos, planos e cooperação de diversos elementos que nem sempre se põem de acordo.

E, assim, os esguios caminhos primitivos dilatam-se para estradas de carro e automóvel, mantendo todavia as curvas rebuscadas que a fantasia e a imprevidência dos primitivos lhes imprimiram. E esse traçado bizarro e irracional fica mantido pelos séculos, sempre que se petrifica dentro das muralhas que o denso casario dos aglomerados urbanos define como ruas de uma cidade. A retificação torna-se de fato dispendiosíssima, porque obriga a obras de embelezamento e urbanização, sempre de orçamentos altos. 

Quem, dos cariocas, não tiver tido jamais ensejo de permanência no interior poderá ver, no Rio de Janeiro, a imagem dos caminhos que existiram dos tempos coloniais e estão como que guardados dentro da topografia urbana.

Como era a Cascatinha da Tijuca em princípios do século passado. Desenho de Chamberlain em “Vistas e Costumes dos arredores e da cidade do Rio de Janeiro. 1818-1820”

São dessa data, entre outros:

A rua do Catete, prolongada em Senador Vergueiro ou em Marquês de Abrantes. Vestígios do Caminho Velho e do Caminho Novo para Botafogo e Praia Vermelha.
A rua São Clemente, Caminho para a Lagoa e Gávea, marginando o Rio Banana Podre.
A rua Riachuelo, continuada por Frei Caneca até o Largo do Estácio, antigo Caminho de Mata-Cavalos (havia ali um atoleiro) e de Mata Porcos (houve ali, no Estácio, um matadouro célebre).

As ruas Visconde Rio Branco, prolongada em Frei Caneca até a esquina de Santa Ana, correspondendo ao Caminho para a Lagoa da Sentinela, à qual também vinha ter, de outro lado, a rua das Boas Pernas (Areal, hoje Mocorvo Filho).A rua Haddock Lobo, Caminho do Engenho Velho.
A rua Conde Bonfim, Caminho do Andaraí Pequeno.
A rua São Francisco Xavier, bem como Barão de Mesquita e Barão do Bom Retiro, Caminhos para o Engenho Novo e para as plantações dos jesuítas.

E haveria outros a pôr em rol. 


Pensamentos

A dor do passado é a esperança suprema do futuro.

Não zombes nem ridicularizes ninguém. Ridicularizar é mais do que injuriar. Injuria-se por cólera ou vingança: zomba-se com reflexão.

Há dois companheiros que marcham sempre ao nosso lado, e dos quais não nos apercebemos: Deus e a morte.

Se guardares silêncio, Deus te guardará. Se guardares silêncio, guardarás humildade, caridade, doçura, paciência. 


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Dois Milhões De Casas De Menos

Por PHILIP MURRAY
(Copyright B. N. S. Para o Noticiário LOWNDES)

Uma das casas pré-fabricadas exposta no salão do Alexandra Palace

A Grã-Bretanha oferece aos soldados desmobilizados quatro tipos de residências temporárias: uma casa de alumínio, a casa Seco, a Arcon e a Tarran. Todas elas apresentam melhorias construtivas e dispositivos novos de grande interesse.

Pode-se dizer que começou a batalha das residências. O Governo declarou sua intenção de resolver este problema, o mais urgente entre os que ainda estão dependendo de solução, com a mesma energia com que se dedicou ao esforço de guerra. O Sr. Bevan, Ministro encarregado da campanha em favor das vendas, está preparando seus planos para submetê-los ao julgamento do país. Com que elementos conta ele para prover cada família com um local que esteja de acordo com os rendimentos de cada uma?

Em 1919, a Grã-Bretanha saiu da Primeira Guerra Mundial com grande escassez de residências. Depois de um lento prelúdio (durante os anos seguintes ao armistício, somente se construíram 50.000 casas), a indústria de construções se intensificou, chegando a construir em 1932 um total de 200.000 casas por ano, e alcançou, poucos anos depois, o “recorde” de fabricar 1.000 casas diariamente.

Quando estalou a Segunda Guerra Mundial, já se haviam compensado os atrasos, apesar de que muitas construções ainda se encontravam em locais inadequados, e meio milhão de vivendas eram antiquadas e deviam ser substituídas.

A população britânica perdeu os dois milhões de casas que tinham sido possível construir. Durante a guerra propriamente dita, apenas se elevaram 150.000 edifícios novos: em troca, os bombardeios destruíram 230.000. Produziram-se avarias em cerca de mais 250.000, e mais de 500.000 necessitam reparos. 

NECESSIDADES A LARGO PRAZO

Com o crescente número de famílias separadas, há necessidade de serem construídas quatro milhões de moradias a longo prazo. A necessidade mais urgente e imediata é de um milhão de residências. O que está sendo feito para construí-la?

O problema mais grave se encontra na mão de obra. Antes da guerra, a indústria de construções empregava 1.100.000 homens. No Dia da Vitória sobre o Japão, apenas 337.000 homens estavam trabalhando. Os efetivos de trabalhadores foram se reduzindo pouco a pouco, para atender ao chamado das forças armadas e à indústria de armamentos, porém foram organizados planos para seu rápido reemprego, de modo que seja atingida a cifra de 1.250.000 homens, tão logo as hostilidades estejam completamente terminadas e se realize a desmobilização.

Prescindiu-se da antiga concepção de aprendizagem, e foi traçado um plano para que a indústria admitisse anualmente 25.000 jovens em condições de aprendizes. Preparou-se uma campanha de recrutamento apoiada em filmes e conferências para atrair todos os licenciados que não tivessem desejo de entrar para nenhuma outra profissão. Preparou-se também um curso de reestruturação dos operários que necessitassem refrescar e renovar seus conhecimentos.

O problema das residências afeta quatro departamentos ministeriais. O Ministério da Higiene, a cargo de Aneurin Bevan, representa o locador. Determina o número de casas que devem ser edificadas. O Ministério de Saneamento da Cidade e do Campo, a cargo do Sr. Lewis Silkin, estabelece contato com as autoridades municipais e rurais para decidir sobre o local e o espaço que as moradias devem ocupar. O Ministério de Obras Públicas, a cargo do Sr. George Tomlinson, intervém na produção de materiais necessários à indústria da construção. Finalmente, o Ministério do Trabalho, dirigido pelo Sr. Isaacs, administra a mão de obra que permite levar adiante o programa. 

Dentro do maior tipo de casas pré-fabricadas, arquitetos examinam a montagem de um bangalô. Em baixo: Recanto da cozinha de um dos tipos de casas pré-fabricadas e aspecto da construção de uma série de 3.000 casas de tijolo em Chigwell.

PLANOS PARA A CONSTRUÇÃO DE CASAS PRÉ-FABRICADAS

Enquanto a aviação inimiga procurava destruir Londres em 1941, a Grã-Bretanha planejava os remédios para sua carência de residências. Porém os planos feitos incorreram em um erro de perspectiva, pois então se acreditava que as hostilidades terminariam dois anos após a derrota alemã, contando-se que só então o Japão seria vencido. Nessa suposição, era evidente que o número de operários disponíveis seria insuficiente para construir os tipos clássicos de residências. Devido a isso, o Ministério de Obras Públicas preparou os esboços para a pré-fabricação de vivendas.

As casas pré-fabricadas constituíam algo quase desconhecido no mundo quando a Grã-Bretanha começou a estudar suas possibilidades. Em princípio, acreditava-se que não seria possível construí-las em aspecto permanente. Preparou-se um projeto para uma casa desse tipo, que deveria durar dez anos, vida limitada não pela ineficácia dos materiais, porém pelo desejo do povo de retornar ao uso de materiais tradicionais. Entretanto, seu sucesso foi muito grande, e já agora se verifica a real possibilidade de serem erguidas residências pré-fabricadas de caráter permanente.

O programa de curto prazo, projetado pelo Governo de Coalizão, determinava a construção de 145.000 casas temporárias, 220.000 casas tradicionais permanentes, 80.000 casas também tradicionais em curso de construção e um número indeterminado de casas permanentes pré-fabricadas, num total aproximado de 445.000 casas novas. Isso pressupunha a construção de nove vezes mais o número de casas que se haviam levantado após a primeira guerra mundial.

Quatro meses depois do Dia da Vitória na Europa, já estavam ocupadas 3.000 casas temporárias. Começou-se a erguer casas do tipo tradicional e do pré-fabricado permanente. Estão sendo reconstruídas e reparadas as residências avariadas. Os planos atuais pretendem harmonizar ambos os programas, o de curto prazo e o de longo prazo, para que o indivíduo possa viver em melhores e mais econômicas condições do que antes.

Todas essas novas construções estão sendo equipadas com acessórios antes considerados de luxo, somente ao alcance dos mais afortunados. 


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O caminho da Democracia

Por Ilson Nunes da Silva

Basta-nos uma ligeira leitura da História para verificarmos que os ideais de Liberdade sempre foram as aspirações máximas dos povos. Assim, através dos séculos, prossegue a história das nações por caminhos entrelaçados, sempre e cada vez mais em busca de melhores dias. Entretanto, nem sempre as armas foram terçadas em holocausto da Liberdade, Justiça e Igualdade; o exemplo temo-lo nas guerras infundadas que moveram povos belicosos contra outros pacíficos e soberanos. Mas, é preciso concluir, mesmo os povos que nos roubaram a liberdade fizeram-se arautos deste nobre princípio; vale até recordar a sábia máxima de Mme. Roland – “Ó Liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome!…”

E, para que não mais exista este estado de dúvida e incompreensão, gerador de desconfiança e de toda sorte de entraves entre os povos, é que se deve criar um mundo de princípios consoantes com os de Cristo, de amor ao próximo acima de todas as ideologias! Felizmente, é este o caminho que começamos a trilhar… Assim, à pergunta “que benefício se terá adquirido com a experiência desta terrível catástrofe?”, a resposta é imediata: temos hoje uma relativa compreensão entre os povos, desde as geleiras siberianas às terras férteis das Américas, do extremo norte ao extremo sul. E, se nos reportarmos à História da Humanidade, desde logo verificaremos que anteriormente nunca houve uma era firmada por alicerces sólidos, de solidariedade e entendimentos mútuos, como agora é patente entre as Américas.

A guerra está terminada, agora cabe estruturar a Paz… Vencer guerras é aqui, coisa árdua, mesmo para os maiores entendidos. Entretanto, esmiuçar os processos para evitá-las é das coisas mais difíceis que se podem propor, por isso que o assunto requer assentamento de bases verdadeiras, a um só tempo oriundas dos quatro cantos da Terra. E nesta monumental obra, ousadia das ousadias, logo à sua entrada um obstáculo esbarram os espíritos mais esclarecidos: a variedade de interpretações dos sistemas políticos e sociais dos povos que, com suas civilizações magníficas e edificantes, procuram emprestar suas colaborações numa definitiva compreensão entre os homens; de um lado o colosso inglês, primeira barricada que encontra o inimigo na sua sanha de destruição; de outro a novel potência dos Soviets, que é grande por sua revelação nesta guerra; os EUA da América, emuladores de paz e o principal conquistador dela; ainda a França, berço de Heróis, e todas as nações reunidas com o mesmíssimo propósito.

Estes países, de par a par com um só anseio, têm, cada um, os seus pontos de vista e conciliá-los não é matéria de poucos homens e de pouca inteligência, porque, se, por um lado, é nosso desejo, e o é também da maioria das nações, que se deva dar uma organização democrática aos povos que militarmente, e na aparência, foram derrotados, por outro, existem países, como a Rússia, que desejariam alguma coisa mais parecida com o seu regime. Não importa, crê-se sinceramente, qual o meio de vida que se lhes deva dar, o que cumpre é que não mais se levante neles o ódio e o prazer indescritível de sangue, cuja amostra tivemo-la duas vezes no exiguo espaço de vinte anos. É necessário que se faça compreender a esses povos, que por três lustros foram guiados pela ideologia da força bruta, a verdadeira expressão da vida.

Há que achar um meio mais fácil e mais coerente, para que dentre os povos de instituições, princípios e realizações tão diversas, saia uma organização verdadeiramente garantidora dos princípios de Justiça e Liberdade.

Há bem pouco, em meio a este complexo de desejos e realidades contrastantes, um homem se destacou, dentre todos se sobressaindo pelo tino administrativo e humanitário político e social. Já não mais existe, porém, esse predestinado que foi o presidente Delano Roosevelt. E, o significado do mundo futuro, deve-se-o buscar, pela imponência, neste homem que, mesmo diante do mais ferrenho regime de força, diante do inimigo forte e ainda avassalador, coisa que felizmente já não acontece, teve palavras confiantes para os dias futuros:

-“A vitória final de amanhã está com a democracia, e será alcançada por meio da democracia com instrução; pois nenhum povo pode permanecer eternamente ignorante ou eternamente escravizado. Se seguirmos esse caminho elevado e magnífico nossa livre democracia responderá com êxito aos temores e incertezas que hoje perturbam, pelo mundo afora, a mente e as almas de homens e mulheres. O caminho é aberto, pacífico, generoso, justo; o mundo sempre aplaudirá os que o seguirem, e Deus há de abençoá-los para sempre!…”

A advertência é sábia, não poderia ser mais alta. Em realidade, ao tumulto de crenças e ideologias só pode corresponder a Democracia, dentro da qual, pela sua plasticidade, cabem todos os ideais políticos. 


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Sorriso

NOEMIA CARNEIRO

Copacabana, Setembro, 1945
O descerrar de lábios nem sempre é um sorriso,
E muito menos riso!

É um gesto indolente que nos vem pela boca
A frase tola, ôca.
É resposta em falsete, é talvez tolerância
De quem sufoca a ânsia.

De vir a retrucar de modo altivo, ousado,
De modo arrebatado,
Ao dito que partiu do que não tem bondade
E feriu sem piedade.

O descerrar de lábios nem sempre é um sorriso
E muito menos riso!
E réplica elegante que o escárneo mau traduz
E maltrata e reduz…

Bem mais que indiferença à lisonja enganosa
Em voz capciosa…

Um traço definido de sutil ironia
Fingindo cortesia
A sentença que é tôda uma grave estultícia
Em forma de blandícia.

Mas, se… por entre lábios vem o meigo sorriso,
Que não chega a ser riso,
E traduz sentimento de magia e fulgor,
O sorriso é uma flor

De todo impregnado de doçura e fragrância
Que se sente a distância!
É harpejo, harmônica; é poema ritmado
De verso bem terçado

Em resposta à caricia que o peito enobrece
E o amor engrandece…

Por entre lábios, então, aponta o bel sorriso…
E já pode ser riso
Que vem no gargalhar vibrante, cristalino,
Esse riso argentino,

Solfejo, cascatear de linda sinfonia,
Cadência de alegria
Que trás a tôda gente calor, força, esperança,
Um quê de confiança

Ao peito em que palpita uma seiva estuante
Na vida triunfante!


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Gavea Golf & Country Club

O mais pitoresco campo de golf da América do Sul e um dos mais lindos do mundo

Até 1923 não possuía o Rio de Janeiro um só campo de golfe e isso constituía surpresa para os estrangeiros que visitavam a nossa bela metrópole. Foi então que um grupo de apreciadores desse salutar esporte escocês se reuniu e deliberou a fundação de um clube de golfe, e após cuidadosa seleção na escolha de um terreno que pudesse oferecer condições adequadas à prática do mesmo, decidiu-se pela aquisição da “Fazendinha da Gávea”, pelo preço de £40.000, o que foi feito em 1926 à The Rio de Janeiro City Improvements, que ali criava carneiros.

De como de uma fazenda de criação de carneiros se constituiu o magnífico campo, tão apreciado por todo o mundo golfista, aí está o Gávea Golf & Country Club, que apresenta, pela execução do conhecido e simpático profissional escocês, Sr. A. M. Davidson, coadjuvado pelo infatigável entusiasmo do Sr. W. E. McGregor, um campo e “links” que são um primor de execução e de um pitoresco sem par.

O maciço da Gávea com a sua exuberante vegetação, vizinho, e o mar azul com o arquipélago das Ilhas Redondas, em frente, dão um contraste todo especial ao conjunto e um entusiasmo contínuo ao golfista inveterado!

O Gávea, com as suas 5.734 jardas de comprimento, é classificado como um campo de comprimento médio, e o “recorde” oficial dos 65 foi obtido ano pelo profissional argentino Roberto de Vicenzo, na primeira volta ao “Open”, realizado em junho, e do qual sagrou-se vencedor o Sr. Martin Pose, profissional argentino também, que finalizou os 72 buracos com 275. O nosso campeão Mário González classificou-se bem, em quarto lugar, com apenas 279, confirmando assim magnífica classe. 

A “Taça da Vitória” ofertada pela Organização Lowndes

A “TAÇA DA VITÓRIA 8 DE MAIO DE 1945”

Entre outras competições disputadas este ano, devemos registrar a disputa da “Taça da Vitória – 8 de maio de 1945”, doada ao Gávea Golf pela Organização Lowndes, logo após a vitória das armas aliadas na Europa, para ser disputada anualmente por “men four-ball-foursome”. Nesta primeira disputa da referida taça apresentaram-se 48 golfistas, representando 24 duplas, e após um desenrolar bastante interessante, verificou-se a 10 de novembro a final, entre as duplas B. Kan-B. Kan Filho x Vivian Lowndes-Donald Lowndes. Findos os 36 buracos do jogo, no último “putt” verificou-se a vitória da dupla Kan e Kan pela contagem de um ponto, que, assim, inscreveu pela primeira vez seu nome no lindo troféu.

O desenrolar da disputa da “Taça da Vitória” pode ser visto no quadro à página seguinte. 

Os Snrs. Donald e Vivian Lowndes ladeando um companheiro de jogo no Gávea Golf e três magníficos aspectos do pitoresco panorama e instalações desse clube, em fotos tiradas pelo Sr. Donald Lowndes


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Uma Nova Empresa Comercial

O que é a Comércio e Indústria Induco S. A.

Uma nova empresa comercial conta com o Rio de Janeiro. Trata-se da Comércio e Indústria Induco S. A., cujos estatutos foram registrados a 13/9/1945, tendo já iniciado suas operações, conforme publicação no “Diário Oficial” de 19 de Setembro de 1945. 

A Induco foi formada por um grupo de conhecidos homens de negócio da região, com um capital de Cr$ 1.000.000,00. Seu principal foco é a importação e comércio de máquinas domésticas, como geladeiras, fogões elétricos e a gás, máquinas de lavar e passar, enceradeiras, aspiradores, aparelhos de ar condicionado, além de todos os aparelhos e materiais para construção.

A empresa também terá uma seção dedicada à importação de matérias-primas em geral, máquinas diversas, acessórios, lanchas, automóveis, ônibus, tratores e outros tipos de mercadorias.

Para expor todos esses aparelhos e equipamentos, a Induco terá um salão especial que já está sendo instalado em um local adequado. Além disso, está organizando outra empresa para a distribuição de elevadores de carga e passageiros, com uma oficina para manutenção e reparos.

A diretoria da Induco é composta pelos seguintes membros, com sede na Rua México, 98, sobre-loja

Presidente: Dr. Angelo Mario de Morais Cerne.
Vice-Presidente: John H. Lowndes.
Diretor: Ralph Olsburgh.
Diretor-Gerente: Valentim de Virgiliis.
Diretor-Tesoureiro: Roberto Ignacio Vayssiere. 


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O Diretor-Gerente Na Nova Empresa

Sr. Valentim de Virgiliis, a quem está confiado o posto de Diretor-Gerente da “Induco”, é pessoa bem conhecida em nosso meio industrial, tendo ocupado cargos de grande responsabilidade e relevo em importantes empresas, de algumas das quais foi incorporador.

De grande competência e larga prática de negócios, foi o Sr. de Virgiliis Diretor-Gerente da Marvin S.A. e da Condoroil Pan S.A., tendo sido incorporador desta última.

De 1934 até 1938, dedicou-se ao negócio de óleo de mamona, sendo um dos pioneiros dessa nova indústria, tendo sido incorporador e Diretor-Gerente da Brasil Oitenta S.A. Em 1938, encaminhou-se o Sr. de Virgiliis para as “Indústrias Químicas Brasileiras Duperial”, onde ocupou vários cargos até sua saída em 1944, quando seguiu para os Estados Unidos e Canadá para estudar as possibilidades de negócios com o Brasil. Achava-se ele em Nova York quando recebeu e aceitou a indicação do seu nome para cooperar nas atividades da “Induco”

E, como se vê, uma ficha de ofício altamente honrosa, que prova o seu espírito empreendedor e a sua competência administrativa. 


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O Centenário de Eça de Queiroz

Traços da vida e da obra do faiscante autor de “A Relíquia”

Eça em caricatura de F. Valença

Festejou-se a 25 de novembro, no Brasil e em Portugal, o 1.º Centenário de nascimento de Eça de Queiroz, o glorioso escritor português cuja obra maravilhosa marcou uma nova etapa na literatura do nosso idioma.

Nascido na Póvoa de Varzim em 1845, formado em Direito pela Universidade de Coimbra, dedicou-se Eça de Queiroz à carreira consular e à literatura, pois não sentia inclinação para a advocacia ou para a magistratura. Assim, foi ele cônsul em Havana, onde esteve de 1872 a 1874, sendo transferido para Newcastle-on-Tyne e mais tarde para Bristol, na Inglaterra, passando em 1888 para o consulado de Paris, onde veio a falecer em 1900.

Filiado às correntes realistas, que introduziu em Portugal com “O Crime do Padre Amaro”, seu primeiro romance, Eça deixou uma obra de raro valor pelo acervo de observações e pelo magnífico e claro estilo em que está escrita, com o qual deu novos valores, maior vigor, mais agilidade, novas nuances de expressão à velha língua dos clássicos, obra que é sobretudo encantadora pela ironia, pelo transcendente humor com que tratava os assuntos e criticava homens e instituições e pelo fino sarcasmo com que sabia marcar o lado ridículo das coisas e vergastar os vícios, os erros e as imperfeições.

Possuidor de uma lúcida percepção da realidade, Eça criou tipos que ainda hoje encontramos por aí em cada esquina – como esse inefável Conselheiro Acácio, que sem a sobrecasaca e sem o título, hoje fora de moda, topamos em todas as classes, por toda a parte.

Apesar de ter retratado a sociedade de seu tempo – segunda metade do século XIX – a obra de Eça é atual como se escrita hoje, e ao lado de sua produção de romancista é tão interessante e valiosa a sua obra de cronista e de correspondente de jornal, onde há juízo sobre a Inglaterra, a França e sobre os grandes acontecimentos políticos e sociais europeus, que se lêem com proveito e delícia, sobressaindo a famosa página sobre Guilherme II da Alemanha, onde profetizou a primeira Grande Guerra. 

Esta parte da obra de Eça, talvez menos conhecida do público grosso, mas amante de romances e novelas, está hoje enfaixada nos volumes: “Cartas de Inglaterra”, “Ecos de Paris”, “Cartas Familiares” e “Notas Contemporâneas”.

Sobre Eça de Queiroz, cujo pai nasceu no Brasil, e aqui tem tantos admiradores ou mais do que em Portugal, existe já extensa bibliografia. É de um brasileiro, aliás, o primeiro livro que apareceu sobre o grande escritor: Miguel Mello. “Eça de Queiroz”, Rio. 1911. Pode-se dizer mesmo que é talvez entre nós onde a figura e a obra do grande ironista tem sido mais profundamente estudada, bastando citar as obras de Álvaro Lins, “História Literária de Eça de Queiroz”; Vianna Moog. “Eça de Queiroz e o século XIX”: Clovis Ramalhete. “Eça de Queiroz”, e o recentíssimo livro de José Maria Bello: “Retrato de Eça de Queiroz”.

Em Portugal, além da obra de Antonio Cabral, o primeiro a publicar lá um volume sobre Eça, deve destacar-se o magistral trabalho de João Gaspar Simões, há pouco saldado pelos: “Eça de Queiroz o homem e o artista”, que é o mais extenso e completo estudo sobre o autor de “A Relíquia”.

Também na Espanha, em Cuba e na Argentina se têm ocupado com a obra de Eça, que está hoje traduzida para quase todas as línguas cultas, inclusive o russo. O grande crítico argentino Antonio J. Bucich publicou em 1939 um estudo intitulado “En pos de Eça de Queiroz” e de Emile Gaspar Rodriguez, escritor cubano, existe “Los dos maestros de humorismo del siglo XIX: Larra e Eça de Queiroz”.

E Eça bem merece esse culto por parte da crítica e do público leitor, pois seu estilo maravilhoso de clareza e de elegância põe-no em paralelo com os dois maiores prosadores dos tempos modernos: Renan e Anatole France. 

As comemorações do centenário queirosiano deram margem a novos estudos e interpretações da obra do insigne filho da Póvoa de Varzim. Intelectuais e jornalistas, em conferências e artigos de jornal, focaram o caráter, a obra e os tipos de Eça. Na Academia Brasileira, João Luso, Gustavo Barroso, Celso Vieira, Pedro Calmon pronunciaram brilhantes conferências; no Instituto de Estudos Portugueses ocuparam-se de Eça, Álvaro Lins, Clóvis Ramalhete, Vianna Moog, Cecília Meirelles, Paulo Filho, o professor Georges Raeders e outros; na Casa dos Poveiros falaram sobre o patriotismo de Eça, o jornalista Marques da Silva, sobre Eça sociólogo, o Comte. Braz da Silva; no Shell E.C. nosso colaborador Antônio Gil fez uma conferência sob o tema “Eça e a Inglaterra” e no Gabinete Português de Leitura o professor Marques da Cruz e o jornalista Pizarro Loureiro igualmente pronunciaram substanciosas conferências sobre o autor glorioso de “Os Maias”, bem como Oswaldo Paixão e Maria Sabina, no Instituto Brasileiro de Cultura.

“Noticiário Lowndes”, querendo também aliar-se a essa festa de cultura e de saudade, dedica estas páginas ao grande artífice de nossa língua, publicando a seguir diversos conceitos e pensamentos extraídos das obras de Eça de Queiroz. 


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Conceitos

De Eça de Queiroz

O riso é a mais antiga e ainda a mais terrível forma de crítica. Passe-se sete vezes uma gargalhada em volta de uma instituição, e a instituição alui-se; é a Bíblia que no-lo ensina sob a alegoria, geralmente estimada, das trombetas de Josué, em torno de Jericó.

O espírito não é uma lesão cerebral que faz ver cômico: é uma disposição cerebral que faz descobrir o cômico, que o faz descobrir através das exterioridades convencionais e das formas consagradas; achar o cômico numa má instituição ou num mau costume (maus pela sua ampla existência, ou maus por se perpetuarem além do momento histórico que os justifica) é pô-los em contradição com o bom-senso e com o bom-gosto, é anulá-los.

O riso é a mais útil forma da crítica, porque é a mais acessível à multidão.

Não há nada tão ilusório como a extensão de uma celebridade; parece às vezes que uma reputação chega até aos confins de um reino quando na realidade ela escassamente passa das últimas casas de um bairro. 

O homem põe tanto de seu caráter e da sua individualidade nas invenções da cozinha, como nas da arte.

Quanto o homem com sua tolice deve, por vezes, fazer bocejar Deus.

Só a porção de matéria que há no homem faz com que as mulheres se resignem à incorrigível porção d’Ideal que nele há também para eterna perturbação do mundo.

Nada mais frágil que a reputação das nações. Uma simples tipoia que falta de noite, e cis, no espírito do Estrangeiro, desacredita toda uma civilização secular.

Nada influencia mais profundamente o sentir do homem do que a fatiota que o cobre.

A melancolia é a voluptuosidade da tristeza.

É o caráter das raças, e não a forma dos governos, que faz ou impede as civilizações. 

O melhor espetáculo para o homem – será sempre o próprio homem.

Hoje está estabelecido, entre os povos civilizados, que para que o forte ataque e roube o fraco, é necessário ter um pretexto. Tal é o grande progresso adquirido.

Quando uma civilização se abandona toda ao materialismo, e dele tira, como a nossa, todos os seus gozos e todas as suas glórias, tende sempre a julgar as civilizações alheias segundo a abundância ou a escassez do progresso material. Pouca luz elétrica nas lojas; logo, Pequim deve ser uma cidade inculta.

A humanidade só foi possível na Tebaida; e os próprios santos nunca se mostraram aos homens sem a sua pomposa auréola.

Quanto mais uma sociedade é culta, mais sua face é triste. Foi a enorme civilização que nós criamos nestes derradeiros oitenta anos, a civilização material, a política, a econômica, a social, a literária, a artística que matou o nosso riso, como o desejo de reinar e os trabalhos sangrentos em que se envolveu para o satisfazer mataram o sono de Lady Macbeth. 


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Conserve Uma Bela Silhueta e a Alegria De Viver

Não deixe que as preocupações e o trabalho sedentário alterem a sua saúde e deformem o seu corpo. 

Para inúmeras criaturas homens e mulheres que vivem do trabalho sedentário, nos escritórios ou no lar, com o espírito dominado pelas preocupações, pelas responsabilidades, que tanto depauperam o organismo e abalam o sistema nervoso, há um problema constante pendendo sobre suas cabeças: a necessidade de exercício físico racional, bem dosado, feito diariamente, com a calma e despreocupação indispensáveis para ser realmente salutar e benéfico.

É inegável que a falta de um exercício que movimente todos os músculos, e muito em particular aqueles que na vida sedentária menos movimentamos, e que são os abdominais, é a causa de muitas perturbações orgânicas e desequilíbrio nervoso. O acúmulo de tecido adiposo em torno do abdome, que tanto desfeia o corpo, tirando-lhe a esbeltez natural, é um dos mais comuns resultados da falta de exercício. E só por isso e suas consequências, que são: a perda gradual da agilidade, o enfraquecimento prematuro dos músculos e o rápido cansaço ante o menor esforço, valeria a pena dedicar alguns minutos por dia à ginástica ou a qualquer jogo esportivo que proporcione movimento ao corpo e tonifique os músculos. 

Este é, pois, o problema dos trabalhadores sedentários e das donas de casa. Todavia, se a falta de exercício é um mal, fazê-lo em excesso ou violentamente é pior, mesmo que seja só de tempos em tempos. Muitos médicos têm chamado a atenção para perturbações cardíacas causadas pelo excesso de exercícios durante o fim de semana em pessoas que, nos dias úteis, não fazem nenhuma ginástica, porque o exercício para ser saudável deve ser feito diariamente, sem esforço, sem violência, sem excessos.

Vinte minutos a meia hora de ginástica ou esporte por dia valem mais do que meio dia ou um dia inteiro por semana, e não põem em perigo o coração. Os próprios atletas, para se manterem em forma, necessitam do exercício ou do treino diário.

Frequentar um clube, remar, nadar ou fazer equitação diariamente seria o ideal. Mas isso só é feito por quem dispõe de tempo – e o tempo é outro grande problema na complicada vida de hoje.

Como resolver, então, a questão do exercício para a criatura sedentária, que dispõe de pouco tempo? O assunto preocupou higienistas e inventores, que procuraram conciliar as duas coisas: escassez de tempo e regularidade de exercícios. E daí surgiu o aparelho, para uso caseiro, denominado “Exercycle”, cuja prática oferece as seguintes vantagens:

1) Reduz o peso supérfluo.
2) Conserva o peso normal e a elegância do porte.
3) Corrige a atonia intestinal ou a tendência para a mesma.
4) Alivia a tensão nervosa e a fadiga.
5) Regulariza a circulação.
6) Facilita a secreção digestiva e auxilia os músculos, ossos e juntas afetadas, aliviando certas formas de artritismo e dores lombares. 

É necessário salientar que não se trata de uma bicicleta elétrica comum, nem de uma simples máquina de equitação, ou de remar. A “Exercycle” é qualquer coisa de novo e diferente de tudo que se tem feito no gênero, porque opera com movimentos sincronizados, com um motor elétrico a trabalhar enquanto se faz os exercícios. Mas a melhor maneira de compreender a nova máquina é, indubitavelmente, experimentá-la. Ela proporciona um trabalho completo a todos os principais músculos, grandes e pequenos, sem esforço nenhum para o coração, dando como resultado um perfeito bem-estar físico, seguro equilíbrio nervoso e radiante boa disposição.

O exercício na “Exercycle” é suave e harmonioso e não requer dispêndio de energias. Alguns médicos têm-na recomendado até aos cardíacos necessitados de ginástica.

O novo aparelho de ginástica, denominado “Exercycle”, genial solução para o problema do exercício físico no lar, para pessoas de ambos os sexos.

A MULHER E A BELEZA

Beleza é sobretudo resultado de saúde. Um corpo de linhas elegantes, onde qualquer vestido cai bem; uma pele sedosa isenta de manchas; uns olhos transparentes, límpidos; a cor saudável, tudo isso depende do bom funcionamento dos órgãos e dos músculos, e não de cremes e loções, ou da costureira.

A mulher, escrava de uma tradição que lhe vedava a prática de exercícios e esportes, só nestas últimas décadas se libertou de tal preconceito. Para manter sua silhueta esbelta e o funcionamento normal de todo o seu mecanismo fisiológico, também ela necessita de exercícios diários, suaves e sem esforços incompatíveis com sua resistência muscular.

Para ela o “Exercycle” é o ideal, pois, além de lhe proporcionar, no lar, o exercício adequado, normalmente necessário, ainda lhe dá, em certos casos, outras vantagens, como, por exemplo: permite às jovens mães, ou às que já o foram há tempo, fazer voltar à posição normal diversos órgãos internos e enrijecer os músculos; presta-lhes bom auxílio em fases mais difíceis da vida, principalmente às de vida sedentária, promovendo a circulação sanguínea e permitindo-lhes, pelos movimentos adequados, expandir ou contrair os músculos do abdome.

A “Exercycle” será em breve exposta à venda pela Comércio e Indústria Induco S.A., à Rua México, 98 (sobreloja), que facilitará demonstrações gratuitas às pessoas interessadas.


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Felicitações a…

DONALD DE AZAMBUJA LOWNDES

Sr. Donald A. Lowndes

Temos a maior satisfação em registrar o aniversário natalício de Donald de Azambuja Lowndes, ocorrido no dia 22 de novembro último. Foi uma festiva data na “Organização Lowndes”, pois Donald é um chefe que, compreendendo sempre as preocupações difíceis que se enfrentam em todos os setores de atividade, não tem descansado em proporcionar aos auxiliares que o cercam, a assistência moral e material, em reconhecimento aos serviços que são prestados à sua organização. Nessa data, uma comissão de funcionários ofereceu-lhe uma linda cesta de flores, expressando, em nome de todos da casa, a sua prova de estima e admiração.

Não menos expressivas foram as manifestações de amigos e parentes da Organização, que no decorrer do dia lhe levaram o seu abraço, testemunho eloquente da estima que lhe é devotada pela forma sincera e honesta que preside suas deliberações, através da vasta rede de operações que transitam na “Organização Lowndes”.

Fácil é deduzir-se do volume de cifras que diariamente ali se operam, quer pelo Banco Lowndes S.A., cuja posição encontra-se na vanguarda dos grandes bancos da praça, quer pela firma Lowndes & Sons Ltda., das maiores em administração predial da América do Sul, e também corretora de seguros, quer pelas cinco Sociedades Seguradoras, como sejam as inglesas The London & Lancashire Insurance Co. Ltd. – The London Assurance, e das nacionais – Sagres, Cruzeiro do Sul e Imperial, quer pela Cia. Geral de Administração e Incorporações, que já incorporou seis majestosos prédios nesta Capital, inclusive o Edifício Lowndes, à Av. Presidente Vargas, cuja construção já se acha na 4ª laje, quer pela Comércio e Indústria “Induco” de representações estrangeiras, quer pela Cia. Cruzeiro do Sul Capitalização, em organização, quer pela tipografia “Artes Gráficas Exacta”, que dedica uma parte da produção a todas as empresas acima.

O aparelhamento que move tão extensa rede de negócios, fala por si da perfeição com que se acha articulada e da eficiência da sua direção sob a chefia de Donald de Azambuja Lowndes, cujo lema de trabalho “POR BEM FAZER BEM HAVER”, constitui uma bandeira que, altaneira, tremula permanentemente no topo desse majestoso edifício que é a ORGANIZAÇÃO LOWNDES.

Que Deus proteja Donald, continuando a inspirar-lhe ideais tão grandiosos e úteis, em benefício da coletividade humana e da sua Pátria. São os sinceros votos do responsável deste Noticiário. 

NOIVADOS

Ficaram noivos a 9 de dezembro o Sr. Paulo José Coelho, funcionário da Companhia Imperial, e a Srta. Diva Corrêa, funcionária da Companhia Sagres.

PENSAMENTOS

O orgulho é um erro. A vaidade é uma mentira.

A pretensão marca sempre o lugar da qualidade ausente. 

CARLOS BASTOS RABELLO

No dia 11 do corrente completou mais um aniversário natalício o Sr. Carlos Bastos Rabello, inspetor geral das agências das empresas seguradoras que fazem parte da Organização Lowndes.

Quer nesta capital, como nas demais cidades do país, onde as suas visitas são periódicas, as suas relações no alto comércio e indústria são vastíssimas, pelas suas qualidades de sincero amigo, trabalhador infatigável e profundo conhecedor da técnica seguradora.

O seu aniversário foi muito festejado na Organização Lowndes, onde, sem exceção, Carlos Rabello é acolhido com as honras a que faz jus, como excelente companheiro de trabalho, exemplar chefe de serviço e dedicado funcionário adido à administração das Cias. de Seguros “Sagres”, “Cruzeiro do Sul”, “Imperial”, “The London & Lancashire Inc. Co.” e “The London Assurance”. 

CONCURSO SANTOS LIMA

O “CONCURSO SANTOS LIMA”, organizado pela Companhia de Seguros Cruzeiro do Sul, assim denominado em homenagem ao seu Diretor Gerente, Sr. Jorge Santos Lima, vem despertando grande entusiasmo entre todos os nossos Agentes.

Várias Agências estão bem classificadas para a obtenção do 1º prêmio desse certame.
A produção a ser realizada nos últimos dias do mês corrente decidirá qual a Agência que levantará a palma da vitória.

Diante desse resultado, a Companhia de Seguros Cruzeiro do Sul só poderá agradecer os esforços de seus Agentes com esta frase: “PARABÉNS SENHORES AGENTES E AMIGOS DA SECRUSUL”. 


Angelo Mario Cerne

Por PENALVA SANTOS

No dia 30 de novembro passado, completou mais um aniversário natalício este distinto amigo e colega, figura de alta estima e projeção no meio forense, segurador e comercial desta cidade. Isto porque Angelo Mario, pela sua capacidade intelectual, tirocínio, sua integridade moral e invulgar atividade, vem, dia a dia, pautando com o mais acentuado êxito e brilhantismo, através de suas múltiplas ocupações, por vezes as mais heterogêneas, serviços que marcam pontos altos em sua trajetória administrativa.

Assim se passa no seu escritório de advocacia, onde os seus profundos conhecimentos jurídicos são ardorosamente colocados à disposição de causas justas; assim se passa no meio segurador, onde, como Diretor da Companhia de Seguros “Internacional”, é um incansável estudioso da técnica seguradora, um idealizador de novos planos de seguros em benefício do desenvolvimento da previdência social, e, um administrador por excelência, como prova a posição de alto conceito e destaque, no país, da Sociedade da qual é Diretor.

Por fim, a sua eficiência abrange também o alto comércio, como Presidente que é da Comércio e Indústria Induco S.A., poderosa organização que acaba de iniciar as suas operações no intercâmbio comercial entre o Brasil e o exterior. Em inúmeras outras empresas de sólida projeção, Angelo Mario Cerne ocupa cargos de Conselheiro Fiscal e Consultor Jurídico, marcando com a sua atuação um fator crescente de prestígio e segurança.

Mas, não é só nesse trabalho contínuo que repousa a sua eficiência, porque, jamais poderia ser perfeito se tanto não ajudasse o seu traço característico de aprimo rada da guia e sinceridade cativante. As suas amizades são todas de raízes profundas nas diversas camadas sociais, o que importa dizer que é o maior e o mais real patrimônio de que um homem se pode orgulhar.

Por isso, auguramos a Angelo Mario, os votos de sua contínua ascensão em favor das grandes iniciativas, pois só muito fazemos quando nos é dado muito para fazer.

Não nos conduzimos com a inteligência mas sim com o caráter. 


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Cortes e Fricotes

Das múltiplas controvérsias debatidas na arena feminina, sobre as quais muito se ocuparam e preocuparam bondosos ancestrais, e, que, ainda hoje ocupa e preocupa uma legião de criaturas estudiosas da monografia da mulher, só uma, de fato, permanece presa às malhas dos mistérios antediluvianos: a primeira mulher. Conjectura-se, por exemplo, que o lugar onde Eva foi criada ou formada, nada tinha de paraíso, mas que assim se tornou imediatamente ao seu aparecimento ali. Outro comentário, que parece proceder de caracteres chineses, interpreta Eva como “aquela que ligou aos outros o seu próprio mal…”

A bíblia diz que Eva foi criada de uma costela de Adão, quando este dormia, e, por certo… feliz… a sono solto… Se assim é, ela não foi criada e sim formada. Resulta que as Evas jamais poderão ser independentes, uma vez que estão presas a essa disposição “ab initio” de dependência ao homem. Há outras curiosas interpretações do mistério antediluviano, como seja esta que alega ter sido Eva criada num paraíso à parte de Adão. Vivia ela cercada de anjos tocadores de citaras; divertia-se com aves de asas diáfanas, dormia sobre tapetes de flores, e, enfim, num ambiente de absoluta despreocupação, onde deveria permanecer eternamente. Adão, ao contrário, fora criado em outras paragens, com ordens rígidas de não se aproximar do paraíso de Eva.

Um dia, porém, não se sabe por que, Adão se pôs a imitar o ronco de um leão (possivelmente coisa parecida com os gritos do Tarzan). Eva ouviu aquilo, achou curioso, gostou e quis imitá-lo. Começou então a imitar pássaros canoros. E, tal qual os inhambús, isto é, um berrando de cá e outro cantarolando de lá, foram se aproximando até se avistarem. Olharam-se, sorriram e… ela fugiu. Mas, no dia seguinte, Eva, curiosa como sempre, voltou ao ponto onde avistara Adão, pois descobrira que o seu paraíso, sem saber por que, perdera todos os encantos. E notou também que as plagas de Adão eram diferentes, pois ali fazia frio, as noites eram mais escuras, chovia muito, etc. Apiedou-se de sua sorte e, após meditar, aproveitando uma noite… a tal noite… em que os anjos cochilavam de tanta vigília, fugiu para junto de Adão, para aconchegar-se ao santuário das delícias… 

Outro comentarista alega que o caso não foi bem assim. Conta que Eva era de essência divinal. Vivia ela nas trevas e o Todo Poderoso abriu-lhe as pálpebras e fez a lua; mandou-a fitar o céu mergulhado na escuridão e surgiu o sol e as estrelas. Quando ela baixou os olhos, estava aos seus pés um “homem”, humilde, tristonho, acabrunhado, tímido, que implorava com olhos ternos e lânguidos um carinho. Ela ficou confusa e olhou para o céu.

Viu então a lua esplendorosa que sorria e piscava um olho. Eva entendeu logo e, com ternura, acolheu Adão erguendo-o do solo. Ambos passaram a contemplar a lua que desaparecia entre as nuvens, gratos pela sua proteção e conivência naquele amar… Aliás, até aos nossos dias, a lua permanece com essa fama. Assim, muitas histórias se propõem desvendar o tal mistério, compondo cenas idílicas dos pais da humanidade, através dos mais variados matizes.

Se bem refletirmos sobre o assunto, chegaremos à conclusão de que, de fato, Eva tem muita coisa de essência divinal, mas que, pelas suas tramas antidiluvianas, tem também muita coisa de essência… diabólica! “Toujours la même chanson…” 


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Curiosidades De Ontem e De Hoje

14.000 MISSAS PELO REPOUSO DA ALMA

A excentricidade não é apanágio dos filhos da velha Albion, e como prova, aqui vai um exemplo tirado da história do Rio antigo.

A 27 de abril de 1722 morria nesta cidade o bondoso multimilionário Visconde de Asseca, figura veneranda por tudo isso e ainda mais pela sua extrema religiosidade. Pois bem, o referido visconde ou por não ter muita confiança nas obras de benemerência que fizera em vida, ou por falta de coragem para enfrentar o céu, deixou estipulado em seu testamento que fossem rezadas nada menos de 14.000 missas pelo repouso de sua alma, não contando os ofícios de corpo presente e as missas da Rainha Santa. Não se sabe quantos anos levaram as poucas igrejas que então havia no Rio a rezar tantas missas, e muito menos se sabe se a alma do religioso visconde ganhou realmente o céu. Todavia, com o extraordinário número de missas, é de crer que sim. 

OURO EXTRAÍDO DAS CINZAS DE MADEIRA

Este caso inédito nos anais da mineralogia deu-se em Malmo, Suécia, recentemente, e tem uma explicação… Ao serem feitas as reparações numa oficina de ourives, após um incêndio, verificou-se, com assombro, que as cinzas da madeira do soalho continham ouro, de onde conseguiram recuperar nada menos do que 4 quilos, no valor de 20.000 coroas. Esse ouro, como se percebe, era proveniente das poeiras e ínfimas partículas que se desprendiam dos objetos ali fabricados apesar de todo o cuidado, e que se acumularam durante os 100 anos de existência da oficina; de onde se confirma o velho refrão: de grão em grão…

O CARÁTER… PELA MAÇÃ

Segundo M. Bresco, que foi por muitos anos “maitre d’hotel”, é possível conhecer o caráter de um homem vendo-o comer uma maçã. Os homens de negócio, diz ele, audaciosos e frios, comem a maçã sem a descascar, lavando-a apenas. Os artistas, temperamentos sensíveis e sonhadores, descascam-na e, podemos adiantar nós, mesmo os que vivem acordados, pois a grande maioria das pessoas faz isso. Edison, diz ainda esse psicólogo das maçãs, costumava queimar a casca ou, cortando-a em pedacinhos, conservá-la dentro de água, sem explicar todavia para quê.

Pela teoria do sr. Bresco, qual seria o caráter de Adão, que foi o primeiro a comer maçã e que tantas atrapalhações lhe causou?

CHEIRO DE PERIGO

Afirma o dr. Goetsch, que teve a paciência de estudar a “linguagem” das formigas, que estas se comunicam entre si por mimica e pela secreção de um líquido aromático. Nos momentos de perigo, diz esse cientista, há um movimento impulsivo nas antenas e nos pés das formigas e um estado de excitação que as faz andar às tontas de um lado para o outro. Quando o perigo é mesmo eminente segregam elas um líquido de cheiro especial, que serve de aviso às demais formigas da mesma colônia. Cada espécie de formiga tem seu cheiro próprio.

É lícito observar, aliás, que essa história de cheiro especial nos momentos de perigo não se verifica só entre as formigas. Há uma espécie de bípede implume que também, nesses momentos críticos, exala um aroma exquisito… 

UM GIGANTE DE MAIS DE 3 METROS

Em Alvito, Portugal, quando em 8 de junho de 1743, estavam a fazer escavações para umas obras na capela-mor da igreja local, foi achado um túmulo de adobe e dentro dele um esqueleto que media 3m11 de altura. Sobre o túmulo havia uma lápide de 1m11 com a seguinte inscrição: “Hislomencas selsas Florentis D D.”. Quem seria esse gigante e em que época viveu, é algo que não se descobriu.

COISAS DO RIO ANTIGO

Em 1640, era aprovada a governança do Rio de Janeiro por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, por ato de Felipe IV de Espanha e III de Portugal. Nesse mesmo ano, a 1º de dezembro, dava-se a restauração da independência portuguesa, subindo ao trono D. João IV, fundador da dinastia dos Braganças. Em 1641, tendo a cidade conhecimento da nova situação da metrópole, Salvador Corrêa, que era de origem espanhola, viu-se cercado de rumores e suspeitas. Entretanto, talvez por isso mesmo, foi que, com grande pompa e festejos populares, aceitou a autoridade de D. João IV. Entre essas festas, que duraram 8 dias, houve uma conhecida como a “encamada”, que é tida como o primeiro carnaval carioca, pois constava de desfiles e passeatas, como carros ornamentados com seda e flores, e bandas de música.

Os festejos foram iniciados na Páscoa, a 31 de março, porém tiveram de ser adiados em virtude da notícia da restauração ter chegado na Quaresma.
Copacabana nem sempre foi assim chamada. Primitivamente chamava-se Sacopenapã, que significa: pancada nos socos.

A denominação atual surgiu quando ali foi levantada a primeira ermida em louvor da Virgem de Copacabana, de origem peruana. Em 1732 já se achava em ruínas a ermida. Em seu lugar e em novo local foi então levantada a Igrejinha de Copacabana.

A “Taça General Justo” oferecida ao Gavea Golf pelo ex-presidente da República Argentina para ser disputada anualmente pelos sócios do clube, e que este ano foi vencida pelo Sr. V. Lowndes na final com o Sr. E. F. Maciel por 2-1


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Veja Se Sabe…

Veja se pode responder corretamente às 20 perguntas abaixo, experimentando assim sua cultura e sua memória. Cada pergunta certa vale 5 pontos. De 80 a 100 pontos, é um resultado ótimo; de 60 a 80, bom; 50 a 60, regular. Confira os resultados com as respostas certas no fim da revista.

1- Na Revolução Francesa houve um líder chamado “o incorruptível”, quem foi ele: Danton, Robespierre ou Marat?
2- Com que finalidade foi assinado o Tratado das Tordesilhas, entre Portugal e a Espanha: fazer a paz, negociar trocas comerciais ou fixar os limites das futuras explorações marítimas?
3- Qual foi o monarca francês cognominado “o rei sol”: Luís XI, Francisco I ou Luís XIV?
4- Qual dos imperadores romanos exclamou ao morrer, “que grande artista o mundo vai perder”: Tibério, Júlio César ou Nero?
5- Quem foi o primeiro governador geral do Brasil: Duarte da Costa, Tomé de Souza ou Mem de Sá?
6- O que é um manômetro: um instrumento de medir força, pressão ou calor?
7- Quem foi o criador das lentes bifocais: Huygens, Benjamin Franklin ou Wollaston?
8- Quem foi o inventor do telefone: Fulton, Edison ou Alexandre G. Bell?
9- Morse, o inventor do telégrafo, era engenheiro, advogado ou pintor?
10- Qual foi a primeira capital do Egito: Mênfis, Tebas ou Saís?
11- Quem criou a palavra “micróbio”: Pasteur, Sedillot ou Littré?
12- A palavra compulsório quer dizer obrigatório, feito à mão ou o que tem pulsação acelerada?
13- Exequível é o mesmo que exigível, impossível ou executável?
14- A palavra enxaqueca provém do latim, do espanhol ou do italiano?
15- Voltaire viveu no século XVI, XIX ou XVIII?
16- O famoso pregador Antônio Vieira nasceu na Bahia, em Lisboa ou nas Canárias?
17- Quem é a autora de “…e o vento levou”: Margaret Mitchell, Rachel Field ou Maritta Wolff?
18- Eça de Queiroz nasceu em Vila do Conde, em Lisboa ou na Póvoa de Varzim?
19- Machado de Assis começou sua vida como funcionário público, empregado no comércio ou tipógrafo?
20- Coelho Neto era carioca, rio-grandense ou maranhense? 

RESPOSTAS

1- Robespierre.
2- Para fixar os limites das futuras descobertas e assim evitar conflitos.
3- Luís XIV.
4- Nero.
5- Tomé de Sousa.
6- Medo de pressão.
7- Benjamin Franklin em 1785.
8- Alexander Graham Bell.
9- Era pintor, existindo na Galeria de Arte de Nova York valiosos quadros de sua autoria.
10- Mentes.
11- Sedillot, que propôs a palavra à Academia de Medicina em face das descobertas de Pasteur.
12- Obrigatório.
13- Executável.
14- Do espanhol enxaqueca.
15- Século XVIII.
16- Em Lisboa, vindo em pequeno para a Bahia, onde foi educado.
17- Margaret Mitchell.
18- Póvoa de Varzim, e não Vila do Conde, onde foi batizado, o que induziu ao erro alguns biógrafos.
19- Como tipógrafo, vindo a ser mais tarde funcionário público.
20- Maranhense. 


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Piadas do Z.K.

A VIDA ESTÁ CHEIA DE CONTRADIÇÕES…

O indivíduo entra no mundo sem ser consultado; sai dele contra a vontade; enquanto nele vive, sofre decepções e contrariedades; se tem pouca estatura, fica privado de beijar mulheres altas; se tem estatura alta, chega a ser perseguido pelo sexo feminino; se é pobre, é tido como inábil para ganhar dinheiro; se é rico, é tido como espertalhão; se precisa de dinheiro, anda de “Herodes para Pilatos” para consegui-lo; se não quer sujar-se a isso, vive no “trapézio”; se aparenta ter dinheiro, os “mordedores” não o largam; se faz caridade, é porque quer publicidade; se não faz, é um miserável; se morre pobre, é um “coitado”; se morre rico, foi um herói para os herdeiros e um “sabidão” para os estranhos; se morre jovem, teria um futuro brilhante; se morre velho, vive lamentando o que poderia fazer quando jovem; se gasta dinheiro, é um perdulário; se não gasta, é um avarento; se tem boas roupas, é sempre bem recebido; se é modesto no vestuário, pouco valor tem; se é bonito, a todos agrada; se é feio… que Deus o ajude…

Entenda-se esse mundo!…


NA AULA DO BATALHÃO

O professor: Soldado, repita o que expliquei: quem era Sócrates?

O soldado: Era um cavalo do 2º esquadrão…

O professor: Nada disso… era um filósofo…

O soldado: O Sr. está enganado, professor, tenho certeza que o filósofo era um outro cavalo do 3º…. 


UM CANDIDATO AO APARTAMENTO

– Estou satisfeito, mas… haverá algum piano barulhento na vizinhança?

– Bem… o seu vizinho tem um que toca dia e noite, mas estou certo que o Sr. não o ouvirá. Há ali algumas crianças que abafam por completo o som do piano…


A PATROA A NOVA COPEIRA, SUPERSTICIOSA

– A nossa cozinheira é insuportável de gênio… mas é boa pessoa. Tenha paciência com ela…

– Fique descansada, patroa. Em tais casos tenho um processo que não falha: sempre que ela estiver de costas, cuspirei nas panelas… 


NA SEMANA DA ECONOMIA

– Maria, estou exausto, mas economizei 30 centavos. Em vez de tomar o bonde, vim atrás dele. Daí ter economizado esse “cobrinho”…

– Antonio, ainda assim foste um idiota. Por que não vieste atrás de um táxi… economizarias 15 cruzeiros… 


OUTRA PIADA

– Pois é como estou dizendo. Isto aqui é o que se pode chamar de doentio.

– Não acho. Estou encantado com a vida aqui…

– Então o Sr. é único, conhecerá algum segredo?…

– Sim, sou o único médico destas passagens… 


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Administradora Condomonial no Rio de Janeiro

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