Quando se fala de segurança em condomínios, as primeiras imagens que vêm à cabeça são de aparelhos tecnológicos e a equipe da portaria e de garagem. Mas, muitas vezes, esses aparatos todos podem simplesmente não funcionar, por causa da falta de comprometimento de alguns moradores, que ignoram as atitudes que promovem a segurança preventiva. Os condôminos são peças-chave que envolvem toda a movimentação do conjunto residencial de casas ou apartamentos. Por isso, precisam ter responsabilidade ao se identificar corretamente na entrada e saída, anunciando o recebimento de encomendas e fast-food, avisando antecipadamente a vinda de visitantes e o cadastramento de diaristas, prestadores de serviço, entre outros. Para evitar invasões e assaltos é necessário atenção, precaução e cumprimento das regras condominiais.
Avisar a portaria sobre possíveis movimentações de entradas e saídas pessoais (de interesse próprio) é o mínimo que se pode fazer. Algumas regras são básicas, como não autorizar a subida de entregadores, sempre indo até a portaria para pegar os seus pedidos; não autorizar a subida de nenhum prestador de serviço que não tenha sido requisitado previamente, bem como pessoas estranhas, vendedores e funcionários de instituições de caridade.
Mesmo que alguns destes passos exijam um certo “trabalho” aos condôminos, como a identificação com documentos de babás e diaristas, elas são medidas essenciais para verificar a autenticidade e veracidade das informações, não colocando seus moradores em risco. Ao entrar na garagem, sempre estar atento se não há nenhum suspeito observando, e trancar o veículo sem objetos dentro. Aos que residem no 1º e 2º andares de prédios, geralmente, recomenda-se um cuidado especial nas varandas e áreas de acesso.
Com o auxílio dos moradores, a ação dos porteiros – que já é fundamental – poderá ficar ainda mais eficiente. Mas sempre é bom salientar que um condomínio não pode contratar qualquer tipo de funcionário para funções de segurança preventiva. O porteiro precisa ser treinado, pois apesar de não poderem utilizar artefato de fogo, eles têm a importante tarefa de inibir furtos e assaltos. Na maioria dos casos, a falha está justamente no momento da averiguação ou liberação de visitantes e prestadores de serviços. Por isso, alertar condôminos quanto às atitudes irresponsáveis e investir em treinamento e tecnologia vale a pena. Há empresas de serviços terceirizados com experiência na gestão e preparação de profissionais capacitados para agir e evitar situações desagradáveis.
Assim, o condomínio não precisa se preocupar com a ausência de funcionários. Com a terceirizada, outro deverá cobrir o plantão e com a mesma qualidade de serviço. O prédio não precisa fazer o processo de seleção e treinamento dos funcionários, e deixa esses encargos ao cuidado e supervisão da empresa que vai aplicar rotinas próprias para tanto, gerando mais segurança e trabalho de melhor qualidade.
No entanto, a ação da portaria se deve juntamente à disciplina e regras que devem ser seguidas e respeitadas pelos condôminos. A colaboração deles é primordial e fundamental para a segurança do condomínio e a vida tranquila em um ambiente familiar.
(O Fluminense, Habitação, 22/mai)